"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher

terça-feira, 27 de maio de 2008

Escritor e psiquiatra Roberto Freire morre aos 81 anos em SP


da Folha Online

O corpo do escritor e psiquiatra Roberto Freire foi cremado, ao meio-dia deste sábado (24), no cemitério da Vila Alpina (zona leste de São Paulo). Ele morreu, ontem, no hospital Sírio-Libanês, na Bela Vista (região central da capital), onde estava hospitalizado.

Escritor Roberto Freire, autor de "Cleo e Daniel", posa em 1966

A família não divulgou a causa da morte, informou a somaterapeuta Vera Schroeder, que trabalha no Instituto Brasileiro de Estudos de Soma, terapia criada por Freire na década de 70 com proposta anarquista. Ela citou apenas "falência múltipla dos órgãos". Segundo ela, Freire estava internado há mais de duas semanas.
Biografia
Em 2003, o autor lançou a autobiografia "Eu É um Outro", na qual contou suas histórias.
"Eu só falei de amor em toda a minha vida, nos 25 livros que publiquei, mas não tenho a menor explicação para ele [o amor]", disse na época à Folha o autor de romances como "Cleo e Daniel" (1966) ou do ensaio "Sem Tesão Não Há Solução" (1990), obras que invocam o "amor libertário", "revolucionário".
Freire foi casado com a médica Gessy Freire, e deixou três filhos: Pedro, Paulo e Roberto. O médico e escritor tinha uma ligação forte com o teatro.
Durante a estada como cientista em Paris, entre 1952-54, extensão da formação de médico, ele conheceu o crítico Sábato Magaldi. Na volta ao país, foi convidado por Alfredo Mesquita a lecionar na Escola de Arte Dramática (EAD) da USP.
Freire escreveu peças, conviveu com nomes do teatro como Antunes Filho, Flávio Rangel, Plínio Marcos e Flávio Império, além de dirigir espaços como o TBC e o Tuca.
Na imprensa, atuou no jornal "Brasil Urgente" e nas revistas "Realidade" e "Caros Amigos", da qual se desligou por discordar da linha editorial. Na política, juntou-se aos militantes da Ação Popular, por uma revolução socialista.
Freire foi preso e torturado durante a ditadura. Ele atribuía aos "telefones" (tapas simultâneos nos ouvidos) a causa que, anos depois, cegou-lhe o olho direito.
"Sempre fui um cara muito ativo, muito criativo, viajante, movido pela paixão. Agora, na velhice, as doenças me imobilizam. Hoje, por exemplo, sou impotente para escrever, que é o que mais gosto de fazer", disse à Folha, em 2003.
Ao escrever suas memórias, então com 77 anos, ele falou: "Fiz uma história simples, de um cidadão brasileiro."

Bom, Roberto Freire influênciou minha vida até certo ponto. Logo com minha entrada na Universidade fui me distanciando de suas idéias, principalmente acerca das teorias anarquistas, pelo contato que tive com o marxismo nas questão da metodologia do materialismo-histórico e dialético, mas não esqueço das coisas importantes que aprendi com ele sobre ao amor e as relações humanas do cotidiano e das suas excelentes frases: "Ame e de Vexame", e "Sem tesão não há solução", que realmente são ações importantes na vida humana!
O problema é achar amores!! rsrs...

