"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher

segunda-feira, 17 de março de 2014

Viatura da PM arrasta mulher por rua da Zona Norte do Rio

Eram cerca de 9h desse domingo, quando uma viatura do 9º BPM (Rocha Miranda) descia a Estrada Intendente Magalhães, no sentido Marechal Hermes, na Zona Norte do Rio, com o porta-malas aberto. Depois de rolar lá de dentro e ficar pendurado no para-choque do veículo apenas por um pedaço de roupa, o corpo de uma mulher foi arrastado por cerca de 250 metros, batendo contra o asfalto conforme o veículo fazia ultrapassagens. Apesar de alertados por pedestres e motoristas, os PMs não pararam. Um cinegrafista amador que passava pelo local registrou a cena num vídeo.

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A mulher arrastada era Claudia Silva Ferreira, de 38 anos, baleada durante uma troca de tiros entre policiais do 9º BPM e traficantes do Morro da Congonha, em Madureira. Em depoimento à Polícia Civil, os PMs disseram que a mulher foi socorrida por eles ainda com vida, e levada para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas não resistiu. Já a secretaria Estadual de Saúde informou que a paciente já chegou à unidade morta. Ela levou um iro no pescoço e outro nas costas.
- Foi revoltante ver aquele corpo pendurado. Eles iam ultrapassando outros carros, e o corpo ia batendo. As pessoas na rua gritavam, tentando avisar os policiais, mas eles não ouviam. Só pararam por causa do sinal e, aí, conseguiram ouvir o que as pessoas diziam. Dois policiais, então, desceram da viatura e puseram o corpo de volta no carro - disse o cinegrafista.

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Trajeto de 250 metros
A cena começou a ser registrada próximo ao número 796 da Estrada Intendente de Magalhães, na altura da Rua Boiacá, e foi filmada aproximadamente até o 878, onde fica uma agência da Caixa Econômica Federal. A irmã de Claudia, Jussara Silva Ferreira, de 39 anos, ficou chocada quando viu a imagem do corpo da irmã sendo arrastado. Revoltada, ela quer que os policiais sejam punidos:
- Acham que quem mora na comunidade é bandido. Tratam a gente como se fôssemos uma carne descartável. Isso não vai ficar impune. Esses PMs precisam responder pelo que fizeram.


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Antes mesmo de saberem o que havia acontecido com Claudia, familiares tinham desconfiado de que algo pudesse ter ocorrido, já que viram o corpo dela em carne viva ao chegarem no hospital.
- Achamos estranho quando vimos o corpo daquele jeito. Desconfiamos de que tinha acontecido no trajeto até o hospital - relatou Diego Gomes, de 30 anos, primo de Claudia.
Thaís Silva, de 18, filha da vítima e a primeira a encontrá-la morta, já tinha reclamado até mesmo da forma com que os policiais do 9º BPM a socorreram:
- Eles arrastaram minha mãe como se fosse um saco e a jogaram para dentro do camburão como um animal - revoltou-se a jovem.


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Mãe de quatro filhos, Claudia, conhecida no Morro da Congonha como Cacau, era auxiliar de serviços gerais do Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins. Nascida e criada em Madureira, ela ainda cuidava de quatro sobrinhos. A vítima faria 20 anos de casada com o vigia Alexandre Fernandes da Silva, de 41 anos, em setembro deste ano.
Em nota, a assessoria de imprensa da PM afirmou que os policiais do 9º BPM trocaram tiros com criminosos durante uma operação no Morro da Congonha, e um suspeito chegou a ser baleado. Ainda segundo a assessoria, os policiais encontraram a vítima baleada na Rua Joana Resende, ponto mais alto da comunidade. Ela foi levada para o Hospital Carlos Chagas, mas não resistiu. A 29ª DP (Madureira), que investiga o caso, esteve no local para perícia. Dois fuzis usados pelos policiais foram recolhidos para serem periciados.
Revoltados, moradores do Morro da Congonha fizeram protestos pela manhã e também à noite. Eles chegaram a fechar a Avenida Edgar Romero.
"Para entrar em contato com o EXTRA pelo WhatsApp, basta fazer o download gratuito do aplicativo e adicionar o nosso número em sua lista. Aí, é só enviar uma mensagem informando seunome e sobrenome, bairro e cidade onde mora e data de nascimento.


