"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

domingo, 19 de outubro de 2008

Fim da farsa - Brasil é um dos mais afetados pela crise financeira.

Ao contrário da "ilha da fantasia" criada pelo governo Lula que apresenta o Brasil a parte da crise financeira, uma pesquisa da BBC coloca o País entre os mais afetados pela crise mundial.

O Brasil não está nem um pouco imune aos efeitos da crise financeira mundial. Muito pelo contrário, é um dos mais afetados, segundo uma pesquisa divulgada pela rede de notícias BBC. Nesta pesquisa, são relacionados os principais países que estão sendo afetados pela hecatombe financeira que tomou conta do mundo há mais de um ano. O Brasil aparece ao lado dos imperialistas, Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Japão etc. A conclusão da pesquisa é óbvia, o Brasil está seriamente ligado às principais economias do mundo e possui um mercado financeiro bastante desenvolvido que não tem como ficar isolado da crise financeira que afeta primordialmente os Estados Unidos e a Europa.
Outros fatores devem ser levados em consideração. A economia brasileira se sustenta na venda de commodities, as quais serão profundamente afetadas pela recessão geral, como já se pode ver na queda dos preços do petróleo que os especuladores abandonam celeremente em busca de outras fontes de lucratividade.
A maioria das empresas e bancos brasileiros está envidada em dólar e, por isso, a escalada incontível do dólar elevará estas dívidas ao ponto de impossibilitar seu pagamento. A subida do dólar, que o governo Lula faz esforços frenéticos para conter, é o resultado inevitável da fuga do capital especulativo, mas também da fuga do capital das próprias empresas brasileiras, que buscam refúgio no exterior ou em outros ativos fora do mercado financeiro.
A situação social do Brasil, elogiada pelos governos, é de uma desigualdade social terrível, ou seja, extremamente vulnerável a qualquer abalo econômico, como, por exemplo, a inflação, tornando o país uma bomba relógio. Este dado também é uma herança dos anos anteriores da crise, onde o povo pagou para empresas falidas não falirem.A situação brasileira é, ao contrário do que apregoa o governo, extremante crítica e exige um programa de emergência para enfrentá-la.

Mercado financeiro

Diante do fato de o Brasil estar participando da crise, é fácil constatar como isso acontece. Um dos primeiros fatores a serem destacados deve ser o mercado financeiro do Brasil. A Bovespa, Bolsa de Valores de São Paulo, é a maior da América Latina e movimenta cerca de 70% de todos os negócios desta região. Com a crise financeira, as ações da Bovespa tiveram queda livre, algumas sendo desvalorizadas mais de 50%. A saída de dólares ultrapassou os US$ 3,5 bilhões até meados de setembro. Esta saída reflete diretamente no funcionamento da Bovespa, pois os recursos estrangeiros correspondem, em média, a 30% de tudo que a bolsa movimenta. Em setembro, por exemplo, os investidores estrangeiros foram responsáveis por 36,6% de tudo o que foi negociado na bolsa paulista.

Queda vertiginosa das commodities

Outro fator que está levando o Brasil para o furacão da crise econômica é a desvalorização dos preços das commodities ou matérias-primas. Isso porque a Bovespa tem um grande número de empresas que trabalham e especulam em torno de commodities. O índice da Bolsa de São Paulo, o Ibovespa, é formado por 48,37% de empresas de matérias-primas agrícolas e metálicas.
Sendo que as empresas de commodities metálicas compõem 42,89% do índice. É praticamente a metade de todos os negócios da Bovespa. Entre as principais, ou mesmo as mais importantes da bolsa brasileira, estão a Vale do Rio Doce, que trabalha, por exemplo, com o minério de ferro, matéria-prima largamente exportada, e a Petrobrás, com o petróleo. Com a desvalorização generalizada das ações destas empresas a bolsa registrou perdas gigantescas no último período, pois as ações da Vale e da Petrobrás correspondem a 33,29% de toda a movimentação do índice Ibovespa. Para se ter uma idéia dos efeitos da crise sobre estas ações, basta saber que nos nove primeiros meses deste ano, os títulos da Vale desvalorizaram 33,74% e os da Petrobrás, 34,45%. O baixo valor das commodites também está afetando a balança comercial do Brasil e que são uma das principais fontes de arrecadação de fundos feita pelo País. Desde o começo do ano, as exportações brasileiras estão em queda, mas apresentam resultados superiores às importações, pois o valor das matérias-primas teve cotação alta durante boa parte do ano. Agora, com a queda brusca dos preços e o agravamento da crise que está diminuindo a produção industrial dos países, como os Estados Unidos e a China, o Brasil exportará menos ainda, com o agravante de que o preço está bem menor.

Empréstimo de dólares

Apesar de não haver crise, como diz o governo Lula, várias medidas já foram tomadas para contê-la. Uma delas é a venda de dólares para o mercado financeiro a fim de impedir a supervalorização da moeda norte-americana que teve um aumento bastante expressivo nas últimas semanas, chegando a valer R$ 2,40. Lula já emprestou, em dólar, mais de US$ 3 bilhões para que o valor da moeda norte-americana baixasse frente ao real, pois assim não afetaria as importações e a alta da inflação. Estes efeitos sentidos estão afetando em cheio a economia brasileira, principalmente no mercado financeiro, mas os problemas também serão direcionados para a indústria, o comércio etc. afetando o desemprego, os aumentos salariais, a inflação, ou seja, o País inteiro.

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