
Os professores, que estão com correntes presas às mãos e ao pescoço, pretendem ficar até o começo da noite de hoje em torno do obelisco da praça, localizado em um dos principais cruzamentos da cidade.
Eles cobram do governo de Minas o pagamento do piso nacional do professor, que é de R$ 1.187 --valor para 40 horas semanais.
O governo mineiro ofereceu o valor proporcional de R$ 712 para 24 horas semanais, mas os professores rejeitaram sob a alegação de que o valor oferecido não diferencia os docentes que têm ensino médio dos que têm nível superior ou pós-graduação.
Na defesa da sua proposta, o governo de Minas diz que a AGU (Advocacia Geral da União) considerou, na semana passada, que o piso proporcional oferecido está de acordo com a lei federal para o piso salarial nacional. A proporcionalidade já havia sido considerada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
A greve dos professores deixa cerca de 1 milhão de estudantes sem aulas, de um total de 2,3 milhões de alunos do ensino fundamental e médio da rede pública estadual. O número é estimado pela federação de pais.
O governo de Minas diz que a greve é total em 2% das escolas estaduais e parcial em 19%. O sindicato dos professores diz que 50% das escolas estão paradas.
OUVIDORIA DE POLÍCIA
Deputados estaduais do PT e a coordenação do sindicato dos professores foram nesta segunda-feira à Ouvidoria Geral de Polícia protocolar pedido de investigação sobre o uso de pessoal e estrutura da Polícia Militar para supostamente monitorar servidores públicos em greve.
A denúncia do sindicato foi feita na semana passada. Eles dizem que policiais militares à paisana estão nas imediações da sede do sindicato monitorando as ações dos dirigentes sindicais com o intuito de intimidá-los. Um suposto policial foi filmado pelo sindicato. Ao ser abordado, trancou o carro e saiu do local a pé.
Em nota conjunta, governo de Minas e a PM negaram o monitoramento e afirmaram que a instituição tem "vocação democrática", "zela pelos valores de cidadania" e age com "transparência".
"A Polícia Militar tem do povo mineiro o reconhecimento do seu trabalho em proteção da vida, das pessoas, das instituições, da garantia do direito de ir e vir e dos preceitos constitucionais, ao assegurar os mais importantes processos e direitos democráticos a liberdade de associação e de expressão, em cuja base repousa uma sociedade justa, livre e organizada", dizia a nota.
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