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quarta-feira, 12 de março de 2014

Operário da construtora Mendoça Aguiar sofre acidente de trabalho

Mais dois acidentes na Construção Civil / Aonde vamos parar?


Hoje por volta das onze horas da manhã, no canteiro de obra da Construtora Mendonça Aguiar, localizada aos arredores do Iguatemi, na rua Márlio Fernandes, a laje do primeiro andar do prédio em construção, no momento em que era cheia, não suportou o peso do concreto, e desabou. Nesse momento, Antônio Danilo Costa Lima, servente, com 25 anos, que se encontrava trabalhando local, caiu de uma altura de aproximadamente quatro metros de altura. O mais grave nessa história toda, é que por volta das quatorze horas, o trabalhador ainda se encontrava ao solo, sem que nenhuma providência tenha sido tomada.
O canteiro de obra, por incrível que pareça, funcionava normalmente, por intervenção dos diretores do Sindicato, as atividades foram encerradas e o Sindicato através do seu diretor da secretária de Saúde e Segurança de Trabalho, Laércio Cleiton, exigiu de imediato a remoção do trabalhador para um hospital particular, na qual a empresa atendeu de imediato. Lembramos a todos e todas, que estamos já no segundo mês de Campanha Salarial, e que um dos principais objetivos nesta Campanha, é a conquista do tão sonhado plano de saúde. 

Pouco tempo depois de sairmos do canteiro de obras Mendonça Aguiar, os telefones não paravam de tocar, mais um acidente ocorrera naquele momento, desta feita no canteiro de obras da Construtora Mercúrio Engenharia, localizada no bairro Araturí, no município de Caucaia, obra do programa Minha Casa, Minha Vida, segundo relatos dos operários que nos passaram a informação da quarta laje daqueles prédios em construção. O Sindicato enviou uma representação ao local do acidente, e foi constatado através do diretor Alberto Batista, as informações passadas pelos operários, de pronto ficou agendado uma visita da secretária de Saúde Segurança do Trabalho (STI), para terça-feira de manhã, no local do ocorrido.

terça-feira, 11 de março de 2014

Estado proíbe professora obesa de lecionar

A socióloga Bruna Giorjiani de Arruda, 28 anos, passou no último concurso da Secretaria de Educação do Estado – realizado em novembro do ano passado –, mas foi impedida de assumir as aulas ao ser submetida à avaliação de aptidão física do Departamento de Perícias Médicas do Estado (DPME). O laudo a define como “candidata com obesidade mórbida, do ponto de vista legal, não apta ao cargo público estadual”. 

A professora pesa 110 quilos e mede 1,65 cm, sendo assim o Índice de Massa Corporal dela é de 40,4, classificado como obesidade mórbida, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) – a partir de 40 é considerado obesidade mórbida. “Nunca imaginei que meu peso fosse interferir na minha contratação. Até porque, no edital do concurso não constam os critérios estabelecidos pelo Estado para a seleção e meus exames estão todos normais.” 

Ela passou por perícia no dia 20 de fevereiro, em uma clínica que presta serviços ao Estado, localizada no bairro Boa Vista. Além dos documentos pessoais, a socióloga teve que levar o resultado de 12 exames, entre eles: hemograma, eletrocardiograma, laringoscopia, audiometria, papanicolau e raio x do tórax. Com exceção da obesidade, os resultados estão normais, segundo o laudo do DPME. 

Bruna afirma que em nenhum momento foi pesada durante a perícia. “Eu preenchi um formulário, como se fosse um histórico de doenças antes de passar pela consulta. Na sala, não tinha balança. A médica perguntou meu peso e minha altura. Eu poderia ter mentido, já que o médico que dá o veredito final é de São Paulo e nunca me viu na vida. Fui sincera, pois meus exames estão todos normais e não pensei que meu IMC fosse influenciar em alguma coisa.” 

No dia 1º deste mês, por meio de publicação no Diário Oficial do Estado, ela ficou sabendo que havia sido reprovada. “Tive que ir até São Paulo para pedir o meu prontuário e saber o motivo da minha reprova, já que eles não informam de outra maneira.” 

