"As armas da crítica não podem, de fato, substituir a crítica das armas; a força material tem de ser deposta por força material, mas a teoria também se converte em força material uma vez que se apossa dos homens. A teoria é capaz de prender os homens desde que demonstre sua verdade face ao homem, desde que se torne radical. Ser radical é atacar o problema em suas raízes. Para o homem, porém, a raiz é o próprio homem" KARL MARX
"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher
"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher
terça-feira, 9 de agosto de 2016
Racismo à brasileira
Escrevi isso num comentário, mas acho bacana colocar aqui também. Quanta hipocrisia nesses Jogos Olímpicos, né? Não só nesses, pra falar a verdade...países racistas e xenófobos como o Brasil, os Estados Unidos, a Inglaterra não perdem a chance de humilhar e matar negrxs, latinxs ou africanxs, mas quando chegam os Jogos "parece" que se esquecem disso. Deem uma olhada pra quem representa o Brasil no pódio de medalhas, deem uma olhada pro sobrenome de muitos esportistas "estado-unidenses" e "ingleses". Pela medalha olímpica vcs fingem que nos engolem né? Bando de hipócritas! Mas saibam que tamo de olho e que nós não nos esquecemos de como vcs nos tratam nos 4 anos em que não há Olimpíadas.
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Por Janys Yane Yanelys
domingo, 5 de junho de 2016
MULTINACIONAIS OBRIGAM FUNCIONÁRIOS A USAR FRALDA E PROÍBEM IDA AO BANHEIRO
Parece história da época da Revolução Industrial na Inglaterra, mas não é. Para dar mais velocidade à linha produtiva, multinacionais de diferentes ramos obrigam seus funcionários a usar fralda geriátrica, proibindo-os de ir ao banheiro. Em pleno século XXI, casos como esses seguem se repetindo.
NISSAN
A montadora japonesa Nissan vem sendo acusada pela United Auto Works Union (UAW), sindicato dos trabalhadores da cadeia automotiva e maior entidade sindical dos EUA, de obrigar funcionárias da fábrica situada no município de Canton, Mississipi, a usar fralda geriátrica.
Colaboradoras da fábrica relatam que foram orientadas pela chefia a usar fraldas, embora tenha havido resistência por parte delas. O motivo: acabar com pausas e interrupções com idas ao banheiro.
Em fevereiro desse ano, houve protestos no centro do Rio em frente à sede do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos – Rio 2016 contra as condições de trabalho impostas pela Nissan nos EUA. A marca patrocina o evento esportivo.
SETOR AVIÁRIO
Quatro empresas gigantes do setor avícola também são alvo de denúncias por abuso ao trabalhador. São elas a multinacional Tyson Foods, a Pilgrim’s Pride, pertencente à brasileira JBS, a Perdue Farms e a Sanderson Farms. Juntas, elas controlam 60% do mercado de aves nos Estados Unidos.
Segundo a Organização Oxfam América, que denunciou o caso por meio de relatório publicado em maio desse ano, a imensa maioria dos 250 mil trabalhadores do setor nos EUA são forçados a usar fralda no ambiente de trabalho.
Foram centenas de entrevistas com funcionários da linha de produção das maiores empresas do processamento de aves. Trabalhadores que pedem para ir ao banheiro são ameaçados de demissão. Muitos, por evitar beber líquidos durante muito tempo, suportam dores consideráveis para manter seus empregos.
A Oxfam alega inadequação nas pausas no trabalho, o que viola as leis norte-americanas de segurança no trabalho. A organização, em seu relatório, ainda traz dados de 2013 da associação Southern Poverty Law Center do estado do Alabama sobre condições de trabalho.
Por lá, dos 266 trabalhadores que participaram da pesquisa, quase 80% não pode ir ao banheiro. Já no Minnesota, em material realizado pela Greater Minnesota Worker Center lançado em abril, ao norte dos EUA, 86% dos trabalhadores pesquisados afirma ter menos de duas paradas para ir ao banheiro por semana.
WAL MART
A rede internacional de supermercados Wal Mart é outra a adotar a prática abusiva do uso de fraldas em empregados. Dessa vez foi na Tailândia, sudeste asiático.
O caso foi divulgado por pesquisadores no livro Riqueza e Miséria do Trabalho no Brasil, organizado pelo professor titular de Sociologia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ricardo Antunes.