sábado, 24 de maio de 2008

Discurso no Funeral de Karl Marx



Em 14 de março, quando faltam 15 minutos para as 3 horas da tarde, deixou de pensar o maior pensador do presente. Ficou sozinho por escassos dois minutos, e sucedeu de encontramos ele em sua poltrona dormindo serenamente — dessa vez para sempre.
O que o proletariado militante da Europa e da América, o que a ciência histórica perdeu com a perda desse homem é impossível avaliar. Logo evidenciará-se a lacuna que a morte desse formidável espírito abriu.
Assim como Darwin em relação a lei do desenvolvimento dos organismos naturais, descobriu Marx a lei do desenvolvimento da História humana: o simples fato, escondido sobre crescente manto ideológico, de que os homens reclamam antes de tudo comida, bebida, moradia e vestuário, antes de poderem praticar a política, ciência, arte, religião, etc.; que portanto a produção imediata de víveres e com isso o correspondente estágio econômico de um povo ou de uma época constitui o fundamento a parir do qual as instituições políticas, as instituições jurídicas, a arte e mesmo as noções religiosas do povo em questão se desenvolve, na ordem em elas devem ser explicadas – e não ao contrário como nós até então fazíamos.
Isso não é tudo. Marx descobriu também a lei específica que governa o presente modo de produção capitalista e a sociedade burguesa por ele criada. Com a descoberta da mais-valia iluminaram-se subitamente esses problemas, enquanto que todas as investigações passadas, tanto dos economistas burgueses quanto dos críticos socialistas, perderam-se na obscuridade.
Duas descobertas tais deviam a uma vida bastar. Já é feliz aquele que faz somente uma delas. Mas em cada área isolada que Marx conduzia pesquisa, e estas pesquisas eram feitas em muitas áreas, nunca superficialmente, em cada área, inclusive na matemática, ele fez descobertas singulares.
Tal era o homem de ciência. Mas isso não era nem de perto a metade do homem. A ciência era para Marx um impulso histórico, uma força revolucionária. Por muito que ele podia ficar claramente contente com um novo conhecimento em alguma ciência teórica, cuja utilização prática talvez ainda não se revelasse – um tipo inteiramente diferente de contentamento ele experimentava, quando tratava-se de um conhecimento que exercia imediatamente uma mudança na indústria, e no desenvolvimento histórica em geral. Assim por exemplo ele acompanhava meticulosamente os avanços de pesquisa na área de eletricidade, e recentemente ainda aquelas de Marc Deprez.
Pois Marx era antes de tudo revolucionário. Contribuir, de um ou outro modo, com a queda da sociedade capitalista e de suas instituições estatais, contribuir com a emancipação do moderno proletariado, que primeiramente devia tomar consciência de sua posição e de seus anseios, consciência das condições de sua emancipação – essa era sua verdadeira missão em vida. O conflito era seu elemento. E ele combateu com uma paixão, com uma obstinação, com um êxito, como poucos tiveram. Seu trabalho no 'Rheinische Zeitung' (1842), no parisiense 'Vorwärts' (1844), no 'Brüsseler Deutsche Zeitung' (1847), no 'Neue Rheinische Zeitung' (1848-9), no 'New York Tribune' (1852-61) – junto com um grande volume de panfletos de luta, trabalho em organização de Paris, Bruxelas e Londres, e por fim a criação da grande Associação Internacional de Trabalhadores coroando o conjunto – em verdade, isso tudo era de novo um resultado que deixaria orgulhoso seu criador, ainda que não tivesse feito mais nada.
E por isso era Marx o mais odiado e mais caluniado homem de seu tempo. Governantes, absolutistas ou republicanos, exilavam-no. Burgueses, conservadores ou ultra-democratas, competiam em caluniar-lhe. Ele desvencilhava-se de tudo isso como se fosse uma teia de aranha, ignorava, só respondia quando era máxima a necessidade. E ele faleceu reverenciado, amado, pranteado por milhões de companheiros trabalhadores revolucionários – das minas da Sibéria, em toda parte da Europa e América, até a Califórnia – e eu me atrevo a dizer: ainda que ele tenha tido vários adversários, dificilmente teve algum inimigo pessoal.

Seu nome atravessará os séculos, bem como sua obra!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Trabalho Infantil