O resultado espantou a socióloga, que leciona há 6 anos em escolas estaduais, como professora substituta. Deste período, ela somente ficou afastada durante uma semana, quando o pai dela morreu. Em relação as doenças ligadas a obesidade, como hipertensão, diabetes e colesterol, ela afirma que nunca entregou um atestado médico. 

“Me formei em 2007, pela Faceres e, desde então, presto serviço ao Estado, por meio de contrato. Já dei aula na Fundação Casa e na escola Edmur Neves, em Mirassol, e estou lecionando em uma escola em Nova Aliança. Se tivesse passado, começaria a dar aula, semana que vem, na escola Genaro Domarco, em Mirassol”, conta. 

Ela acha preconceituosa a posição do Estado de selecionar os professores, com base no IMC. “Eles acham que só porque somos obesos estamos incapazes de exercer certas funções. Sinto que estamos sendo vistos como bombas relógios e essa seleção é para precaver possíveis gastos no futuro, caso fiquemos doentes ou algo do tipo.” 

A socióloga já solicitou uma segunda perícia. “Caso eu seja reprovada, vou tentar a terceira perícia e depois entrar na Justiça. Como estou apta para ser professora substituta e reprovada para assumir o meu cargo que é de direito? Existem diversas vagas para deficientes, e para gordo não. Se for assim, me aposenta então.” 

De acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), não existe nenhuma resolução que impeça que o candidato atribua ou não as aulas, com base no IMC. O professor que é vinculado ao Sindicato, tem respaldo jurídico para entrar com uma ação individual e garantir o direito dele. 

Não é preconceito, diz Estado 

A Secretaria de Gestão Pública do Estado informou que “o resultado não decorre de atitude preconceituosa e, sim, pela prerrogativa e princípio da continuidade no serviço público a qual prevê o Estatuto, em defesa o interesse público e o zelo pelo interesse coletivo.” 

O Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo informou que a perícia para o ingresso de novos funcionários no serviço público estadual, inclusive professores, segue critérios técnicos e científicos previstos na legislação – em especial no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado (Lei nº 10.261/1968 com nova redação dada pela LC 1.123/2010). 

“O exame pelo qual passam os candidatos é realizado por peritos selecionados e experientes e tem por objetivo avaliar não apenas a capacidade laboral no momento da perícia, mas sim fazer um prognóstico de sua vida funcional, de forma a ingressar numa carreira que dura, em média, 30 anos – o que não significa que ela não tenha condições de exercer sua profissão fora da esfera pública”. 

A professora Bruna, no entanto, diz que não teve peso e altura medidos no exame. Os peritos – “experientes”, como define o Estado – apenas anotaram o que ela respondeu. A nota acrescenta que “a obesidade, por si só, não é considerada fator impeditivo para o ingresso na carreira pública. Já no caso da obesidade mórbida (classificação OMS), faz-se necessária uma avaliação mais detalhada, dadas as doenças oportunistas, como o diabetes, por exemplo”. No caso da socióloga Bruna, porém, ela não apresenta diabetes e nenhuma outra doença associada à obesidade. 

“É preciso esclarecer” - finaliza a nota - “que a todo candidato é garantido o direito a recurso para que eventuais erros ou injustiças sejam corrigidos”. 
É o que a professora Bruna pretende fazer.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Greve de agentes penitenciários atinge 68 presídios do estado de São Paulo