EMPRESA SUL-COREANA
Em 2013, a multinacional sul-coreana Lear, fabricante de arnese (tipo de gancho usado para alpinismo), foi denunciada por impor a funcionários, principalmente mulheres, o uso de fraldas para não abandonar a posição com idas ao banheiro. O caso foi registrado em fábrica da empresa em Honduras, país da América Central, que contava com 4 mil empregados.
A denúncia foi feita por um dirigente sindical. Daniel Durón contou que só foi possível divulgar o caso após pressão de autoridades internacionais. Mesmo tendo repercussão no mundo todo, a Lear tentou resistir e impedir o acesso dos órgãos hondurenhos de fiscalização do trabalho.
terça-feira, 31 de maio de 2016
Golpe dado, imprensa golpista quer calar debates políticos
Lá vem a direita querendo dar aparência afetiva aos seus desmandos políticos.
A campanha midiática agora é para que sejamos cordiais, educados e pacientes. A Folha de Londrina estampou na capa da edição de domingo, 29-05, como matéria principal, sua preocupação com a intolerância. A chamada é “Discursos de ódio silenciam o mito da cordialidade”. Uma vez dado o golpe e com a direita avançando sobre o poder de forma ilegítima, a imprensa golpista sai em campanha contra o debate e o embate políticos. Posicionamento político agora é discurso de ódio e intolerância. Agora. Antes do afastamento da presidente Dilma, não era.
É interessante notar que a campanha se inicia como repercussão ao grande impacto negativo causado pela presença de Alexandre Frota, um estuprador confesso, no Ministério Golpista da Educação para defender o projeto “Escola sem partido”, que não passa de uma lei da mordaça para perseguir professores e alunos que se posicionam politicamente e para cercear as práticas pedagógicas ao sabor dos interesses da direita. A matéria no interior do jornal, que faz referência à intolerância política, retrata um episódio ocorrido em uma escola privada que levou a perda da bolsa de estudos de um aluno com a demissão de sua mãe, professora da escola. O fato foi uma clara perseguição política a uma mãe e profissional que questionou a prática da professora de seu filho de 7 anos por esta ter estimulado, em sala, ataques contra Dilma Roussef. Após ter sido questionada pela mãe, a docente permitiu que as crianças jogassem na cabeça do colega imagens da presidente em recortes de revistas. Não se trata de uma simples intolerância comportamental, já que o castigo recaiu contra os que sofreram os ataques, e a imprensa se aproveita do episódio para estimular o projeto de censura ao debate político nas escolas.
A matéria também objetiva acalmar os nervos da classe média “Globotizada” que gritou Fora PT, com muito ódio de classe, e agora não sabe como explicar o governo de bandidos que ajudou a colocar no poder. Já tentaram de tudo. Primeiro disseram que a culpa era do PT, que fez alianças para governar. Ora, essa mesma classe média que jamais apoiaria uma candidatura do PT que tivesse aliança somente com os pobres, esteve calada enquanto se beneficiava na era Lula. Agora tentam convencer a todos que são apolíticos, que o debate político afeta as relações familiares e cordiais na sociedade, que, em nome de uma paz fingida, não se podem manifestar divergências de classes. Enquanto esses coxinhas iam às ruas chamar a presidente de “puta”, colocavam adesivos nos carros simulando um estupro contra ela, chamavam os beneficiários do bolsa-família de vagabundos, faziam piadas sobre a falta de um dedo na mão de Lula, nenhum jornal se preocupou com o discurso de ódio. Hipocrisia? Não, golpe mesmo.
A campanha agora é que não se discuta política, com aquele velho bordão “política, futebol e religião não se discutem”. Uma grande excrescência ideológica pois a política é a arte do debate, da discussão e da correlação de forças. Mas a imprensa corporativa tem seus métodos e o mais utilizado é colocar especialistas para tentar convencer os leitores da classe média, que se julgam “elites intelectuais” por lerem jornal, de que existe a possibilidade de viver com a consciência tranquila enquanto a maioria da população mundial é explorada e esmagada por políticos que eles apoiam. Basta fingir que não se interessam por política mesmo depois de terem apoiado um golpe de Estado histórico no país.
O golpe no Brasil tem sido ridicularizado na imprensa mundial pela sua escandalosa manipulação barata. Não é para menos. A imprensa nacional, corporativa e golpista, é uma aberração em termos de jornalismo. Nada é sério ou profissional, bem ao gosto dos leitores pretensamente intelectualizados, que, por sua vez, desprezam a sabedoria e a politização dos desfavorecidos que não estudaram e não leem jornais.
