https://brasil.elpais.com/brasil/2018/01/05/economia/1515177346_780498.html
O Capital nada de braçada nos trabalhadores...
"As armas da crítica não podem, de fato, substituir a crítica das armas; a força material tem de ser deposta por força material, mas a teoria também se converte em força material uma vez que se apossa dos homens. A teoria é capaz de prender os homens desde que demonstre sua verdade face ao homem, desde que se torne radical. Ser radical é atacar o problema em suas raízes. Para o homem, porém, a raiz é o próprio homem" KARL MARX
"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher
"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher
segunda-feira, 16 de abril de 2018
sexta-feira, 8 de dezembro de 2017
quarta-feira, 25 de outubro de 2017
quinta-feira, 27 de abril de 2017
terça-feira, 9 de agosto de 2016
Racismo à brasileira
Escrevi isso num comentário, mas acho bacana colocar aqui também. Quanta hipocrisia nesses Jogos Olímpicos, né? Não só nesses, pra falar a verdade...países racistas e xenófobos como o Brasil, os Estados Unidos, a Inglaterra não perdem a chance de humilhar e matar negrxs, latinxs ou africanxs, mas quando chegam os Jogos "parece" que se esquecem disso. Deem uma olhada pra quem representa o Brasil no pódio de medalhas, deem uma olhada pro sobrenome de muitos esportistas "estado-unidenses" e "ingleses". Pela medalha olímpica vcs fingem que nos engolem né? Bando de hipócritas! Mas saibam que tamo de olho e que nós não nos esquecemos de como vcs nos tratam nos 4 anos em que não há Olimpíadas.
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Por Janys Yane Yanelys
domingo, 5 de junho de 2016
MULTINACIONAIS OBRIGAM FUNCIONÁRIOS A USAR FRALDA E PROÍBEM IDA AO BANHEIRO
Parece história da época da Revolução Industrial na Inglaterra, mas não é. Para dar mais velocidade à linha produtiva, multinacionais de diferentes ramos obrigam seus funcionários a usar fralda geriátrica, proibindo-os de ir ao banheiro. Em pleno século XXI, casos como esses seguem se repetindo.
NISSAN
A montadora japonesa Nissan vem sendo acusada pela United Auto Works Union (UAW), sindicato dos trabalhadores da cadeia automotiva e maior entidade sindical dos EUA, de obrigar funcionárias da fábrica situada no município de Canton, Mississipi, a usar fralda geriátrica.
Colaboradoras da fábrica relatam que foram orientadas pela chefia a usar fraldas, embora tenha havido resistência por parte delas. O motivo: acabar com pausas e interrupções com idas ao banheiro.
Em fevereiro desse ano, houve protestos no centro do Rio em frente à sede do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos – Rio 2016 contra as condições de trabalho impostas pela Nissan nos EUA. A marca patrocina o evento esportivo.
SETOR AVIÁRIO
Quatro empresas gigantes do setor avícola também são alvo de denúncias por abuso ao trabalhador. São elas a multinacional Tyson Foods, a Pilgrim’s Pride, pertencente à brasileira JBS, a Perdue Farms e a Sanderson Farms. Juntas, elas controlam 60% do mercado de aves nos Estados Unidos.
Segundo a Organização Oxfam América, que denunciou o caso por meio de relatório publicado em maio desse ano, a imensa maioria dos 250 mil trabalhadores do setor nos EUA são forçados a usar fralda no ambiente de trabalho.
Foram centenas de entrevistas com funcionários da linha de produção das maiores empresas do processamento de aves. Trabalhadores que pedem para ir ao banheiro são ameaçados de demissão. Muitos, por evitar beber líquidos durante muito tempo, suportam dores consideráveis para manter seus empregos.
A Oxfam alega inadequação nas pausas no trabalho, o que viola as leis norte-americanas de segurança no trabalho. A organização, em seu relatório, ainda traz dados de 2013 da associação Southern Poverty Law Center do estado do Alabama sobre condições de trabalho.
Por lá, dos 266 trabalhadores que participaram da pesquisa, quase 80% não pode ir ao banheiro. Já no Minnesota, em material realizado pela Greater Minnesota Worker Center lançado em abril, ao norte dos EUA, 86% dos trabalhadores pesquisados afirma ter menos de duas paradas para ir ao banheiro por semana.
WAL MART
A rede internacional de supermercados Wal Mart é outra a adotar a prática abusiva do uso de fraldas em empregados. Dessa vez foi na Tailândia, sudeste asiático.
O caso foi divulgado por pesquisadores no livro Riqueza e Miséria do Trabalho no Brasil, organizado pelo professor titular de Sociologia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ricardo Antunes.
EMPRESA SUL-COREANA
Em 2013, a multinacional sul-coreana Lear, fabricante de arnese (tipo de gancho usado para alpinismo), foi denunciada por impor a funcionários, principalmente mulheres, o uso de fraldas para não abandonar a posição com idas ao banheiro. O caso foi registrado em fábrica da empresa em Honduras, país da América Central, que contava com 4 mil empregados.
A denúncia foi feita por um dirigente sindical. Daniel Durón contou que só foi possível divulgar o caso após pressão de autoridades internacionais. Mesmo tendo repercussão no mundo todo, a Lear tentou resistir e impedir o acesso dos órgãos hondurenhos de fiscalização do trabalho.
terça-feira, 31 de maio de 2016
Golpe dado, imprensa golpista quer calar debates políticos
Lá vem a direita querendo dar aparência afetiva aos seus desmandos políticos.
A campanha midiática agora é para que sejamos cordiais, educados e pacientes. A Folha de Londrina estampou na capa da edição de domingo, 29-05, como matéria principal, sua preocupação com a intolerância. A chamada é “Discursos de ódio silenciam o mito da cordialidade”. Uma vez dado o golpe e com a direita avançando sobre o poder de forma ilegítima, a imprensa golpista sai em campanha contra o debate e o embate políticos. Posicionamento político agora é discurso de ódio e intolerância. Agora. Antes do afastamento da presidente Dilma, não era.
