"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Polícia usa gás lacrimogêneo contra protesto de trabalhadores na Turquia


Vários pessoas ficaram feridas nesta quinta-feira após confronto entre a polícia e trabalhadores da tabacaria Tekel, que protestam contra reduções salariais e reduções da jornada de trabalho em Ancara, na Turquia.

Segundo as redes de televisão turcas, a polícia usou cassetetes e gás lacrimogêneo para dispersar os milhares de trabalhadores do Monopólio do Tabaco e do Álcool (Tekel) que estavam concentrados em diversos lugares do centro da capital Turca.


Burhan Ozbilici/AP

Polícia usa gás de pimenta para conter trabalhadores que protestavam contra reduções salariais em Ancara, na Turquia

"A polícia usou gás lacrimogêneo, jatos de pressão de água e cassetetes para dispersar os trabalhadores que responderam com pedras. Entre seis e sete pessoas ficaram feridas, afetadas pelo gás lacrimogêneo lançado diretamente sobre seus olhos", disse um dos manifestantes que participa do protesto.

Ainda na madrugada desta segunda-feira, as forças de segurança bloquearam as estradas que dão acesso a Ancara para tentar impedir a chegada dos manifestantes que vieram de ônibus de diversas Províncias do país.

Mas os trabalhadores burlaram os controles ao se dirigir a pé para a cidade e depois tentaram se concentrar em frente à sede da federação de sindicatos Turk-IS.

A eles somaram-se grupos de estudantes e membros de diversos sindicatos e associações, assim como de partidos de esquerda, que apoiam as suas reivindicações.

Alguns deputados da oposição, que estavam em um grupo de manifestantes que tinha bloqueado o tráfego de uma das principais ruas da cidade, também foram atingido pelo gás lacrimogêneo.

Os protestos se dirigem contra o governo pelas medidas adotadas para reduzir os salários e a jornada depois da privatização da Tekel.

Em janeiro mais de 25 mil pessoas --trabalhadores e suas famílias-- em 600 ônibus foram a Ancara e acamparam em barracas durante dois meses e meio. Agora, 29 dias depois, milhares deles voltam à capital para uma ação de 24 horas.

Os trabalhadores pretendiam se reunir em frente à federação dos sindicatos, mas a polícia não permitiu e fez com que os protestos ficassem distribuídos pela cidade.

O líder dos trabalhadores da Tekel, Mustafa Turkel, afirmou que o protesto de hoje é uma ação de um só dia e que ninguém pode impedir que os manifestantes cheguem à sede da Turk-IS.

"A tensão aumenta. Está acontecendo algo único na história do mundo. Trabalhadores são proibidos de ir a sua federação, mas está claro o que faremos: iremos lá", disse Turkel.

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