A Folha de Londrina aposta na superficialidade intelectual de seus leitores ao estampar o título “Discursos de ódio silenciam o mito da cordialidade”. Se é mito, nunca foi real. Mencionar esse “mito” neste momento é manter a grande distorção da análise do historiador Sérgio Buarque de Holanda, um dos mais importantes do Brasil e, inclusive, fundador do PT. A cordialidade na obra de Buarque refere-se ao agir com a emoção (córdio=coração). O homem cordial não é polido e bom, ele tem uma sociabilidade apenas aparente. Dá aparência afetiva aos seus desmandos políticos. Nada mais característico das marchas coxinhas do que a emoção aflorada sem reflexão, apenas pelo ódio. Parte da sociedade brasileira continua cordial, mas na política não há espaço para emoções. A chegada de Temer ao governo é só a primeira etapa do golpe em andamento.
sábado, 21 de maio de 2016
Coletivo Mobiliza Londrina
O Coletivo Mobiliza Londrina: formado por pessoas independentes, de pauta democrática, antifascista e anti-golpista, horizontal e suprapartidário!
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segunda-feira, 9 de maio de 2016
Um gesto de coragem: Uma mulher afro-sueca enfrenta com punho levantado uma manifestação de neonazistas
A Suécia tem uma nova heroína. Seu nome é Tess Asplund, tem 42 anos e é negra. Sua imagem deu a volta ao mundo nestes dias graças a um simples e, por sua vez, enorme gesto: o protesto com o punho levantado ante uma marcha de 300 neonazistas violentos. Os fatos ocorreram no domingo, na localidade sueca de Borlange, onde os militantes fascistas do Movimento de Resistência Nórdico, de ideologia nazista, se manifestavam por conta do Primeiro de Maio, em uma marcha autorizada pelas autoridades.
Desde então, a imagem desta mulher parada com o punho levantado, cerrando o passo frente aos fascistas uniformizados com camisa branca e gravata verde viralizou nas redes sociais dos países escandinavos e para além deles. Para muitos, a fotografia já é um ícone na história moderna da Suécia, onde os movimentos de extrema direita e contra a imigração estão no auge há anos. E ante essa mostra de intolerância crescente, Asplund, armada apenas com a força de seu olhar, cara a cara com os três dirigentes nazistas que encabeçavam a marcha.
O eco que teve seu corajoso gesto surpreendeu a própria Asplund, ativista há 26 anos e membro da organização Dalarma contra o Racismo, que no domingo também organizou uma marcha em Borlange por conta do Dia Internacional do Trabalhador. “Eu me manifesto normalmente com o punho levantado. Não é novo para mim”, afirma. Recorda o momento em que topou de frente com os dirigentes nazistas. “Um deles me olhou e lhe devolvi o olhar. Ele não disse nada. Eu tampouco. Então, a polícia me levou, como era seu trabalho, claro”.
Sem medo
O Mo
vimento de Resistência Nórdico, registrado como partido político, é um grupo nazista violento cujo objetivo é estabelecer um “Governo nórdico nacional-socialista” em uma luta que talvez requeira um “banho de sangue”. Muitos de seus dirigentes são acusados de delitos violentos, porém Asplund diz “não ter medo”.
David Lagerlof é o fotógrafo que tomou a imagem. Em sua página no Facebook, escreveu: “Uma mulher se coloca na rua ante a organização nazista sueca mais violenta. Em um gesto simples, levanta seu punho. ‘O que estará pensando?’, me perguntei enquanto elevava minha câmera para tomar a fotografia”, recordou Lagerlof.
Splun sabe perfeitamente o que estava pensando nesse momento. “Essa manifestação nunca deveria ter sido autorizada. São nazistas”, recrimina as autoridades. “Reproduzem o ódio. Querem um país branco. Caso cheguem algum dia no governo, me expulsarão, expulsarão minha família”, disse ao diário ‘The Independent’.
segunda-feira, 11 de abril de 2016
Não ao golpe!
Estamos em um momento crucial para a democracia liberal e o estado democrático de direito. Acontece um golpe orquestrado pela direita em forma de impeachment, liderado por Eduardo Cunha presidente da câmara dos deputados para afastar o cargo de presidência da república de Dilma Rousseff, e consequentemente, livrar vários casos de corrupção de Eduardo Cunha e vários outros deputados.