Pelo menos 68 das 158 unidades prisionais do estado de São Paulo foram afetadas pela greve dos agentes de
segurança penitenciária, iniciada hoje (10), segundo levantamento do sindicato da categoria, o Sindasp, o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo. A entidade estima que quase 70% dos servidores aderiram à mobilização. Estão mantidas apenas atividades consideradas essenciais, como transporte de presos em caso de urgência médica, alimentação, banho de sol e cumprimento de alvará de soltura. Em contrapartida, foram paralisadas atividades como atendimento de advogados, transporte para audiências em fóruns que não sejam julgamento, atividades externas dos detentos, como trabalho e escola.
Eles reivindicam, entre outros pontos, aumento do quadro de agentes em pelo menos 30% para minimizar o déficit de funcionários, a redução e posterior extinção da superlotação nos presídios e a restruturação da carreira, com a diminuição de níveis para promoção salarial. “Essa é uma pauta que foi protocolada em janeiro de 2013, para a qual ainda não tivemos retorno”, apontou o diretor jurídico do Sindasp, Rosalvo José da Silva. Os agentes pedem reajuste salarial, de 20,64%, referente à inflação no período de 2007 a 2012, além de 5% de aumento real.
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou que haverá reunião amanhã (11) na Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento com objetivo de discutir a pauta. O sindicato estima que o número de agentes é aproximadamente 30 mil. A SAP informou, no entanto, que esse número não é divulgado por questão de segurança. O Sindasp disse que, diante da abertura para negociações, uma assembleia do movimento foi marcada para as 18h para avaliar a proposta apresentada pelo governo e votar a continuidade do movimento.
Rosalvo exemplifica o problema da superlotação com o caso da penitenciária Lavínia 1. Segundo ele, a unidade, na zona oeste do estado, tem capacidade para 768 presos, mas está com 1.855. Além disso, deveria contar com 165 agentes e tem 135. “O número de agentes não considera a superlotação, então o déficit é ainda maior”, apontou. Ele destaca que na capital o problema é ainda mais grave. “Se considerarmos os CDPs [Centros de Detenção Provisória] da capital, a situação é ainda pior”, declarou.
O diretor explica que, em situação de greve, os servidores comparecem normalmente ao trabalho, mas não executam todas as atividades que deveriam. “Não podemos abandonar o presídio e sair. Mantemos pelo menos a vigilância, que é essencial. Os funcionários assumem os seus postos só não fazem as atividades rotineiras”, explicou.
Questionado se o risco de motim ou fuga aumenta com a paralisação, o diretor avalia que a possibilidade existe, independente do movimento. “O sistema está tão vulnerável que mesmo sem greve a gente não tem como garantir que não ocorram essas situações”, declarou. Ele aposta que, na verdade, esse risco é diminuído porque os detentos ficam trancados na cela a maior parte do tempo. Ele explicou que, no caso do banho de sol, por exemplo, a vigilância, é reforçada por profissionais que não estão exercendo as atividades específicas.