O tema é meramente para reflexão; recente a Rede Globo divulgou imagens de crianças de 5 anos trabalhando na lavoura e cultivo do tabaco no interior do Paraná; falou-se sobre a exposição de crianças no trabalho, da contaminação corporal delas por meio da nicotina e a digníssima Doutora, membro do Ministério Público do Trabalho, citou as ações já adotadas contra a INDÚSTRIA FUMAGEIRA que compra as plantas para o fabrico de cigarros e afins, como se fosse elas as únicas culpadas por esta lástima.
A indústria fumageira é mera coadjuvante nesta história sombria, afinal de contas, se o cigarro é liberado, mesmo com a maior carga tributária do Brasil, ela precisa de matéria prima para produzi-los e não há outro lugar a cultivar o tabaco, senão os campos da Zona Rural; agora, se os PAIS obrigam suas crianças a plantarem, colherem e armazená-los, a principal culpa é deles.
O Ministério Público do Trabalho deveria acionar cada pai e mãe que permite (ou obriga) seus filhos a submeterem a este tipo de labor azedo, cruel e infeliz; aliás, toda criança com menos de 15 anos, uma vez que é tutelada pela Mãe Pátria, deveria ter também os cuidados dela. O representante patronal, neste caso, o Sindicato da Indústria Fumageira, alegou estar quite com suas obrigações e afirmou que a situação é crítica em qualquer canto do Brasil e não somente no interior do Paraná.
Se por um lado o empresário tem culpa, pelos critérios adotados na compra destas folhas de tabaco, ele também tem certa razão, por mais imbecil que possa parecer, porque eu garanto que nenhum contrato lavrado entre os agricultores e as indústrias, seja para compra ou cultivo em regime exclusivo; ninguém seria idiota ao ponto de afirmar que ?as crianças devem trabalhar para que haja o cumprimento dos mesmos?
Na mesma matéria, os pais destas crianças afirmaram que a indústria manipula cotações, acordos, preços finais e eles ficam sempre devendo ao final; justificaram que colocam seus filhos para trabalharem por conta destes péssimos acordos comerciais, apenas para aliviarem as dívidas; mas se é isso mesmo que ocorre, basta mudar de lavoura; que adotem outro tipo de cultivo, afinal de contas, quando uma empresa começa a apresentar dívidas, ou ela muda de ramo ou fecha as portas; nas culturas agrícolas de subsistência não deve fugir a regra, mas ao invés de procurarem outro tipo de ajuda, colocam seus filhos menores de 10 anos para sofrerem na pele toda a desgraça trazida por eles como legado.
A Rede Globo é sensacional quando fuça situações inusitadas como esta, mas às vezes eu me sinto magoado porque eles fazem isso e esquecem rapidinho de tudo; esqueceram, por exemplo, das crianças que quebram pedras na Bahia e Pernambuco em troca de comida (pouca e ruim); esqueceram das crianças do Norte que ainda trabalham nos seringais; esqueceram das crianças de Alagoas e São Paulo que se mutilam no cultivo da cana-de-açúcar; esqueceram dos meninos e meninas das periferias das cidades litorâneas que vivem no lodo dos mangues para levarem para casa a comida do dia; esqueceram dos garotinhos que morrem nos garimpos ilegais no Pará e Amazonas; das crianças que trabalham nas carvoarias de Minas Gerais e Mato Grosso que se submetem ao calor infernal e respiram o pó do carvão; lembram de vez em quando das crianças que vivem a serviço do tráfico de drogas no Rio de Janeiro e São Paulo; das garotinhas de mesma idade do Ceará que são obrigadas a prostituírem-se, isso mesmo, crianças de 7 a 10 anos fazendo sexo abertamente na Praia de Iracema em Fortaleza sob olhares curiosos de Policiais Militares que só protegem os aliciadores ou ainda de todas as outras crianças que vivem nas ruas (literalmente), sobrevivendo de pequenos furtos ou das sobras de algum restaurante caridoso. No Nordeste, os pais oferecem suas filhas com menos de 10 anos para famílias de fazendeiros na esperança que elas consigam uma vida melhor numa casa estruturada, da mesma forma que eles também pensam que é menos uma boca na hora do almoço; salvam-se duas situações agressivas de uma única vez. Estas meninas são postas nas casas dos patrões como ?empregadas domésticas?; algumas (poucas) viram filhas; outras (muitas) trabalham a vida inteira, servindo a todo tipo de apetite e temperamento, sem nunca saberem o que é a CLT ou o caminho de volta pra casa. Isso ninguém denuncia, porque muita gente importante vive este tipo de realidade.
A questão é posta na mídia como se esta criança fosse diferente daquela criança de mesma idade. Eu me lembro de quando eu ainda contava 10 anos, meu pai, muito trabalhador e honesto, para ajudar no orçamento baixo, matava ovinos no quintal de nossa casa e me colocava para entregar o fruto daquela matança aos vizinhos que compravam dele a carne exótica.
Nada daquilo me fez infeliz, até mesmo porque eu tinha certeza que estava ajudando meu pai e me orgulhava de levar às vezes a metade de meu peso nas costas; nenhum dos trabalhos sugeridos por meu pai, quando eu era criança, me deixou lesões físicas ou psicológicas; eu estudava como qualquer outra criança de minha idade e comia com dignidade, mas eu queria mesmo era brincar em meus horários vagos.
A lei é dura aonde a Justiça não chega e quando a imprensa visita locais como os que eu citei e flagra situações inusitadas como a visão de crianças trabalhando o mundo exterior a aquela realidade, como nós, meros cosmopolitas, reage de modo espantoso; o espectador dos jornais de televisão não imagina o que se passa no interior do Brasil aonde a televisão ainda não chegou.
A situação é ainda mais crítica do que tudo isso que já foi apresentado nos últimos 20 anos em todas as emissoras de TV, jornais e revistas, basta visitar o Brasil como eu já visitei para saber do que eu acuso.
Pode doer em alguns, mas nenhum juiz, desembargador, jornalista, advogado, promotor, Governador ou Presidente da República sabe de fato o que é o trabalho infantil no Brasil; porque ele acontece diante dos olhos de todos e quem são os "lucradores" de tudo isso? Responda quem souber, ou puder! Nossos falastrões que só querem aparecer na mídia falam demais e fazem de menos.
Isso é comum e com certeza, jamais deixará de ser assim. Enquanto a Doutora Promotora afirmava que adotará sansões para as empresas de fumo; aquelas do Paraná, ela não imaginou (ou se fez de rogada), que aquelas família poderiam estar sem os seus cultivos e suas crianças, ao invés de morrerem de trabalho, poderiam morrem de fome ou ainda migrarem para as ruas de uma grande cidade com seus pais, para pedirem esmolas e furtar turistas, porque não têm o que fazer.
Reafirmo que nada justifica a condição de uma criança ter que trabalhar para poder comer, mas antes de denunciar qualquer ato de trabalho infantil, se os representantes dos Poderes Constituídos, deveriam apresentar uma proposta séria e sustentável, para que as famílias destas mesmas crianças consigam ao menos um pouco de dignidade em suas mesas; ninguém consegue brincar ou estudar se sua barriga está vazia e para nossas crianças poderem um dia sonhar com escola e lazer, seus pais precisam ao menos disso, COMIDA e infelizmente, em lugar nenhum do mundo, há comida sem trabalho.
Você pode não achar isso, mas o problema é social e coletivo; não basta denunciar ou escrever sobre o tema; não basta afirmar compromissos em palanque ou aparecer na Rede Globo para bradar sobre uma ação jurídica; o problema é meu, é seu, é do Brasil; enquanto eu estou aqui, escrevendo de meu notebook com internet banda larga e tendo dinheiro para pagar a escola e laser de meus filhos, a Promotora terá no dia 30, R$ 17 mil em sua conta salário; enquanto as famílias daqueles infelizes garotinhos brasileiros que trabalham feito adultos terão dívidas e uma lavoura de fumo para tomarem conta, esperançosos de que um dia aquele mesmo fumo possa ser transformado em dinheiro que lhes pagarão ao menos o pão da noite, para que eles não durmam famintos.
É bom pensar nisso! Esta história de aparecer na Rede Globo para denunciar um tema polêmico me faz lembrar o dia em que eu fui convidado para ingressar numa instituição fraternal conhecida, que promove jantares semanais em clubes e bons restaurantes, para reunirem seus membros; num destes jantares de luxo, nós comíamos faisão ao molho de nozes e o Presidente da fraternidade pediu a palavra para discutir a fome dos que moravam nas favelas; o moço queria discutir ações pertinentes à fome de muitos e esqueceu que naquele lugar havia personalidades abastadas, que comia quitutes caros, regado a bom vinho branco chileno e tendo que discutir A FOME.
Eu sugeri que nossas doações para os jantares fossem transformadas em cestas básicas; sabem qual foi o resultado? Não fui aceito como membro...! Senhores Promotores de Justiça, procuradores em geral, antes de Vossas Excelências citarem os problemas, imaginem que os senhores são parte deles e que os Senhores podem, e devem também sugerir alternativas para a resolução absoluta destes problemas; façam a Justiça entender de uma vez por todas que o Estado é responsável pela resolução também e não somente pela punição; tirem seus "trazeiros" pesados das cadeiras confortáveis e justifiquem os salários bem pagos que recebem ao final de cada mês, faça chuva ou faça sol!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Albert Einstein

