"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Sem teoria revolucionária, não há prática revolucionária.



O mundo não nos aparece tal como ele é. Senão, segundo Marx, não teríamos necessidade da ciência, da reflexão teórica, para captamos seus significados.
A teoria não nasce da teoria, nasce das distintas práticas, individuais e sociais, mas ela representa um momento específico de reflexão, de deciframento dos mecanismos do concreto, de apreensão dos seus sentidos, das suas articulações internas, da própria relação entre teoria e prática. Os que se apropriam do saber – como destacou Foucault – detem grande parte do poder, porque impõem seus significados às coisas, as chamam pelos nomes que lhes convém, dizem o que é o real e tornam invisível o que lhes importuna e os descoloca. Criar um outro mundo possível requer criar outra forma de elaboração teórica e outra forma de articulação com a realidade concreta.
A teoria não existe sem a prática, ela é sempre teoria de uma determinada prática, ainda que a não nomeie, ainda que se articule justamente para esconder a que prática – e a que interesses - ela remete.
Por isso a prática é implacável com os erros da teoria, cobra caro pelos erros teóricos.
O mundo hoje requer uma nova leitura, pelas tantas transformações que se deram nas ultimas décadas. Porém, essa leitura não pode prescindir de partir das melhores referências para sua compreensão – a obra de Marx e de Engels. Uma releitura de algumas das suas principais obras, não para encontrar verdades reveladas, mas para reencontrar seus princípios metodológicos, é ainda o melhor instrumental para captar o movimento do real em suas múltiplas dimensões.

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