"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Voltaremos em breve!


Em motivo de minha viagem para a Bolívia, Peru e ao Chile, este blog estará inativo até 1º de Fevereiro!

Boas férias a todos os trabalhadores ao redor do mundo! Uní-vos!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Trabalhadores perdem 13 bilhões em salários em um ano

A farsa do fim da crise econômica cai por terra com a divulgação de uma pesquisa que mostra que nos últimos 12 meses os salários pagos para os trabalhadores diminuíram em R$ 13 bilhões


A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), divulgou levantamento em que revela o verdadeiro estrago feito pela crise econômica mundial na vida dos trabalhadores brasileiros. Segundo a FIESP, os trabalhadores da indústria tiveram perda de cerca de R$ 13 bilhões nos salários nos últimos doze meses.

A pesquisa constatou que no período de outubro de 2008 a setembro de 2009 as indústrias diminuíram o valor gasto com salários. A massa salarial caiu neste período 5,3%, prova mais que concreta de que a crise afetou em cheio o País.

Mesmo com toda a propaganda do governo de novas contratações o fato é que muitos postos de trabalho foram fechados e o salário dos novos contratados é menor que o dos trabalhadores demitidos.

O valor gasto pelas indústrias nestes 12 meses caiu de R$ 190 bilhões para R$ 177 billhões, ou seja, R$ 13 bilhões que as indústrias deixaram de gastar e que refletem diretamente no próprio desenvolvimento da economia brasileira.

Estes R$ 13 bilhões que deixaram de circular no mercado é maior que o valor que vai ser pago em décimo terceiro agora no final do ano. O valor em 13º a ser pago vai ser de R$ 12,1 bilhões.

Arrocho salarial

Outro fator que reduziu o valor do pagamento de salários foram os diversos acordos entre patrões e sindicatos, como medida do governo de evitar greves e de fato um enfrentamento, para que o prejuízo da crise ficasse com os patrões e não com os trabalhadores. Destes acordos contra o interesse da classe operária houve a redução da jornada de trabalho com redução salarial, redução de benefícios, menor produção, férias coletivas não remuneradas etc.

No mesmo período a produção industrial caiu 8% e o emprego caiu 4,1%. Estes resultados que refletem sem nenhuma dúvida como a recessão afetou a economia brasileira e por trás da aparente recuperação e retomada do emprego como o governo e a imprensa burguesa tem anunciado por todos os lados, a recessão produziu cortes de empregos, redução salarial, perdas de direitos trabalhistas, não pagamento de horas extras etc.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Arruda, DEM, Roriz, Câmara Distrital - Fora todos!



Nesta quinta feira o governador do Distrito federal José Roberto Arruda (DEM) pediu desfiliação ao DEM depois que veio à tona esquema de distribuição de verba pública entre deputados distritais, empresários e os seus assessores


Arruda anunciou em discurso sua desfiliação ao DEM nesta quinta-feira (10) depois que perdeu no Tribunal Superior Eleitoral a possibilidade de intervenção no próprio partido para recorrer contra a desfiliação.

Outros envolvidos, porém, não serão punidos pelo próprio DEM como o vice-governador e empresário do grupo de Arruda, maior empreiteiro de Brasília e principal financiador do esquema, Paulo Octávio. "Não tem um diálogo, não tem um vídeo recebendo recursos", afirmou o deputado do DEM do Rio, Rodrigo Maia em referência a Paulo Octávio (Jornal do Brasil, 11/12/2009).

“O líder do partido no Senado, senador Agripino Maia (DEM-RN), foi além e disse que Paulo Octávio tem condições, inclusive, de continuar conduzindo o diretório regional do DEM” (Idem).

Paulo Octávio foi denunciado pelo próprio ex-secretário de Arruda, Durval Barbosa como integrante do “mensalão do DEM”, segundo ao qual cabia uma fatia de 30% na partilha das propinas arrecadadas de empresários que prestam serviços ao governo.

A manobra da burguesia já está estabelecida. Foi dado destaque à desfiliação ao DEM e ao fato de que Arruda não poderá concorrer às próximas eleições para garantir que o governo do DEM chegue ao fim do mandato oficial abrindo o espaço para o governo da oligarquia de Roriz (PSC, ex-PMDB), que estava por trás de todas as acusações contra Arruda. A acordo de bastidores é reafirmar um governo da direita corrupta contra o outro, pois a derrota eleitoral do DEM e do grupo de Arruda já está praticamente consumada. É uma manobra para, na disputa entre as maiores máfias políticas do Distrito Federal, estabelecer que no pior dos casos para o DEM sai Arruda, político profissional do partido, e fica o Paulo Octávio, o homem-chave do “mensalão” do DEM, que será lançado pelo DEM ao governo do DF.

Do PT ao DEM são todos mensalões

Os esquemas de corrupção denunciados nos últimos de todas as alas parlamentares da burguesia, como o “mensalão” dos Correios do PT, o “mensalão” mineiro do PSDB, o “mensalão” do DEM, mostram que a corrupção é apenas o meio pelo qual a facções da burguesia governam. Todas as câmaras distritais, assembléias a Câmara, o Senado funcionam através da propina paga aos administradores dos negócios dos exploradores do povo.

É necessário levantar uma ampla campanha popular pelo “Fora todos eles!” contra os governos da burguesia.

Este amplo chamado deve ser feito também às organizações operárias para que estas não deixem que sua mobilização seja utilizada por qualquer uma das alas da burguesia. É necessário exigir o completo rompimento com a política atrelamento das mobilizações aos interesses de uma ou outra ala da burguesia, que neste caso se trata da oligarquia de Roriz.

Nos protestos realizados em Brasília, como na ocupação da Câmara Distrital e na manifestação de rua no dia 9, a direção que procurava controlar os atos formada por partidos da Frente Popular, do PT, do PCdoB, Psol e PSTU procuravam fazer com que uma campanha eleitoral e que se juntava à reivindicação de ética e contra a corrupção que saio típicas campanhas da direita ou de propaganda de uma das alas burguesas na disputa, prevalecessem.

Apesar das reivindicações atreladas à burguesia da direção dos atos, este saiu completamente do controle destas direções e terminou em um enfrentamento de manifestantes com a polícia, expressando uma revolta popular, que foi duramente reprimida pela polícia.

É preciso repudiar o acordo das máfias políticas que controlam Brasília e todo o País e reivindicar o “Fora Todos eles!”. Pelo atendimento imediato das reivindicações populares. Pelo fim dos governos das máfias capitalistas. Por um governo dos trabalhadores!

Formar comitês de mobilização pelo “Fora Todos!”, independentes dos partidos do “mensalão”.