Uma carta inédita de Albert Einstein datada de 1954, ano anterior ao de sua morte, traz pela primeira vez críticas contundentes do físico à religião. No manuscrito dirigido a seu amigo filósofo Eric Gutkind, que será leiloada hoje em Londres, o autor das teorias da relatividade retrata as práticas religiosas como "infantis".
"A palavra Deus é para mim nada mais do que expressão e produto da fraqueza humana", escreveu Einstein, para quem a Bíblia seria "uma coleção de lendas honráveis, ainda que primitivas".
O conteúdo da carta difere de declarações anteriores de Einstein, que, segundo historiadores, nunca havia deixado muito clara a sua visão sobre a religião. Nessa seara, o físico era mais lembrado pela frase "A ciência sem religião é manca, a religião sem a ciência é cega".
Na carta a Gutkind, porém, Einstein classifica a crença em Deus como "produto da fraqueza humana", e não poupa nem a religião do povo ao qual pertencia. "A religião judaica, como todas as outras religiões, é uma encarnação das superstições mais infantis." Einstein, um sionista que teve papel importante na criação do Estado de Israel, diz a Gutkind que não acredita que os judeus sejam um povo "escolhido".
A carta traz um certo tom de descrença na humanidade e a noção de que o poder corrompe as pessoas. Os judeus, diz, só estariam "protegidos dos piores cânceres por lhes faltar poder".
A casa de leilões Bloomsbury, onde o manuscrito original será vendido, diz estar "100% certa" da autenticidade do documento e que espera conseguir por ele um preço entre US$ 12 mil e US$ 16 mil. O vendedor é um colecionador particular.
Historiadores não costumam retratar Einstein como ateu, mas a imagem pode mudar com a publicação da carta. Sua visão sobre Deus era tida apenas como não-clerical ("Não creio no Deus da teologia que recompensa o bem e pune o mal").

