"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher

sábado, 24 de outubro de 2009


II SEMINÁRIO DE ESTUDOS MARXISTAS - SESTMARX


De 11 a 14 de Nov 2009
IBILCE/UNESP
São José do Rio Preto

Informações:

sestmarx@yahoo.com.br

www.sestmarx.blogspot.com


A felicidade só existe quando é dividida.

Mil famílias são despejadas de ocupação e acampam na rua


Na última quarta-feira a tropa de choque de Serra reprimiu e arrancou as famílias que ocupavam um terreno na zona Leste de São Paulo



Nesta semana, a polícia selvagem de Serra desocupou terreno ocupado por famílias de sem-teto. Durante todo o dia a polícia cercou o terreno e ameaçou os ocupantes.

Sem nenhuma alternativa, ficaram na rua. Montaram os barracos nas ruas de suas antigas casas. As famílias fazem parte das organizações populares Moradia Terra de Nossa Gente (MMTNG) e Movimento Sem-Teto pela Reforma Urbana (MSTRU), ligados à Frente de Luta por Moradia (FLM).

De forma truculenta, a polícia sequer deixou que fossem retirados os móveis das famílias do local.

Quase que como um deboche, foi oferecido um depósito para que as famílias deixem seus pertences, com o valor do aluguel de R$ 50 diários. E ainda será necessário pedido judicial para depois reaver o que é deles.

As cerca de mil famílias estavam vivendo na ocupação Alto Alegre, distrito de Vila Prudente, Zona Leste da Capital. A Justiça burguesa estava ameaçando o despejo desde o dia 14 de outubro.

Foi realizada uma reunião com uma comissão da ocupação e o governo garantiu a prorrogação do prazo até que, pelo menos, fosse garantido o atendimento emergencial.

De maneira abrupta o acordo foi rompido e na madrugada do dia 21 as famílias foram agredidas da tropa de choque.

A ocupação ocorreu no dia 13 de abril de 2009 no terreno com 280 mil metros quadrados.

Como uma imensa parcela da população, as famílias se unificam nas péssimas condições de vida. São ex-moradores de rua, de despejos por falta de condições de pagar aluguel, despejos de áreas de manancial ou de ocupações não regularizadas.

Segundo o coordenador da Frente de Lula por Moradia Osmar Borges “Há caso de família inteira que morava dentro de um caminhão velho, abandonado, nas proximidades do acampamento. A cada dia a coordenação recebia novos pedidos de famílias para integrar a ocupação, rodeada por favelas, tamanha é a situação de pobreza que enfrentam na região.”

O terreno é propriedade particular é resultado de grilagem de terra e o proprietário responde processo por crime ambiental por ter desmatado toda a área e ainda possui dívida de mais de R$ 2 milhões com BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).

O criminoso governo municipal nas mãos do DEM marcou o cadastro de todas as famílias para o atendimento emergencial de moradia, o que foi adiado e a única coisa que cumpriram foi a violenta retirada dos ocupantes.

É necessário todo o apoio a estas famílias para reocuparem a área e garantirem o direito a moradia.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Abaixo a política de extermínio da população trabalhadora nas favelas

Depois de atacar brutalmente os sem-terra, a direita está fazendo uma ampla investida contra os moradores das favelas. Duas operações nas favelas da zona Norte do Rio deixaram um saldo de pelo menos 16 mortes!

A direita está intensificando a campanha criminosa de repressão da população. Depois de um “misterioso” incêndio, que deixou 300 famílias sem barracos, na favela Diogo Pires, no Jaguaré, zona Oeste de São Paulo, foi a vez dos moradores do Morro dos Macacos e da favela do Jacarezinho, na zona Norte do Rio de Janeiro, sofrerem com a repressão do Estado.

No último domingo, 18, centenas de policiais militares do 6º BPM (Tijuca) deram início a uma assassina operação no Morro dos Macacos que terminou um saldo de pelo menos 12 mortes e centenas de feridos. A operação de guerra foi montada para reprimir e massacrar os trabalhadores com o cínico argumento de que a mesma teria como objetivo caçar os “criminosos” que atiraram contra um helicóptero da PM.