É interessante notar que a campanha se inicia como repercussão ao grande impacto negativo causado pela presença de Alexandre Frota, um estuprador confesso, no Ministério Golpista da Educação para defender o projeto “Escola sem partido”, que não passa de uma lei da mordaça para perseguir professores e alunos que se posicionam politicamente e para cercear as práticas pedagógicas ao sabor dos interesses da direita. A matéria no interior do jornal, que faz referência à intolerância política, retrata um episódio ocorrido em uma escola privada que levou a perda da bolsa de estudos de um aluno com a demissão de sua mãe, professora da escola. O fato foi uma clara perseguição política a uma mãe e profissional que questionou a prática da professora de seu filho de 7 anos por esta ter estimulado, em sala, ataques contra Dilma Roussef. Após ter sido questionada pela mãe, a docente permitiu que as crianças jogassem na cabeça do colega imagens da presidente em recortes de revistas. Não se trata de uma simples intolerância comportamental, já que o castigo recaiu contra os que sofreram os ataques, e a imprensa se aproveita do episódio para estimular o projeto de censura ao debate político nas escolas.
A matéria também objetiva acalmar os nervos da classe média “Globotizada” que gritou Fora PT, com muito ódio de classe, e agora não sabe como explicar o governo de bandidos que ajudou a colocar no poder. Já tentaram de tudo. Primeiro disseram que a culpa era do PT, que fez alianças para governar. Ora, essa mesma classe média que jamais apoiaria uma candidatura do PT que tivesse aliança somente com os pobres, esteve calada enquanto se beneficiava na era Lula. Agora tentam convencer a todos que são apolíticos, que o debate político afeta as relações familiares e cordiais na sociedade, que, em nome de uma paz fingida, não se podem manifestar divergências de classes. Enquanto esses coxinhas iam às ruas chamar a presidente de “puta”, colocavam adesivos nos carros simulando um estupro contra ela, chamavam os beneficiários do bolsa-família de vagabundos, faziam piadas sobre a falta de um dedo na mão de Lula, nenhum jornal se preocupou com o discurso de ódio. Hipocrisia? Não, golpe mesmo.
A campanha agora é que não se discuta política, com aquele velho bordão “política, futebol e religião não se discutem”. Uma grande excrescência ideológica pois a política é a arte do debate, da discussão e da correlação de forças. Mas a imprensa corporativa tem seus métodos e o mais utilizado é colocar especialistas para tentar convencer os leitores da classe média, que se julgam “elites intelectuais” por lerem jornal, de que existe a possibilidade de viver com a consciência tranquila enquanto a maioria da população mundial é explorada e esmagada por políticos que eles apoiam. Basta fingir que não se interessam por política mesmo depois de terem apoiado um golpe de Estado histórico no país.
O golpe no Brasil tem sido ridicularizado na imprensa mundial pela sua escandalosa manipulação barata. Não é para menos. A imprensa nacional, corporativa e golpista, é uma aberração em termos de jornalismo. Nada é sério ou profissional, bem ao gosto dos leitores pretensamente intelectualizados, que, por sua vez, desprezam a sabedoria e a politização dos desfavorecidos que não estudaram e não leem jornais.
A Folha de Londrina aposta na superficialidade intelectual de seus leitores ao estampar o título “Discursos de ódio silenciam o mito da cordialidade”. Se é mito, nunca foi real. Mencionar esse “mito” neste momento é manter a grande distorção da análise do historiador Sérgio Buarque de Holanda, um dos mais importantes do Brasil e, inclusive, fundador do PT. A cordialidade na obra de Buarque refere-se ao agir com a emoção (córdio=coração). O homem cordial não é polido e bom, ele tem uma sociabilidade apenas aparente. Dá aparência afetiva aos seus desmandos políticos. Nada mais característico das marchas coxinhas do que a emoção aflorada sem reflexão, apenas pelo ódio. Parte da sociedade brasileira continua cordial, mas na política não há espaço para emoções. A chegada de Temer ao governo é só a primeira etapa do golpe em andamento.
sábado, 21 de maio de 2016
Coletivo Mobiliza Londrina
O Coletivo Mobiliza Londrina: formado por pessoas independentes, de pauta democrática, antifascista e anti-golpista, horizontal e suprapartidário!
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https://www.facebook.com/Coletivo-Mobiliza-Londrina-964434240301277/?fref=ts
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segunda-feira, 9 de maio de 2016
Um gesto de coragem: Uma mulher afro-sueca enfrenta com punho levantado uma manifestação de neonazistas
A Suécia tem uma nova heroína. Seu nome é Tess Asplund, tem 42 anos e é negra. Sua imagem deu a volta ao mundo nestes dias graças a um simples e, por sua vez, enorme gesto: o protesto com o punho levantado ante uma marcha de 300 neonazistas violentos. Os fatos ocorreram no domingo, na localidade sueca de Borlange, onde os militantes fascistas do Movimento de Resistência Nórdico, de ideologia nazista, se manifestavam por conta do Primeiro de Maio, em uma marcha autorizada pelas autoridades.
Desde então, a imagem desta mulher parada com o punho levantado, cerrando o passo frente aos fascistas uniformizados com camisa branca e gravata verde viralizou nas redes sociais dos países escandinavos e para além deles. Para muitos, a fotografia já é um ícone na história moderna da Suécia, onde os movimentos de extrema direita e contra a imigração estão no auge há anos. E ante essa mostra de intolerância crescente, Asplund, armada apenas com a força de seu olhar, cara a cara com os três dirigentes nazistas que encabeçavam a marcha.