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Tutututututu bando de pelegos!!


O neo-comunismo PCdoB filia personalidades sem compromisso ideológico para disputar as eleições de 2008


Nem toda nudez será castigada. Pelo menos se depender do ministro dos Esportes, Orlando Silva, que conseguiu “seduzir” a assistente de arbitragem Ana Paula de Oliveira para ser a mais nova comunista do Brasil. Afastada há quatro meses dos gramados, a bandeirinha que virou estrela pop depois de ter posado nua para uma revista masculina resolveu arriscar-se em mais um lance audacioso: ela quer entrar para a política. No início do mês, Ana Paula assinou sua ficha no Partido Comunista do Brasil (PCdoB), dias antes de encerrar o prazo de filiação para as eleições municipais de 2008. Segundo seu partido, ela pretende disputar uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo. Ainda é cedo para saber se ela terá votos. Mas no PCdoB, partido fundado em 1962 sob inspiração maoísta, ninguém duvida da “musculatura eleitoral” da moça para reerguer uma legenda que anda em baixa.
No momento em que a fidelidade partidária está em alta, os velhos stalinistas se renderam ao pragmatismo eleitoral e trouxeram para suas trincheiras, só este ano, perto de 50 mil novos filiados. Entre eles, há personalidades que nunca ouviram falar em Karl Marx, Vladimir Lênin, Josef Stálin, Mao Tsé-tung ou mesmo da Albânia – uma espécie de “Disneylândia do PCdoB” nos anos 70 e 80. Agora, isso pouco importa: são detalhes. O que interessa são votos. Ponto. Esse “arrastão vermelho”, como a estratégia eleitoral foi batizada pelos militantes comunistas, tem as digitais do ministro dos Esportes, Orlando Silva. Com o sucesso dos Jogos Pan-Americanos 2007, no Rio, Silva emergiu como uma das maiores lideranças do partido e conseguiu convencer a antiga cúpula partidária a adotar essa tática audaciosa. “Foi-se o tempo em que, para ser comunista, a pessoa precisava saber a doutrina marxista”, diz o ministro. “Sempre tivemos uma participação contida nas eleições, chegou a hora de dar uma mudada”, acredita Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB. “Nosso critério para oferecer a legenda a quem quer ser candidato é que a pessoa seja honesta”, diz Rabelo.
Na busca de visibilidade, o partido que nos anos 70 liderou a guerrilha no Araguaia hoje abdicou a ortodoxia e foi buscar num público eclético seus puxadores de votos. Entre os que vão empunhar a bandeira vermelha, com sua foice e martelo, além de Ana Paula, estão os jogadores Vladimir, ex-Corinthians, Jairzinho, o furacão da Copa de 70, e a medalhista de prata e ex-atacante da seleção feminina de futebol, Maycon Jackson, e o cantor de pagode e empresário Netinho. Também Hugo Oyama – o maior jogador de tênis de mesa brasileiro – e o ator global Fidélis Baniwa, que representou um índio na minissérie Mad-Maria, apresentador da campanha eleitoral do presidente Lula em 2006.
Se depender do ministro Orlando Silva, a ofensiva para conquistar novos militantes em searas heterodoxas vai continuar. “Ninguém nasce pronto. Vamos construir novas lideranças”, promete. Com 20 anos de atraso, o PCdoB vive finalmente sua glasnost (abertura).