É obvio que não se trata de uma ação vingativa da PM, mas de uma política geral, que está sendo adotada em vários estados, e que tem como objetivo perseguir a população. O argumento de combate ao crime é uma falácia. Primeiro porque as operações não reduzem em nada a criminalidade nas favelas, muito pelo contrário. E segundo porque quem de fato sofre com as ações são os moradores, que se encontram em meio a um fogo cruzado sem ter a menor condição de se defender. Tanto é assim que durante as operações os números de inocentes que morrem são assustadores, revelando que na prática a burguesia aprovou a pena de morte para inocentes, ou seja, o simples fato de uma pessoa morar em na favela já é o suficiente para a direita considerá-lo como um “criminoso”, “marginal”.

O cinismo da burguesia é tamanho que o próprio comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Mário Sérgio Duarte, confirmou que a operação no Morro dos Macacos deixou muito mais inocentes mortos do que foi divulgado pela imprensa capitalista. "Pessoas engajadas no confronto podem ter sido classificadas equivocadamente como criminosas. (...) Essas coisas são esclarecidas com tempo. Num primeiro momento, vamos coletando as informações possíveis. Precisamos agora verificar a identidade de cada. Sabendo da identidade, do local de onde partiram, onde residem e suas atividades normais do dia a dia é que vamos saber verdadeiramente a identidade de cada pessoa”, afirmou o comandante (Jornal do Brasil, 18/10/2009). A declaração do comandante da PM também deixa clara a forma de atuar da polícia: atirar primeiro para depois saber de quem se trata.

Como se vê a polícia não sabe sequer quem são as pessoas em quem atira, ela simplesmente dispara contra toda e qualquer morador da favela, sem que essa mantenha qualquer relação com o tráfico, o que demonstra o cinismo diante do argumento de que as operações servem para combater o crime. A população também precisa ter claro que mesmo que se tratasse de traficantes a polícia não poderia simplesmente chegar atirando, o que na prática significa impor a pena de morte, sem que ao menos a pessoa tenha direito a qualquer julgamento e seja verificada sua verdadeira culpa, como manda a própria constituição. Com esse pretexto, a polícia adquire carta branca para fazer o que bem entender nas favelas e os que mais sofrem com essa política são os trabalhadores.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Brown libera mais US$ 80 bilhões para bancos britânicos

Sob a benção da União Européia, capitalistas autorizam o governo Gordon Brown desembolsar 79 bilhões de dólares para os bancos falidos com a crise

Em reunião realizada na última segunda-feira, dia 12, a Comissão Européia, decidiu que o Reino Unido está autorizado a continuar financiando a crise econômica para ajudar os bancos falidos.

A decisão foi tomada em conjunto, pois em reunião anterior havia sido determinado que os países começassem, aos poucos, a diminuir o repasse de verbas para bancos e instituições financeiras, porque, pelo menos em tese a economia estaria se recuperando.

Os bancos britânicos estão recebendo intensivamente ajuda do Tesouro britânico desde outubro de 2008, ou seja, há um ano, quando a recessão agravou-se em todo o mundo.

A medida aprovada pela União Européia vai permitir que os bancos e instituições financeiras inglesas recebam o dinheiro público dos cofres do governo britânico até 31 de dezembro de 2009. Este prazo seria para que se normalizasse a condição financeira dos bancos, algo pouco provável.

Esta é a segunda vez que a União Européia concede uma prorrogação para o Reino Unido. Em abril deste ano, já havia feito uma prorrogação de seis meses que se mostrou insuficiente para conter o avanço da recessão. Tanto que a farsa do “fim da crise” nem sequer é mencionada.

A nova bolada que sairá dos cofres ingleses vai ser de no mínimo 79 bilhões de dólares, uma espécie de recapitalização dos bancos, injeção de liquidez para evitar futuras falências.

A decisão da União Européia demonstra como a recessão ainda afeta a economia da Europa e em particular o Reino Unido. Nenhum sinal de recuperação e muito menos “fim da crise”.