O eco que teve seu corajoso gesto surpreendeu a própria Asplund, ativista há 26 anos e membro da organização Dalarma contra o Racismo, que no domingo também organizou uma marcha em Borlange por conta do Dia Internacional do Trabalhador. “Eu me manifesto normalmente com o punho levantado. Não é novo para mim”, afirma. Recorda o momento em que topou de frente com os dirigentes nazistas. “Um deles me olhou e lhe devolvi o olhar. Ele não disse nada. Eu tampouco. Então, a polícia me levou, como era seu trabalho, claro”.
Sem medo
O Mo
vimento de Resistência Nórdico, registrado como partido político, é um grupo nazista violento cujo objetivo é estabelecer um “Governo nórdico nacional-socialista” em uma luta que talvez requeira um “banho de sangue”. Muitos de seus dirigentes são acusados de delitos violentos, porém Asplund diz “não ter medo”.
David Lagerlof é o fotógrafo que tomou a imagem. Em sua página no Facebook, escreveu: “Uma mulher se coloca na rua ante a organização nazista sueca mais violenta. Em um gesto simples, levanta seu punho. ‘O que estará pensando?’, me perguntei enquanto elevava minha câmera para tomar a fotografia”, recordou Lagerlof.
Splun sabe perfeitamente o que estava pensando nesse momento. “Essa manifestação nunca deveria ter sido autorizada. São nazistas”, recrimina as autoridades. “Reproduzem o ódio. Querem um país branco. Caso cheguem algum dia no governo, me expulsarão, expulsarão minha família”, disse ao diário ‘The Independent’.
segunda-feira, 11 de abril de 2016
Não ao golpe!
Estamos em um momento crucial para a democracia liberal e o estado democrático de direito. Acontece um golpe orquestrado pela direita em forma de impeachment, liderado por Eduardo Cunha presidente da câmara dos deputados para afastar o cargo de presidência da república de Dilma Rousseff, e consequentemente, livrar vários casos de corrupção de Eduardo Cunha e vários outros deputados.
O que está em jogo de fato são os direitos trabalhistas assegurados pela CLT, como o décimo terceiro salário, auxílio maternidade, 1/3 de férias e etc.
Em momentos de crise do capital, a burguesia articula-se para avassalar direitos e conquistas da classe trabalhadora dos últimos 14 anos do governo keynesiano-social-democrata do Partidos dos Trabalhadores, programas sociais estão em jogo se efetivarem o golpe. Estes estarão sob ameaça dos interesses empresariais da burguesia brasileira que necessitam derrubar o governo petista para recuperar seus lucros diante da atual crise capitalista.
A classe trabalhadora precisa urgente se organizar durante essa semana e sair às ruas contra o golpe!!!
Comunidades, igreja, bairros, sindicatos, partidos de esquerda, e as demais organizações da sociedade civil precisam ir às ruas contra esse retrocesso na sociedade brasileira!!!
#NãoAoGolpe
#NãoVaiTerGolpe
#EmDefesaDaDemocracia
O que está em jogo de fato são os direitos trabalhistas assegurados pela CLT, como o décimo terceiro salário, auxílio maternidade, 1/3 de férias e etc.
Em momentos de crise do capital, a burguesia articula-se para avassalar direitos e conquistas da classe trabalhadora dos últimos 14 anos do governo keynesiano-social-democrata do Partidos dos Trabalhadores, programas sociais estão em jogo se efetivarem o golpe. Estes estarão sob ameaça dos interesses empresariais da burguesia brasileira que necessitam derrubar o governo petista para recuperar seus lucros diante da atual crise capitalista.
A classe trabalhadora precisa urgente se organizar durante essa semana e sair às ruas contra o golpe!!!
Comunidades, igreja, bairros, sindicatos, partidos de esquerda, e as demais organizações da sociedade civil precisam ir às ruas contra esse retrocesso na sociedade brasileira!!!
#NãoAoGolpe
#NãoVaiTerGolpe
#EmDefesaDaDemocracia
segunda-feira, 7 de março de 2016
Nestlé é acusada de comprar café fruto de trabalho escravo
Trabalhadores sem registro, expostos a pesticidas e trabalho infantil, são relatados na denúncia.
O DanWhatch, centro de mídia e pesquisa de origem dinamarquesa, divulgou uma pesquisa que pegou a alta diretoria da Nestlé de surpresa. O órgão que vinha apurando denúncias de trabalho escravo em fazendas no Brasil confirmou em sua pesquisa que algumas fazendas das quais a Nestlé compra produtos, os trabalhadores são condicionados ao trabalho degradante.
Trabalhadores
sem registro, expostos a pesticidas, falta de equipamento de proteção
obrigatório, sem água potável, sem local descente para descansar e até
trabalho infantil são relatados nessa pesquisa.
Em nota, a Nestlé confirmou ao órgão que realmente comprou café de fazendas nas quais trabalhadores condicionados ao trabalho escravo foram resgatados pelas autoridades brasileiras.
A empresa ainda informou que esse produto acaba entrando no estoque através de subfornecedores, aos quais estão suspensas as compras até que se apure por completo a investigação.
As condições de trabalho relatado na pesquisa vão contra as normas éticas da empresa e também contra a legislação trabalhista brasileira. A Nestlé, junto com a Jacobs Souwe Egberts, outra gigante do mercado de café, donas de marcas famosas como Dolce-Gusto, Nescafé, Senseo, Coffe-Mate e Nespreso, detém hoje 39% do mercado de consumo.
Por ter uma alta produção e um alto volume de compras, as empresas muitas vezes sequer sabem quem são os fornecedores do produto, gerando lucro e motivando o trabalho escravo.
Em nota, a Nestlé confirmou ao órgão que realmente comprou café de fazendas nas quais trabalhadores condicionados ao trabalho escravo foram resgatados pelas autoridades brasileiras.