O que está em jogo de fato são os direitos trabalhistas assegurados pela CLT, como o décimo terceiro salário, auxílio maternidade, 1/3 de férias e etc.
Em momentos de crise do capital, a burguesia articula-se para avassalar direitos e conquistas da classe trabalhadora dos últimos 14 anos do governo keynesiano-social-democrata do Partidos dos Trabalhadores, programas sociais estão em jogo se efetivarem o golpe. Estes estarão sob ameaça dos interesses empresariais da burguesia brasileira que necessitam derrubar o governo petista para recuperar seus lucros diante da atual crise capitalista.
A classe trabalhadora precisa urgente se organizar durante essa semana e sair às ruas contra o golpe!!!
Comunidades, igreja, bairros, sindicatos, partidos de esquerda, e as demais organizações da sociedade civil precisam ir às ruas contra esse retrocesso na sociedade brasileira!!!
#NãoAoGolpe
#NãoVaiTerGolpe
#EmDefesaDaDemocracia
O que está em jogo de fato são os direitos trabalhistas assegurados pela CLT, como o décimo terceiro salário, auxílio maternidade, 1/3 de férias e etc.
Em momentos de crise do capital, a burguesia articula-se para avassalar direitos e conquistas da classe trabalhadora dos últimos 14 anos do governo keynesiano-social-democrata do Partidos dos Trabalhadores, programas sociais estão em jogo se efetivarem o golpe. Estes estarão sob ameaça dos interesses empresariais da burguesia brasileira que necessitam derrubar o governo petista para recuperar seus lucros diante da atual crise capitalista.
A classe trabalhadora precisa urgente se organizar durante essa semana e sair às ruas contra o golpe!!!
Comunidades, igreja, bairros, sindicatos, partidos de esquerda, e as demais organizações da sociedade civil precisam ir às ruas contra esse retrocesso na sociedade brasileira!!!
#NãoAoGolpe
#NãoVaiTerGolpe
#EmDefesaDaDemocracia
segunda-feira, 7 de março de 2016
Nestlé é acusada de comprar café fruto de trabalho escravo
Trabalhadores sem registro, expostos a pesticidas e trabalho infantil, são relatados na denúncia.
O DanWhatch, centro de mídia e pesquisa de origem dinamarquesa, divulgou uma pesquisa que pegou a alta diretoria da Nestlé de surpresa. O órgão que vinha apurando denúncias de trabalho escravo em fazendas no Brasil confirmou em sua pesquisa que algumas fazendas das quais a Nestlé compra produtos, os trabalhadores são condicionados ao trabalho degradante.
Trabalhadores
sem registro, expostos a pesticidas, falta de equipamento de proteção
obrigatório, sem água potável, sem local descente para descansar e até
trabalho infantil são relatados nessa pesquisa.
Em nota, a Nestlé confirmou ao órgão que realmente comprou café de fazendas nas quais trabalhadores condicionados ao trabalho escravo foram resgatados pelas autoridades brasileiras.
A empresa ainda informou que esse produto acaba entrando no estoque através de subfornecedores, aos quais estão suspensas as compras até que se apure por completo a investigação.
As condições de trabalho relatado na pesquisa vão contra as normas éticas da empresa e também contra a legislação trabalhista brasileira. A Nestlé, junto com a Jacobs Souwe Egberts, outra gigante do mercado de café, donas de marcas famosas como Dolce-Gusto, Nescafé, Senseo, Coffe-Mate e Nespreso, detém hoje 39% do mercado de consumo.
Por ter uma alta produção e um alto volume de compras, as empresas muitas vezes sequer sabem quem são os fornecedores do produto, gerando lucro e motivando o trabalho escravo.
Em nota, a Nestlé confirmou ao órgão que realmente comprou café de fazendas nas quais trabalhadores condicionados ao trabalho escravo foram resgatados pelas autoridades brasileiras.
A empresa ainda informou que esse produto acaba entrando no estoque através de subfornecedores, aos quais estão suspensas as compras até que se apure por completo a investigação.
As condições de trabalho relatado na pesquisa vão contra as normas éticas da empresa e também contra a legislação trabalhista brasileira. A Nestlé, junto com a Jacobs Souwe Egberts, outra gigante do mercado de café, donas de marcas famosas como Dolce-Gusto, Nescafé, Senseo, Coffe-Mate e Nespreso, detém hoje 39% do mercado de consumo.