“FOI-SE O TEMPO EM QUE, PARA SER COMUNISTA, A PESSOA PRECISAVA SABER A DOUTRINA MARXISTA” Orlando Silva, ministro dos Esportes (PCdoB)

Que piada esses partidos ditos comunistas no Brasil, são um bando de pelegos do Capital!!

Fiquem atentos!

Enquanto a mídia nos distrai com CPI"s e o caso isabella...... Enquanto a sociedade é bombardeada com o senciacionalismo da mídia sobre cpi"s o caso Isabella e outras noticias sem muito interresse social, os parlamentares fazem a festa em cima de direitos trabalhistas.....
Fim do 13º já foi aprovado na Câmara. Enquanto a gente se distrai com estas CPIs o (CASO ISABELA, ETC. ..) O Congresso continua votando outros assuntos de nosso interesse e a gente nem percebe... vejam essa: Fim do 13º já foi aprovado na Câmara (PT, PSTU). Para conhecimento: O fim do 13º salário já foi aprovado na Câmara para alteração do art. 618 da CLT. Já foi aprovado na Câmara e encaminhado para o Senado. Provavelmente será votado após as eleições, é claro! A maioria dos deputados federais que estão neste momento tentando aprovar no Senado o Fim do 13º salário, inclusive da Licença Maternidade e Férias (pagas em 10 vezes) são do PFL e PSDB. As próprias mordomias e as vergonhosas ajudas de custo de todo tipo que recebem, eles não cortam. Conheçam os safados que votaram a favor deste Projeto em todo o Brasil e, por favor, repassem para o maior número de pessoas possíveis, afinal eles são candidatos fortes nas próximas eleições:

01- INOCÊNCIO OLIVEIRA-PFL
02- JOÃO PAULO - PT
03- JOSÉ VICENTE DE PAULA (VICENTINHO) -PT
04- OSVALDO COELHO - PFL
05- ARMANDO MONTEIRO-PMDB
06- SALATIEL CARVALHO-PMDB
07- PEDRO CORRÊA - PPB
08- JOSE GENOINO - PT
09 -SEVERINO CAVALCANTE -PPB
10- CLEMENTINO COELHO - PPS
11- ANTONIO PALOCCI - PT
12- JOSÉ MÚCIO MONTEIRO-PSDB

Agora, enquanto isso, eles distraem a gente com referendos ridículos!!!! !
E, nas votações, que realmente importam, não nos cabe participar????
Cadê os caras pintadas???
Povo que derruba presidente?? ????
Gente, é hora de acordar antes que seja tarde d+!!!!!!!!!!
NINGUÉM É TÃO FORTE QUANTO TODOS NÓS JUNTOS!!!!!! !! Divulguem!!!
E não fique só reclamando do nosso país!!!!

domingo, 11 de maio de 2008

Não vou passar fome pelo menos!