A empresa ainda informou que esse produto acaba entrando no estoque através de subfornecedores, aos quais estão suspensas as compras até que se apure por completo a investigação.
As condições de trabalho relatado na pesquisa vão contra as normas éticas da empresa e também contra a legislação trabalhista brasileira. A Nestlé, junto com a Jacobs Souwe Egberts, outra gigante do mercado de café, donas de marcas famosas como Dolce-Gusto, Nescafé, Senseo, Coffe-Mate e Nespreso, detém hoje 39% do mercado de consumo.
Por ter uma alta produção e um alto volume de compras, as empresas muitas vezes sequer sabem quem são os fornecedores do produto, gerando lucro e motivando o trabalho escravo.
Nota da empresa
A Nestlé divulgou uma nota em que se diz muito preocupada com as informações divulgadas e que desenvolve um trabalho emergencial com os principais fornecedores da matéria-prima afim de melhorar a qualidade da compra, seguindo suas Diretrizes de Originação Responsável.A empresa
Fundada por Henri Nestlé, a empresa foi fundada em 1866 e atua no Brasil desde 1876, presente hoje em mais de 190 países. No Brasil, o primeiro produto a ser produzido foi o famoso ‘Leite Condensado Moça’. Hoje no Brasil, são fabricados mais de 1000 produtos da marca, sendo hoje a maior empresa do ramo de alimentos do mundo, com capital que gira em torno de 200 bilhões de dólares.sábado, 23 de janeiro de 2016
Estudos apontam que trabalho infantil não garante o futuro da criança
O trabalho dignifica a criança ou rouba o tempo em que ela devia estar na escola? Estudos realizados por especialistas como Ana Lúcia Kassouf, Nadeem Ilahi e por Emerson e Souza, a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deixam claro que, quanto mais jovem o indivíduo começa a trabalhar, menor é o seu salário na fase adulta, e essa redução é atribuída, em grande parte, à perda dos anos de escolaridade em razão do trabalho na infância.
O trabalho infantil está intimamente relacionado com a pobreza das famílias. Ao perder tempo de estudo, a criança perde também oportunidades de ascensão social no futuro. Com isso, preserva-se um círculo vicioso da pobreza.
É fato notório que crianças trabalhadoras, mesmo tendo a oportunidade de estudar, podem ter o tempo de estudo reduzido, além de perderem o direito de ser criança pela ausência de lazer indispensável a esta etapa da vida. Isso prejudica o aprendizado e, consequentemente, aumenta a repetência, levando muitas crianças e adolescentes a desistir de frequentar a escola.
A escolaridade – o acesso à educação – é um dos fatores fundamentais para a melhoria da condição de vida social e cultural daqueles que não contam com certas facilidades, como alto poder aquisitivo. Dando-se oportunidade para que tenham acesso à educação, indiferentemente de sua renda ou nível social, as pessoas terão mais chance de mudar sua condição de vida e seu quadro social, muitas vezes precário e difícil.
"O trabalho infantil é também produto de conceitos distorcidos de grande parte da população, como o de que o trabalho é edificante e traz benefícios , mesmo que precocemente, o que é totalmente falso", afirma a ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho, uma das gestorasPrograma Nacional de Combate ao Trabalho Infantil da Justiça do Trabalho. "Uma criança que trabalha ao invés de estudar não terá as mesmas oportunidades de crescimento social no futuro".
Do ponto de vista econômico, o trabalho infantil, além de dificultar a frequência escolar, gerando um desempenho abaixo dos demais que não trabalham, faz com que essas pessoas não tenham condições de competir no mercado de trabalho futuro, restando-lhes empregos com baixa remuneração, perpetuando o ciclo de pobreza já vivenciado pelos pais. O trabalho infanto-juvenil causa, ainda, o desemprego de adultos, pois crianças e adolescentes ocupam vagas que estes poderiam preencher.
"As famílias mantêm as crianças no trabalho por não considerarem a escola como uma alternativa, principalmente na área rural, onde há uma grande precariedade educacional, acrescida da precariedade no transporte para que essas crianças cheguem à escola", avalia a ministra Kátia Arruda. "Para reverter esse problema, o apoio do Estado é fundamental".
Campanha
O mais recente vídeo da campanha "Trabalho Infantil – você não vê, mas existe", promovida pelo TST para a conscientização sobre as consequências danosas do trabalho infantil, desmistifica a ideia de que trabalho infantil garante futuro. Assista:
Fonte:
SECOM Secretaria de Comunicação Social - TST
Email: secom@tst.jus.br
Telefone: (61) 3043-4907
Email: secom@tst.jus.br
Telefone: (61) 3043-4907
Leia mais: http://www.deverdeclasse.com/news/estudos-apontam-que-trabalham-infantil-nao-garante-o-futuro-da-crianca/
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
Beware of These 9 Popular Chocolate Brands that Exploit Child Slaves
Here’s a handy guide to help avoid buying Halloween treats produced by child slaves.
Americans spend over a billion dollars every Halloween on chocolate, accounting for 10% of most chocolate company’s annual revenue. And the average American citizen eats over 11 pounds of chocolate a year. So this Halloween, use your money to let them know that child slavery will not be tolerated by American consumers.
Last September, a lawsuit was filed against eight companies – including Hershey, Mars, and Nestle – alleging that the companies were duping consumers into “unwittingly” funding the child slave labor trade in West Africa, home to two-thirds of the world’s cacao beans.
Worker ages range from 11-16 (sometimes younger). They are trapped in isolated farms, where they work 80 to 100 hours a week. The film Slavery: A Global Investigation spoke with freed children who reported that they were often beaten with fists and belts and whips.