quinta-feira, 6 de março de 2014

TODOS EM DEFESA DA REVOLUÇÃO VENEZUELANA

A Esquerda Marxista, que no Brasil impulsiona a campanha “Tirem as Mãos da Venezuela”, integra-se com a Corrente Marxista Internacional, uma vez mais, à mobilização em defesa da revolução venezuelana. A burguesia da Venezuela e o imperialismo estão desenvolvendo uma intensa campanha para desestabilizar a economia e, com isso, gerar um clima de insatisfação entre o povo daquele país. Sua intenção? Fazer retroceder as conquistas e a revolução.
Em 8 de dezembro ocorrerão as eleições municipais na Venezuela. A direita tenta, com suas operações de sabotagem, criar um clima antichavista e eleger a maioria dos prefeitos locais (alcaides).
O presidente Nicolas Maduro — por meio da Lei Habilitante, que lhe permite baixar decretos — vem intervindo contra a alta artificial dos preços e contra os atos criminosos de estocar e esconder produtos. Mas é evidente que estas medidas não resolvem a situação. É necessário avançar na expropriação dos grandes meios de produção, dos bancos, estabelecer o controle operário e a planificação da economia. Para isso, há que se romper com a burocracia que trava a revolução, é necessário varrer os burocratas do PSUV e do aparelho de Estado, governar através dos Conselhos e avançar na construção do socialismo.
Nos próximos dias a Esquerda Marxista estará alerta contra as ações da direita venezuelana. Discutiremos junto a todos os nossos militantes e contatos a situação naquele país destacando a bandeira da solidariedade internacional para com a revolução, pela vitória dos candidatos do PSUV nas eleições de 8 de dezembro. Derrotar a direita e expropriar a burguesia. 
Divulgamos a seguir a declaração da campanha Tirem as Mãos da Venezuela. Pedimos a todos que expressem sua solidariedade para com o revolucionário povo venezuelano, pelo socialismo.
Declaração da campanha Tirem as Mãos da Venezuela
Eleições municipais de 8 de dezembro, solidariedade à revolução bolivariana diante da guerra econômica
Nas semanas que antecedem as eleições municipais de 8 de dezembro, vem crescendo a campanha de especulação e sabotagem da economia, com a burguesia escondendo mercadorias e aumentando artificialmente os preços. O governo venezuelano do presidente Maduro denunciou que está se desenvolvendo um “golpe de Estado em câmara lenta”. A taxa da inflação anual alcançou 74% e o índice de escassez se encontra no nível recorde de 22%.
Nos últimos dias o governo bolivariano adotou uma série de medidas para comprovar os preços pelos quais estão sendo vendidas uma grande quantidade de mercadorias e obrigar os comerciantes a os ajustarem. Em muitos casos os inspetores do governo encontraram preços adulterados, aumentados em até 1000%, ou mais.
As empresas importam bens com os dólares que recebem do governo a preços regulados e depois os marcam para venda com base nos cálculos da conversão da moeda no cambio negro, resultando preços bem mais elevados. O governo tem denunciado isso como um roubo contra os consumidores. 
O governo também adotou medidas para lutar contra o ocultamento de produtos, descobrindo, uma vez mais, armazéns cheios de mercadorias (desde comida até produtos eletrônicos), que escasseiam nas lojas. Uma vez apreendidos, foram vendidos a preços regulados. Como resultado destas ações, dúzias de empresários foram detidos e estão aguardando julgamento. Estas medidas têm sido recebidas com entusiasmo pelo povo venezuelano ao permitir-lhes adquirir produtos a preços normais. 
O presidente Maduro solicitou uma Lei Habilitante, que lhe permitirá tomar uma série de medidas para lutar contra o que descreveu como uma "guerra econômica" que é levada pela "burguesia parasitaria contra o povo trabalhador". A Lei Habilitante foi aprovada pela Assembleia Nacional. Maduro disse que esta será utilizada para criar uma "nova ordem econômica na transição para o socialismo". 
Esta campanha de sabotagem econômica e de desorganização da economia teve início há mais de um ano e coincidiu com a doença do presidente Chávez, intensificou-se após sua morte e durante a campanha para as eleições presidenciais de 14 de abril. 
Como sabemos, imediatamente após sua derrota na eleição presidencial, a oposição lançou uma violenta campanha de desestabilização, incluindo tiroteios contra ativistas bolivarianos, centros de saúde etc. A oposição negou-se a reconhecer o resultado dessa eleição e tentou, uma vez mais, se livrar do governo bolivariano pela força.
Agora, o principal candidato da oposição Henrique Capriles tem realizado ameaças públicas contra o presidente Maduro dizendo "após o 8 de dezembro os buscaremos, a você e a seu governo".
A mão grande de Washington nunca está longe o suficiente quando se trata de atacar a revolução bolivariana. Documentos recentemente filtrados por Snowden e publicados pelo New York Times revelam como o impacto da revolução bolivariana venezuelana na América Latina é um dos seis "objetivos permanentes" para a espionagem dos Estados Unidos. A jornalista de investigação Eva Golinger também revelou um documento que detalha os esforços conjuntos para desestabilizar o país de organizações com sede nos EUA e Colômbia, junto com a oposição venezuelana. 
A campanha internacional de solidariedade "Tirem as Mãos da Venezuela" quer alertar o movimento operário e estudantil, ativistas de movimentos de solidariedade e a opinião pública progressista em geral, sobre estes fatos que representam uma ameaça renovada contra a vontade democrática do povo venezuelano ameaça esta lançada pela oligarquia e, por detrás dela, o imperialismo. 
O povo venezuelano enfrenta-se novamente com uma batalha crucial. As eleições municipais de 8 de dezembro não serão uma contenda eleitoral normal, mas, sim, um choque importante entre a revolução (que conta com o apoio democrático da maioria do povo venezuelano) e a contrarrevolução. 
Estamos firmemente com o povo bolivariano e o governo de Maduro contra a oligarquia parasitaria, e apoiamos todas as medidas necessárias adotadas para lutar contra a guerra econômica. Estamos vigilantes e nos mobilizaremos contra qualquer tentativa de golpe de Estado por parte da oligarquia. 
• Tirem as Mãos da Venezuela! • Não à guerra econômica! 
• Respeitar a vontade democrática do povo! • Viva a revolução venezuelana!