09/05/2008 - 09h15

Senado aprova filosofia no ensino médio

ANGELA PINHO da Folha de S.Paulo, em Brasília

O Senado aprovou quinta-feira (8) um projeto de lei que determina a inclusão de disciplinas de filosofia e sociologia nas três séries do ensino médio. O texto prevê que a lei entre em vigor na data de sua publicação, mas não especifica quando deve ser implementada. Já aprovado pela Câmara, o projeto será submetido agora ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que poderá sancioná-lo ou vetá-lo.
Em 2006, uma resolução no mesmo sentido já havia sido publicada pelo CNE (Conselho Nacional de Educação) e homologada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.
Segundo levantamento do colegiado, ao menos 17 Estados implantaram as duas disciplinas no ensino médio. Outras escolas, muitas delas particulares, já oferecem as disciplinas há anos.
De acordo com a conselheira Clélia Brandão, porém, a lei é importante porque houve contestações de alguns Estados.
Uma delas, afirma, ocorreu em São Paulo, onde o Conselho Estadual de Educação publicou uma resolução em que negava a obrigatoriedade das escolas de seguirem as normas do CNE.
No mês passado, a Secretaria Estadual da Educação de São Paulo anunciou que os alunos teriam sociologia em um dos três anos do ensino médio --filosofia já estava na grade obrigatória em dois anos do antigo colegial.
O projeto de lei aprovado ontem, de autoria do deputado Ribamar Alves (PSB-MA), inclui as duas disciplinas na LDB (Lei de Diretrizes e Bases), que tem de ser seguida por Estados e municípios.
Veto em 2001
Filosofia e sociologia foram retiradas do currículo obrigatório do ensino médio durante o regime militar (1964-1985) e substituídas por educação moral e cívica e OSPB.
Em 2001, o presidente Fernando Henrique Cardoso vetou um projeto de lei que incluía as disciplinas novamente.
O texto, proposto pelo petista Padre Roque (PT-RR), havia sido aprovado pela Câmara e pelo Senado.
Sob a gestão tucana, o Ministério da Educação argumentou que o texto criava ônus para os Estados, que teriam de contratar mais professores, e era anacrônico, já que os currículos modernos deveriam, para o ex-ministro Paulo Renato Souza, pregar a interdisciplinaridade.
Célia Brandão, do Conselho Nacional de Educação, discorda. Ela aponta que as escolas que estruturam seus currículos por grandes áreas de conhecimento, e não por tema, não são obrigadas a incluir novas disciplinas, mas colocar filosofia e sociologia entre os temas.

Confirmado: Dinheiro não traz felicidade

Um estudo revelou que a ânsia por objetos materiais, como roupas de marca e carros velozes, pode gerar depressão e angústia.
Pesquisadores australianos descobriram uma correlação entre o materialismo - ou uma "preocupação excessiva" por bens materiais - e um fenômeno psicológico negativo.
Shaun Saunders, um dos autores do informe da Universidade de New Castle, na Austrália, disse que não ficou surpreso ao descobrir que o dinheiro não traz felicidade. No entanto, até agora não havia provas científicas suficientes para comprovar essa afirmação.
"Existe uma crescente preocupação pelos efeitos do materialismo e do consumismo sobre o meio ambiente, mas não se prestou suficiente atenção a seus efeitos psicológicos", disse.
Saunders explicou que uma das causas de depressão entre os ávidos consumidores é o fato de suas compras perderem rapidamente o valor.
"Se o valor que uma pessoa atribui a si mesmo tem como base os bens materiais que possui, como pode ser o caso em nossa sociedade de consumo, então essas coisas não parecem manter seu valor por muito tempo", observou.
No entanto, a vontade de ter um carro esportivo não é necessariamente causa de transtornos psicológicos, já que algumas pessoas podem apresentar um interesse genuíno no desempenho do veículo e sua fabricação.
Mas, na maioria dos casos, o materialismo tem sua base no fato de as pessoas utilizarem seus bens materiais para definir seu lugar na sociedade.
Segundo Saunders, isso é aplicável tanto para coisas que "se deve ter" como para as que "não se deve ter".
"As pessoas querem se comparar com os demais", disse. "Em nossa sociedade, o critério costuma ser o do que se possui", continuou. "É a velha idéia de estar à altura do vizinho".
Tentar manter uma vantagem sobre os demais pode ser uma experiência muito frustrante e pode levar à angústia, de acordo com o estudo australiano.
Também dá lugar ao conformismo, partindo da noção de que o próprio ser, em uma sociedade que tem o mercado como base, é um artigo cujo valor é determinado externamente.
"Assim que, antes de sair comprando compulsivamente, é conveniente ter em conta que o possuir coisas materiais pode dar a sensação de controle, mas a pesquisa demonstra que o materialismo repercute negativamente na satisfação da vida", assegurou Saunders.

sábado, 10 de maio de 2008

O que é ser direitista no Brasil vejam:

10. Ao contrário dos direitistas gringos, europeus ou mesmo mexicanos – virulentamente patrióticos ao ponto da xenofobia – o direitista brasileiro odeia o Brasil. É curioso, porque nenhuma direita traz tantas marcas do seu lugar de origem como a brasileira. Até quando fala de Chesterton.