“The beatings were a part of my life,” Aly Diabate, a freed slave, told reporters. “Anytime they loaded you with bags (of cocoa beans) and you fell while carrying them, nobody helped you. Instead they beat you and beat you until you picked it up again.”
To help you avoid supporting slavery this Halloween, Here’s are ten chocolate companies that benefit from child slave labor:
Hershey
Mars
Nestle
ADM Cocoa
Guittard Chocolate Company
Godiva
Fowler’s Chocolate
Kraft
See’s Candies
Legislation nearly passed in 2001 in which the FDA would implement “slave free” labeling on the packaging. Before the legislation made it to a vote, the chocolate industry – including Nestle, Hershey, and Mars – used its corporate money to stop it by “promising” to self-regulate and end child slavery in their businesses by 2005. This deadline has repeatedly been pushed back, with the current goal now at 2020.
Meanwhile, the number of children working in the cocoa industry has increased by 51 percent from 2009 to 2014.
As one freed boy put it: “They enjoy something I suffered to make; I worked hard for them but saw no benefit. They are eating my flesh.”
Here is a list of more socially conscious companies who have made a point to avoid profiting off the suffering of child labor:
Clif Bar
Green and Black’s
Koppers Chocolate
L.A. Burdick Chocolates
Denman Island Chocolate
Gardners Candie
Montezuma’s Chocolates
Newman’s Own Organics
Kailua Candy Company
Omanhene Cocoa Bean Company
Rapunzel Pure Organics
The Endangered Species Chocolate Company
Cloud Nine
sábado, 24 de outubro de 2015
Dono da Zara ultrapassa Bill Gates na lista dos mais ricos do mundo
O sangue boliviano esparrama-se:
Bill Gates, cofundador da Microsoft, perdeu o posto de homem mais rico do mundo.
Quem ocupa esse lugar agora é o espanholAmancio Ortega, um dos criadores do grupo Inditex (que detém a marca de roupas Zara). Ortega, 79 anos, tem uma fortuna estimada em US$ 78,8 bilhões, diz a lista da publicação Forbes.
O empreendedor ganhou o posto graças à valorização das ações de suas empresas pelo mundo.
Gates continua rico, muito rico. Ele tem uma fortuna de US$ 78,1 bilhões e tem a segunda posição da lista. O terceiro mais rico do mundo é o magnata do setor de comunicação Warren Buffett, com US$ 64,4 bilhões no banco.
Eles são seguidos na lista das maiores fortunas do mundo pelo mexicano Carlos Slim (US$ 62,5 bilhões), pelo fundador da Amazon, Jeff Bezos (US$ 49,9 bilhões ), e pelo criador da Oracle, Larry Ellison (US$ 47,6 bilhões).
terça-feira, 29 de setembro de 2015
Evo Morales: "El capitalismo es un modelo fracasado, sin futuro"
Morales aseveró que no cree en el capitalismo debido a que este "no es la solución para la vida y menos para la humanidad", y agregó que el "capitalismo tiene paraísos fiscales, mientras que los seres humanos miseria".
También criticó que EE.UU. traté de ejercer como policía del mundo y reveló que cuando llegó a la Presidencia boliviana en 2006, varios mensajeros estadounidenses acudieron a él para darle indicaciones de no mantener relaciones con países como Cuba o Irán. "Nadie me va a prohibir con quién tener relaciones diplomáticas y con quién no", agregó.
El presidente boliviano aseguró que "la guerra es el mejor negocio del capitalismo" al tiempo que insistió en que los países desarrollados son los que siguen respaldando las políticas neoliberales que arremeten contra los más necesitados.
Reiteró que como consecuencia de las guerras imperiales "los océanos se han convertido en cementerios de refugiados y los países en trincheras de la guerra". Condenó el capitalismo como forma de hacer política, al tiempo que reiteró que la misma afecta de manera directa el medioambiente y al desarrollo sostenible de la humanidad.
Además denunció que Occidente ha gastado varios miles millones de dólares para intervenir países como Libia y Siria, que se están desangrando por conflictos internos, pero no dan nada para combatir el calentamiento global. "Estados Unidos y la OTAN intervinieron con la excusa de promover la democracia en Libia, pero ahora que ese país está destrozado y sus recursos naturales en manos de las transnacionales ya no les interesa", comentó.
Por otra parte saludó el avance de la normalización de las relaciones diplomáticas entre Cuba y EE.UU., al tiempo que exhortó a Washington a devolverle Guantánamo a la mayor de las Antillas.
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
Via Exército Vermelho
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Curtam Faísca Vermelha
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Gregos preferem mais democracia e menos mercado
Marx, em O Capital, capítulo 24, seção 6, “A Gênese do Capitalista Industrial”, escreveu:
“A única parte da chamada riqueza nacional que realmente está na posse coletiva dos povos modernos é a sua dívida pública. … a doutrina moderna de que um povo se torna tanto mais rico quanto mais profundamente se endividar. A dívida pública torna-se o credo do capital. E, com o surgir do endividamento do Estado, vai para o lugar dos pecados contra o Espírito Santo — para os quais não há qualquer perdão — o perjúrio contra a dívida do Estado. Como com o toque da varinha mágica, reveste o dinheiro improdutivo de poder procriador e transforma-o assim em capital. ”
Marx definiu bem! Um governo que gasta mais do que arrecada, ao invés de aumentar o bem-estar geral, socializa os prejuízos. No Brasil, é muito comum ouvir que se trabalha 4 meses do ano para pagar impostos, o que é uma grande falácia, pois a classe mais baixa é a que paga mais tributos, enquanto os ricos daqui são os menos taxados do mundo.