Por ter uma alta produção e um alto volume de compras, as empresas muitas vezes sequer sabem quem são os fornecedores do produto, gerando lucro e motivando o trabalho escravo.
Nota da empresa
A Nestlé divulgou uma nota em que se diz muito preocupada com as informações divulgadas e que desenvolve um trabalho emergencial com os principais fornecedores da matéria-prima afim de melhorar a qualidade da compra, seguindo suas Diretrizes de Originação Responsável.A empresa
Fundada por Henri Nestlé, a empresa foi fundada em 1866 e atua no Brasil desde 1876, presente hoje em mais de 190 países. No Brasil, o primeiro produto a ser produzido foi o famoso ‘Leite Condensado Moça’. Hoje no Brasil, são fabricados mais de 1000 produtos da marca, sendo hoje a maior empresa do ramo de alimentos do mundo, com capital que gira em torno de 200 bilhões de dólares.sábado, 23 de janeiro de 2016
Estudos apontam que trabalho infantil não garante o futuro da criança
O trabalho dignifica a criança ou rouba o tempo em que ela devia estar na escola? Estudos realizados por especialistas como Ana Lúcia Kassouf, Nadeem Ilahi e por Emerson e Souza, a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deixam claro que, quanto mais jovem o indivíduo começa a trabalhar, menor é o seu salário na fase adulta, e essa redução é atribuída, em grande parte, à perda dos anos de escolaridade em razão do trabalho na infância.
O trabalho infantil está intimamente relacionado com a pobreza das famílias. Ao perder tempo de estudo, a criança perde também oportunidades de ascensão social no futuro. Com isso, preserva-se um círculo vicioso da pobreza.
É fato notório que crianças trabalhadoras, mesmo tendo a oportunidade de estudar, podem ter o tempo de estudo reduzido, além de perderem o direito de ser criança pela ausência de lazer indispensável a esta etapa da vida. Isso prejudica o aprendizado e, consequentemente, aumenta a repetência, levando muitas crianças e adolescentes a desistir de frequentar a escola.
A escolaridade – o acesso à educação – é um dos fatores fundamentais para a melhoria da condição de vida social e cultural daqueles que não contam com certas facilidades, como alto poder aquisitivo. Dando-se oportunidade para que tenham acesso à educação, indiferentemente de sua renda ou nível social, as pessoas terão mais chance de mudar sua condição de vida e seu quadro social, muitas vezes precário e difícil.
"O trabalho infantil é também produto de conceitos distorcidos de grande parte da população, como o de que o trabalho é edificante e traz benefícios , mesmo que precocemente, o que é totalmente falso", afirma a ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho, uma das gestorasPrograma Nacional de Combate ao Trabalho Infantil da Justiça do Trabalho. "Uma criança que trabalha ao invés de estudar não terá as mesmas oportunidades de crescimento social no futuro".
Do ponto de vista econômico, o trabalho infantil, além de dificultar a frequência escolar, gerando um desempenho abaixo dos demais que não trabalham, faz com que essas pessoas não tenham condições de competir no mercado de trabalho futuro, restando-lhes empregos com baixa remuneração, perpetuando o ciclo de pobreza já vivenciado pelos pais. O trabalho infanto-juvenil causa, ainda, o desemprego de adultos, pois crianças e adolescentes ocupam vagas que estes poderiam preencher.
"As famílias mantêm as crianças no trabalho por não considerarem a escola como uma alternativa, principalmente na área rural, onde há uma grande precariedade educacional, acrescida da precariedade no transporte para que essas crianças cheguem à escola", avalia a ministra Kátia Arruda. "Para reverter esse problema, o apoio do Estado é fundamental".
Campanha
O mais recente vídeo da campanha "Trabalho Infantil – você não vê, mas existe", promovida pelo TST para a conscientização sobre as consequências danosas do trabalho infantil, desmistifica a ideia de que trabalho infantil garante futuro. Assista:
Fonte:
SECOM Secretaria de Comunicação Social - TST
Email: secom@tst.jus.br
Telefone: (61) 3043-4907
Email: secom@tst.jus.br
Telefone: (61) 3043-4907
Leia mais: http://www.deverdeclasse.com/news/estudos-apontam-que-trabalham-infantil-nao-garante-o-futuro-da-crianca/
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