"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

terça-feira, 28 de julho de 2009

Moradores são ameaçados por homens armados


Os quilombolas das comunidades Vãozinho e Voltinha, que fica a 194 km da capital Cuiabá, são constantemente ameaçados por pistoleiros contratados pelos latifundiários da região



Os descendentes de escravos, totalizando 67 famílias, habitam a região “Barra dos Bugres” há mais de 130 anos, no entanto, a partir de 2007, as ameaças de morte e expulsão dos moradores são constantes.
No mesmo ano, com a intenção de expandir sua propriedade para reivindicar a posse de um rio que atravessa a reserva quilombola, um fazendeiro da região fez um pedido de posse das terras à justiça burguesa, que expulsou as famílias de suas casas.
De 2008 para 2009, os quilombolas recorreram da decisão e através de muita luta conseguiram a reintegração de posse do local.
Os conflitos entre pistoleiros e os quilombolas se acentuam cada vez mais, por volta de 20 dias atrás, 65 famílias que moravam em uma área de proteção ambiental cedida pelo governo, foram brutalmente expulsas do local, por ordem do mesmo fazendeiro.
Segundo Pedro Reis, presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial “os quilombolas relataram que o fazendeiro retirou as famílias da área e colocou homens armados, que usam motocicletas para fiscalizar a área, impedindo acesso das famílias à nascente de água”.
A própria justiça burguesa que sempre atua a favor dos latifundiários, negou o pedido de posse aos fazendeiros, entregando os 80 hectares para os quilombolas, mesmo assim, os pistoleiros utilizaram a violência, expulsando as famílias e impedindo que qualquer morador voltasse para suas casas.
O Ministério Público Federal requisitou a presença das polícias Civil e Militar para intervir nos confrontos entre quilombolas e pistoleiros.
Apenas no Estado do Mato Grosso, existem 138 comunidades quilombolas, sendo que 68 foram certificadas judicialmente, as outras estão em processo de reconhecimento.
Assim como existe uma ofensiva por parte dos latifundiários contra os sem-terra, onde dezenas já foram assassinados, os quilombolas sofrem a mesma opressão.
Certamente, a maior vítima desses confrontos são os quilombolas, pois vivem em comunidades pobres, não tendo como se defender, trabalham tirando o sustento da própria terra, já os latifundiários tem seus capangas e todas as forças repressivas do estado capitalista ao seu lado.
Por isso, os quilombolas devem se defender do ataque dos latifundiários, não esperando que o governo faça isso por eles e exigir a imediata remarcação e posse das terras dos descendentes de escravos de todo o país.

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