Por aqui, a crença do endividamento surgiu durantes a ditadura, e o resultado foi uma inflação endêmica que temos que pagar até hoje. Mas, a dívida no período militar serviu para formar as principais empresas estatais, entre elas a Embratel, a Telebrás e as usinas de Itaipu, Tucuruí e Ilha Solteira. FHC, presidente do Plano Real, privatizou quase todas, com a velha justificativa de pagar a dívida. Além disso, fez um enorme esforço fiscal para reduzir gasto público e colocar. O resultado foi que a dívida líquida passou de 30,5% do PIB para 60,4%, segundo o IPEA data.
A dívida grega explodiu, tornando-se impagável. Em outras palavras, o que a Grécia produz e arrecada em tributos não são suficientes para torna-la pagável. O governo grego deve aproximadamente 313 bilhões de Euros, o que equivale a 175% de seu PIB.
Por que, tanto no Brasil quanto na Grécia, essas coisas acontecem? Juros? Também! Aqui, a taxa Selic se mantém alta com a desculpa do controle da inflação. Balela! É como se a população comprasse arroz, feijão e tomate no crediário. Na Europa, o controle monetário da inflação se dá por M1 (moeda em poder do público + depósitos à vista nos bancos comerciais) e M2 (M1 + depósitos a prazo + títulos do governo em poder do público), além, é claro, do controle cambial. Mas, o melhor remédio para a inflação é o aumento da produção.
Os juros no Brasil são altos, pois os banqueiros, que se apoderaram do poder político, só ganham na diferença dos juros com a inflação, o chamado juro real. E a Selic incide sobre os títulos da dívida pública, que estão nas mãos dos bancos nacionais e internacionais.
Já a Grécia, após a crise de 2008, se viu no mesmo problema. Com a queda no PIB mundial, o crescimento grego já não era capaz de conciliar serviços públicos com a dívida. Como o país pertence a União Europeia, continuou recebendo aval de crédito para conseguir empréstimos a taxas de juros extorsivas. Ocorre que os gregos convivem com uma alta dívida pública desde 1999, e sobre essa incidem juros. E de onde vem essa dívida? Esse dinheiro foi usado para qual finalidade?
Esbarramos em outro problema: o conflito entre capitalismo e democracia. Na democracia, o poder emana do povo. Já no mercado, dinheiro é poder. Se, como Marx afirmava, é possível ler a sociedade em duas camadas, a superestrutura e a infraestrutura, sendo que a primeira é a ideologia e o estado, e a segunda é a economia em si, e as duas se relacionam em uma via de mão dupla, quem tem mais poder econômico acaba se apoderando da estrutura estatal.
Se a ideologia vigente defende a propriedade e os contratos, e a capacidade do estado de absorver recursos é maior, logo temo um impasse. A forma moderna de escravidão acaba se tornando a dívida. Estados se endividam em nome de um “suposto interesse” da população, mas o que há por traz são bancos, que financiam campanhas eleitorais. Quando se tornam bem endividados e já não conseguem quitar seus compromissos, os governos “rolam” a dívida, pagando uma mesada aos banqueiros em forma de juros, com o dinheiro dos impostos, que deveria servir para atender os interesses da população.
Quando a situação se torna insustentável, como no caso grego, economistas liberais, os “Chicago Boys”, sugerem que se faça uma política de austeridade, cortando, é claro, verba dos serviços públicos. Os gregos resolveram dizer não! Por lá não houve calote, como muitos dizem, apenas uma pressão para que os credores renegociem as dívidas, e, ao invés de receberem uma quantia extorsiva, se quiserem ter algum tipo de ganho, terão que flexibilizar os pagamentos.
Como resposta, o mercado aterroriza com previsões nebulosas sobre o futuro da economia. Mas, ao contrário do Brasil, a Grécia não tem o que perder. O que pode ser pior? Já vivem com um desemprego endêmico e um PIB decrescente! Mas, há como recuper? Óbvio que sim! O povo grego é instruído, tem capacidade e força para o trabalho, além de contar com um paraíso natural e histórico para o turismo. A diferença que a nova economia grega não vai contar com os parâmetros do capitalismo global, e isso é excelente.
Já deu certo até na Islândia! Em 2008, no estouro da crise, os islandeses perceberam que foram vítimas de uma enorme agiotagem internacional, como mostra o filme Inside Jobs. Em 2011, o governo islandês deu um calote na dívida. E o resultado foi: um desemprego que caiu de 12% para 5%.
Em suma, ao invés de respeitar as regras do “Deus Mercado”, os gregos preferiam valer a democracia, ou seja, a vontade do povo. Temos um avanço!
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Local:
São Paulo - SP, Brasil
quarta-feira, 1 de julho de 2015
Robô mata funcionário em fábrica da Volkswagen na Alemanha
Um técnico foi morto por um robô em uma fábrica da Volkswagen, perto de Kassel, na Alemanha. Segundo informações do Financial Times, o funcionário estava instalando o robô, junto com um colega de trabalho, quando foi atingido no peito e pressionado contra uma placa de metal, falecendo mais tarde.
Mortes causadas por robôs não são frequentes em unidades de produção como essas. Os robôs são mantidos presos em gaiolas de segurança para evitar qualquer tipo de contato e possíveis danos.
No momento do acidente o técnico estava de pé, dentro da gaiola. O segundo funcionário estava fora e não foi prejudicado.
Um representante Volkswagen disse ao jornal que o robô não fazia parte da geração que trabalha lado a lado com os funcionários na linha de produção e não tinha defeito técnico conhecido.
