"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

domingo, 11 de maio de 2008

Confirmado: Dinheiro não traz felicidade

Um estudo revelou que a ânsia por objetos materiais, como roupas de marca e carros velozes, pode gerar depressão e angústia.
Pesquisadores australianos descobriram uma correlação entre o materialismo - ou uma "preocupação excessiva" por bens materiais - e um fenômeno psicológico negativo.
Shaun Saunders, um dos autores do informe da Universidade de New Castle, na Austrália, disse que não ficou surpreso ao descobrir que o dinheiro não traz felicidade. No entanto, até agora não havia provas científicas suficientes para comprovar essa afirmação.
"Existe uma crescente preocupação pelos efeitos do materialismo e do consumismo sobre o meio ambiente, mas não se prestou suficiente atenção a seus efeitos psicológicos", disse.
Saunders explicou que uma das causas de depressão entre os ávidos consumidores é o fato de suas compras perderem rapidamente o valor.
"Se o valor que uma pessoa atribui a si mesmo tem como base os bens materiais que possui, como pode ser o caso em nossa sociedade de consumo, então essas coisas não parecem manter seu valor por muito tempo", observou.
No entanto, a vontade de ter um carro esportivo não é necessariamente causa de transtornos psicológicos, já que algumas pessoas podem apresentar um interesse genuíno no desempenho do veículo e sua fabricação.
Mas, na maioria dos casos, o materialismo tem sua base no fato de as pessoas utilizarem seus bens materiais para definir seu lugar na sociedade.
Segundo Saunders, isso é aplicável tanto para coisas que "se deve ter" como para as que "não se deve ter".
"As pessoas querem se comparar com os demais", disse. "Em nossa sociedade, o critério costuma ser o do que se possui", continuou. "É a velha idéia de estar à altura do vizinho".
Tentar manter uma vantagem sobre os demais pode ser uma experiência muito frustrante e pode levar à angústia, de acordo com o estudo australiano.
Também dá lugar ao conformismo, partindo da noção de que o próprio ser, em uma sociedade que tem o mercado como base, é um artigo cujo valor é determinado externamente.
"Assim que, antes de sair comprando compulsivamente, é conveniente ter em conta que o possuir coisas materiais pode dar a sensação de controle, mas a pesquisa demonstra que o materialismo repercute negativamente na satisfação da vida", assegurou Saunders.

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