"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

terça-feira, 21 de julho de 2009

Queda no emprego em seis meses consecutivos

Institutos de pesquisa mostram quadro de aumento do desemprego e estagnação da atividade industrial no País e principalmente na região metropolitana de São Paulo

Segundo dados do Ministério do Trabalho e da FIESP é a primeira vez que o emprego cai em seis meses consecutivos no início do ano. Em relação ao ano anterior, a queda foi de 7,95%.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nos últimos meses, o desemprego na região metropolitana de São Paulo se concentrou em pessoas com mais experiência, mais anos de estudo e que são os principais no sustento da família. Em São Paulo, “o percentual de desocupados que já tinha trabalhado anteriormente, ou seja, com alguma experiência, subiu de 80,5% em maio do ano passado para 86,5% em maio de 2009. Em maio de 2008, 23,3% dos desempregados eram os principais responsáveis pelo domicílio; em maio deste ano esse grupo saltou para 26,6%” (Monitor Mercantil, 20/7/2009).
Segundo o IBGE, os dados sobre o desemprego são os piores em uma década. Só em São Paulo, em maio, o aumento no número de desempregados foi de 20,5%. Este número compreende as pessoas que estão sem trabalho, mas procurando emprego, ou seja, mascara a realidade pois uma grande parcela de pessoas que não estão procurando emprego pois entraram no trabalho informal, como os camelôs, são desconsideradas.
E a perspectiva é de que este quadro piore ainda mais pois o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) divulgou dados que mostram que o chamado Sinalizador da Produção Industrial (SPI), que mede o índice de produção das empresas, em São Paulo, pode apresentar variação nula em junho em relação a maio: “O IEDI calcula que haverá queda de 6,2% nos últimos 12 meses terminados em junho de 2009, a menor taxa registrada nessa comparação desde setembro de 1999 (-7,3%). Com relação a maio de 2008, a produção apresentaria retração de 11,0%”, (idem).
As pesquisas ainda mostram que "a energia consumida em junho, quando comparada à junho de 2008, recuou 4,5%. A variação acumulada no ano foi de -2,4% e, nos últimos 12 meses encerrados em junho, de -0,2%." (idem). A energia está sendo menos consumida, mas os empresários do setor não vão perder em lucro. Veja-se que só em São Paulo, neste mês, a tarifa de energia elétrica subiu 13%, três vezes mais o valor de queda mostrado pela pesquisa do IEDI.
Os índices de desemprego mostram que a crise vem aumentando e está longe de terminar. A retração na produção industrial, retração no consumo, mostram um quadro de profunda recessão que tende a aumentar as contradições sociais na medida em que os trabalhadores é que são os mais penalizados com a crise.

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