Promotores ainda estão investigando o caso.
segunda-feira, 22 de junho de 2015
Queimando os navios
O balanço pós-crise 2008, os prognósticos e as novas debilidades da economia mundial, foram temas recorrentes na imprensa britânica nesta semana. Martin Wolf, Gabyn Davies e Willem Buiter, trocaram opiniões no Financial Times. The Economist traz editorial sobre o tema, ilustrando sua capa com uma imagem em que um soldado, depois de derrotar um dragão, se vê diante da mandíbula de outro. O consenso entre a maioria dos economistas indica que a taxa de crescimento mundial em 2015 rondará os 3% e que a taxa de crescimento dos Estados Unidos se situará pouco acima de sua tendência de 2,25% dos últimos anos, superando a debilidade do primeiro trimestre, considera de caráter conjuntural. Os salários estagnados estariam começando a aumentar nos Estados Unidos. O desemprego cai pouco na Europa, os preços iniciam uma subida e uma leve recuperação da Eurozona poderia ganhar corpo, ainda que num fenômeno cíclico. O Japão teve um crescimento alto no primeiro trimestre. É provável que o FED norte-americano e o Banco da Inglaterra iniciem a alta das taxas de juros, enquanto o Japão e a Europa as manterão em níveis muito baixos. Pela primeira vez desde 2007 todas as economias dos países ricos cresceram e, de conjunto, poderiam superar 2%, com o que a brecha entre os Estados Unidos e os demais países seria menor. Martin Wolf conclui que poderia haver consenso a respeito de uma constante, mesmo que modesta, recuperação dos países centrais com uma tendência à convergência entre eles. Segundo The Economist, mesmo com a luta duradoura e árdua, olhando pelas maltratadas economias dos países ricos, chegou o momento de declarar que se ganhou a luta contra o caos financeiro e a deflação. No entanto, nem todas estão bem.
Vulnerabilidades
Segundo os economistas, apesar disso, conservam riscos substanciais, tanto velhos como novos. Entre eles, a Europa está inundada de dívidas e é extremamente dependente de suas exportações. Segue um grande desequilíbrio comercial entre a Alemanha e os demais países da Eurozona, portanto não se pode descartar uma nova recessão. O Japão não pode conseguir que a inflação se firme para sair definitivamente do processo deflacionário. A relação média entre a dívida e o PIB nos países ricos aumentou 50% desde 2007. Na Grã-Bretanha e na Espanha a dívida mais do que duplicou. O crescimento dos salários nos Estados Unidos poderia prejudicar os lucros empresariais. As economias dos países chamados “emergentes”, que foram responsáveis pela maior parte do crescimento durante os anos posteriores à crise, não estão vivendo seu melhor momento. Espera-se para este ano uma contração das economias no Brasil e na Rússia. A China, por sua parte, poderia estar desacelerando numa velocidade maior do que a desejada pelo governo. O fato é que, por pouco ou muito, os temores dos economistas estão concentrados na possibilidade sempre presente de um “Grexit” – saída da Grécia da zona do euro –, um “Brexit” – saída da Grã-Bretanha da União Europeia, que, por sua vez poderia estimular a separação da Escócia e a desintegração do “Reino Unido” –, uma “aterrissagem forçada” da China, que inevitavelmente causaria danos à economia mundial e, por último e ainda mais arriscado, as condições da “normalização” da política monetária norte-americana. Este último é, para muitos, o verdadeiro ponto crítico que, em particular, a The Economist dedica seu editorial praticamente todo. Continuando, vamos às causas.
Uma boa e uma má
Os economistas costumam definir esquemas de soma nos quais o mundo estaria dividido entre as boas e as más notícias. Então, seguindo esse método, se poderia dizer que há “uma boa” para anunciar: a economia mundial evitou a catástrofe apelando fundamentalmente nas baixas taxas de juros. E “uma má”: tendo esgotado o arsenal, os governos e os bancos centrais não terão munição para enfrentar uma eventual nova recessão. Como disse a The Economist, se alguma das vulnerabilidades mencionadas provocar uma recessão, o mundo estará numa posição debilitada para fazer o necessário a respeito. Raras vezes tantas grandes economias estiveram tão mal preparadas – enfatiza o semanário – para enfrentar uma recessão, seja qual for sua procedência. Mas, como na realidade a origem das “melhores notícias” nos últimos tempos são os Estados Unidos, o problema se apresenta com uma hierarquia particular, se do que se trata é enfrentar as vulnerabilidades de qualquer origem. A questão tem como epicentro as discussões do FED norte-americano sobre o “momento oportuno” para elevar as taxas de juros. E, então, The Economist continua insistindo que se a resposta lógica ao problema seria voltar o mais rápido possível à “normalidade”, ou seja, elevar as taxas de juros para que os bancos centrais e governos tenham margem para rebaixá-las quando o problema se apresentar, fica revelado que o lógico se mostra equivocado. Estranho raciocínio, sobretudo quando não se pretende superar um milímetro que seja a lógica formal. O semanário acrescenta – contra a ala dura do FED – que o aumento das taxas enquanto os salários ainda estão baixos e a inflação muito aquém das metas do banco central ameaça lançar outra vez a economia à beira da recessão que se pretendia evitar. Agregando que seria preferível uma inflação um pouco acima da meta do que uma prematura alta das taxas de juros. Destaca que se é certo que as taxas excessivamente baixas estão inflando os preços dos ativos e criando riscos no longo prazo, estes riscos são manejáveis, e que uma economia com pleno emprego e um nível saudável de inflação estará em melhores condições para resistir a um ataque de instabilidade financeira do que uma que esteja beirando a deflação. Ninguém no juízo perfeito poderia discutir uma afirmação semelhante, ainda que o problema inicialmente apresentado seja outro: as taxas historicamente baixas, necessárias para conter a crise, esgotam os mecanismos para enfrentar uma nova recessão.
