"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Bolha financeira pode explodir logo na Ásia


Bilhões em dinheiro público no mercado financeiro asiático estão criando nova bolha financeira na Ásia e deve levar economia mundial a novo furacão econômico

O tão anunciado “fim da crise” econômica pode provocar mais recessão, anunciou o Banco Mundial. Na última quarta-feira, dia 11, o Banco Mundial, anunciou que os trilhões de dólares gastos pelos governos estão criando uma bolha financeira de grandes proporções que podem colocar a economia mundial a pique.

Segundo o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, é na Ásia que este fenômeno se concentra, "na Ásia oriental, a recuperação do crescimento começa de uma forma forte e há muita liquidez, surge o risco de que seja preciso enfrentar bolhas financeiras em alguns mercados" (EFE, 11/11/2009).

Estas bolhas estariam sendo criadas com o aumento da liquidez nos países asiáticos em particular. Nestes países, com destaque para a China, foram implantados pacotes que visavam aumentar projetos de infraestrutura com a injeção de bilhões de dólares, aumentando assim a liquidez dos mercados.

Os países asiáticos despejaram dezenas de bilhões de dólares em seus mercados financeiros para conter o avanço da crise e assim promoveram uma recuperação momentânea nestes mercados, elevando as ações de empresas das bolsas asiáticas. Esta elevação nitidamente foi induzida, criando uma bolha financeira, que agora, segundo o Banco Mundial, pode explodir.

O ex-presidente do Fed, Federal Reserve, banco central norte-americano, Laurence Meyer, lamentou o fato dizendo, "Mesmo quem diz que deveríamos responder diretamente (e murchar as bolhas) não tem nenhuma idéia sobre como fazer isso. É fácil adotar uma posição filosófica, mas é difícil se tornar prático e operacional em relação a isso." (The Wall Street Journal, 11/11/2009).

Esta nova bolha econômica pode elevar ainda mais o grau de devastação econômica, não somente na Ásia, mas em todo o mundo. E colocar por terra qualquer teoria de “fim da crise”, quando na verdade ela não pára de se desenvolver.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Enquanto reprime sem-terra, burguesia quer anistiar latifundiários

O projeto que está para ser votado na câmera pretende isentar os proprietários de áreas desmatadas ilegalmente de pagar multas. O projeto é uma clara defesa dos interesses dos ruralistas e revela o cinismo da burguesia

Enquanto a direita organiza uma das mais violentas repressões e ditadura contra os trabalhadores sem-terra, acusando-os de “vândalos”, “criminosos” e “corruptos”, chegando ao cúmulo de pedir a abertura de uma CPI para averiguar as contas de um movimento social que sobrevive de ocupações de terras, a bancada ruralista está tentando legalizar o desmatamento de floresta, isentando proprietários de áreas desmatadas ilegalmente (até 2006) de pagar multas.

A medida revela todo o cinismo da burguesia que se utiliza do discurso “ecológico” e “ambientalista” para promover o massacre dos sem-terra, enquanto autoriza na prática o desmatamento ilegal, impondo um dos maiores ataques contra a preservação ambiental através da privatização das matas e florestas.

De acordo com o texto, que está para ser votado pela Câmara e se apresenta como um substitutivo ao Projeto de Lei 6424/05, os proprietários ou ocupantes ilegais que promoveram o desmatamento ilegal até 2006 estarão completamente isentos de pagar multas e de replantar a floresta degradada, o que significa dizer que os latifundiários que degradaram mais de 35 milhões hectares, área equivalente a nove vezes o estado do Rio de Janeiro ou 18 vezes a área de Sergipe, serão anistiados de qualquer punição.

Além disso, o novo projeto também “assegura a manutenção e a consolidação das atividades agropecuárias existentes em áreas que foram desmatadas até 31 de julho de 2006 (...) Repassa para os Estados a competência de definir os percentuais de reserva legal e de áreas de proteção permanente (APPs). O objetivo é permitir a exploração econômica das partes das propriedades rurais destinadas à preservação ambiental (...). O projeto conta ainda com uma mudança no inciso I, do art. 16 do Código Florestal, que reduz “a área de reserva legal, na região da Amazônia Legal, de 80% para 50%, voltando, assim, a ter o limite que vigorava antes da expedição da Medida Provisória n° 2.166-67/2001” (Último Segundo, 28/10/2009).

Como se vê o objetivo do projeto, encabeçado pelo DEM e PSDB, ou seja, pelos próprios ruralistas, é autorizar não apenas o desmatamento ilegal como a exploração desenfreada do latifúndio, um primeiro passo para a privatização das florestas.

Essa política criminosa, bem como a perseguição aos sem-terra, está sendo defendido por todos os setores da burguesia, desde a bancada ruralista, até os aliados do governo. A medida é um ataque contra a população e em especial contra os sem-terra, já que o projeto é na verdade um aval para que o latifúndio amplie a exploração e conseqüentemente a repressão contra os trabalhadores rurais.