9. O direitista brazuca sofre de profunda nostalgia. Entende-se: ele um dia teve Carlos Lacerda e Paulo Francis. Hoje deve contentar-se com Diogo Mainardi e outros funcionários da Veja. Ou seja, já completa uma geração em total orfandade de gurus. Andam tão carentes que seu mais novo mestre é um auto-intitulado "filósofo" de cujo trabalho nenhum profissional de filosofia jamais ouviu falar.

8. Os direitistas tupiniquins em geral se dividem em dois grupos: os raivosos e os blasé. Aqueles vociferam em blogs, lançam insultos, ordenam que os adversários se mudem para Cuba. Reagem histericamente à própria infelicidade. Os blasé, em busca de uma elegância copiada de algum filme gringo, intercalam em suas frases expressões inglesas já completamente fora de uso. Reagem esquizofrenicamente à sua infelicidade, à sua incapacidade de reconciliarem-se com o que são.

7. O direitismo brasileiro costuma ser um grande clube do Bolinha. Tem verdadeiro pânico das mulheres, especialmente das mulheres fortes, seguras, profissionalmente bem-sucedidas. Estas últimas costumam ter o poder de fazer até mesmo do blasé um raivoso.

6. O direitista tupiniquim adora lamber as botas de Bush. Numa época em que até vozes do conservadorismo tradicional norte-americano reconhecem o caráter da mentirada (link via Smart) sobre a qual se sustenta Bush, o direitista daqui ainda defende o genocídio praticado pelos EUA no Iraque.

5. Por alguma razão, o direitista brasileiro sente-se profundamente incomodado com o cinema iraniano. Talvez, se a história do menino que perdeu um sapato fosse contada em inglês, com um orçamento milionário, dois personagens maniqueistamente representando o bem e o mal, algumas explosões e um final bem moralista, o direitista tupiniquim o saudaria como uma pérola.

4. O direitista brazuca adora declarar-se “liberal”. Sonha com o capitalismo preconizado por Adam Smith, quem sabe nalguma ilha onde ainda exista “livre competição pelo mercado”. Afinal de contas, no capitalismo realmente existente o que vemos são quatro megaconglomerados controlando toda a indústria musical do mundo, ricos impondo barreiras e tarifas aos produtos dos pobres, oligopólios praticando dumping, guerras de rapinha para saquear petróleo dos outros. Ao ser confrontado com esses fatos, o máximo que o direitista aceitará é que no “verdadeiro” liberalismo essas coisas deverão ser “corrigidas”. Talvez no dia em que o direitista consiga impor seu modelo de capitalismo à ilha de Robinson Crusoé.

3. O direitista tupiniquim tem pânico de discutir questões relacionadas a raça e etnia. Quando aflora qualquer conversa sobre a discriminação racial ou sobre o lugar subordinado do negro na sociedade, ele raivosamente acusa os interlocutores de estarem acusando-o de racista. Para essa “vestida de carapuça” Freud inventou um nome: denegação. É a atitude preferida do direitista quando o tema é relações raciais.

2. O direitista tem verdadeiro ódio da MPB. Vocifera, por exemplo, contra o silêncio de Chico Buarque sobre o caixa dois do PT, ao mesmo tempo em que idolatra pop stars americanos que silenciam sobre o genocídio no Iraque. Faz sentido: as áreas nas quais, em quantidade e em qualidade, o Brasil tem a mais respeitável produção do mundo desmentem a ficção auto-depreciatória com que o direitista tupiniquim transfere para o país o seu incômodo consigo mesmo.

1. O direitista brasileiro louva e idolatra o mercado, mas curiosamente pouquíssimos espécimens dessa turma se estabeleceram no mercado com o próprio trabalho. É mais comum que herdem um negócio do pai, recebam via jabaculê o emprego que terão pelo resto da vida ou, mais comum ainda, que concluam a quarta década de vida morando com a mãe e tomando toddyinho.