Incongruências do capital
O problema é que The Economist, o FED e todos os economistas do mainstream se deparam com um paradoxo. Alguns deles, como Larry Summers se veem na necessidade de expor isso. Sua tese do estancamento secular constata exatamente o fato de que a economia se encontra perante um fenômeno excepcional. Nas condições atuais – isto é, pós-crise de 2008 – o nível das taxas de juros real que permitiria chegar ao “pleno emprego” está num nível mais baixo do que os “mercados” ou as intervenções governamentais efetivamente podem sustentar. Inclusive diante da versão da tese do estancamento secular que o falecido economista Alvin Hansen havia formulado nos anos 1930, Summers afirma que a peculiaridade atual está na baixa inflação nos Estados Unidos e nas tendências à deflação na Europa, o que dificulta ainda mais a redução das taxas de juros reais. De modo que não apenas as baixas taxas de juros necessárias para manter a economia ativa se convertem num fator de instabilidade permanente, mas os gastos com dívidas aumentam em termos reais devido às tendências deflacionárias. Nesse contexto, as políticas monetárias asfixiam e esgotam seu próprio mecanismo de resgate, invalidando-o no caso de ter que enfrentar novas crises. Assim, mantendo-se um nível de crescimento econômico que evite a recessão, isso será a causa de uma taxa de juros abaixo do mínimo histórico, o que trará permanentes altos riscos financeiros e baixa capacidade de defesa do próprio sistema. Mas, para dizer a verdade, esta questão das taxas de juros, como alerta, ao menos em termos formais, Summers e vários outros economistas, não é mais do que a manifestação de problemas muito mais profundos que o capital enfrenta, tais como os problemas do investimento e da produtividade e, inclusive, o da desigualdade. No entanto, The Economist, ao insistir no argumento de que poucas economias têm conseguido crescer durante uma década sem cair em recessão – o que, cedo ou tarde, as autoridades norte-americanas enfrentarão uma –, pretende colocar em termos de “ciclos básicos” o que na realidade é sintoma de um grave problema histórico que o capital enfrentará nos próximos anos e provavelmente décadas. Os elementos de recuperação conjuntural – que inclusive podem atuar como uma nova lufada de oxigênio para a luta de classes – devem ser considerados em função de todos os limites a que estão submetidos os grandes dilemas estruturais de longo prazo.
Nota da tradução: O título original do artigo “Quemando las naves”, de acordo com historiadores e escritores, pode ser uma referência à decisão militar de Hernán Cortés Pizarro, conquistador espanhol que liderou a invasão que resultou no fim do Império Asteca e a colonização do México no início do século XVI, de mandar queimar os navios. Esta resolução (queimar os navios) de Cortés, para alguns historiadores, se referenciava no que havia feito Alexandre, O Grande, nas costas da Fenícia (335 a.C), quando, diante da imensa inferioridade numérica de suas tropas em relação às tropas inimigas, o que gerava temor e desmotivação de seus soldados, ordenou a queima de todos os navios para mostrar (e motivar) à tropa que não havia outra alternativa que não fosse lutar até o fim, e vencer, única forma de voltar para casa usando os navios inimigos.
sábado, 25 de abril de 2015
Professores de São Paulo seguem em greve contra intransigência de Alckmin
Uma vez mais, na tarde dessa sexta-feira, dia 24 de abril, os professores da rede estadual de São Paulo votaram seguir a greve, iniciada há quase 45 dias. A decisão dos professores se fundamenta na total intransigência do governo do estado, que tendo Geraldo Alckmin à frente está levando ao desastre a Educação paulista.
Na negociação ocorrida em 23 de abril os representantes de Alckmin reafirmaram que não darão qualquer reajuste. Ademais, ameaçam atentar contra o direito constitucional de greve, com o corte de ponto. Até mesmo isso se negaram a negociar. Com isso o governo do estado chefiado pelos tucanos ameaça com deixar sem sustento inúmeras famílias, no mesmo ano em que aprovou aumento de salário para o próprio governador, e seus funcionários de confiança.
Os professores que a todo o momento se mostraram abertos a dialogar, e vem reivindicando a continuidade das negociações seguiram, portanto, à sua assembleia no vão livre do MASP com a perspectiva de seguir sua mobilização.
Qual não foi a surpresa quando lá chegando encontraram a polícia cercando todo o espaço do vão livre. Alegando motivos técnicos de que a estrutura do prédio não aguenta o barulho, os professores foram obrigados a realizar a sua assembleia na rua. Mas era evidente que se tratava de um policiamento ostensivo, para intimidar os professores. Houve relatos de diversos ônibus da Apeoesp que viajavam do interior para participar da assembleia, que foram parados durante o percurso na estrada, o que fez com que várias delegações chegassem bastante atrasadas. Diante desse quadro de intransigência de Alckmin, os professores votaram continuar em greve. Em seguida desceram em ato da Av Paulista até a Secretaria Estadual da Educação. Durante o percurso foram ouvidas palavras de ordem como “se falta dinheiro para o professor, vamos tirar do senador”.
A próxima assembleia ocorrerá no dia 30 de abril, quinta-feira, no MASP às 14h.
Professores foram impedidos de entrar no Conselho Estadual de Representantes
Pela manhã durante a reunião do Conselho Estadual de Representantes (CER), os professores, muitos dos quais integrantes dos comandos de greve das regiões foram impedidos de entrar no prédio em que se realizaria a reunião. A ordem havia partido de representantes da direção petista majoritária da Apeoesp. Revoltados, os professores que estão sustentando essa greve todos os dias sofreram agressões e houve tumulto na entrada do local onde a reunião. Somente depois disso, os professores conseguiram entrar e ouvir as discussões. Maria Izabel Noronha, a presidente da Apeoesp, tentou defender essa ação inadmissível alegando que o estatuto permite a entrada de conselheiros, diretores do sindicato e convidados. Entretanto, todos os que seguem as reuniões do CER sabem que elas sempre foram abertas. Essa ação burocrática da direção petista do sindicato é mais uma demonstração de que essa é hostil ao protagonismo da base. E da necessidade imperiosa de retomar o sindicato das mãos da burocracia.
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