A morte do companheiro Luiz Lopes, assassinado em junho de 2009 pelos latifundiários e seus capangas no estado do Pará é mais um entre milhares de assassinatos cometidos contra os sem-terra durante os governos Lula e FHC. Neste, assim como nos outros casos, é dada total isenção pela polícia e a justiça a serviço dos latifundiários
No dia 15 de junho de 2009 era encontrado o corpo do companheiro Luiz Lopes no estado do Pará. Luiz Lopes era uma liderança conhecida no estado, fundador da Liga dos Camponeses Pobres do Pará e Tocantins.
No 12 de junho, Luiz Lopes saiu de casa para participar de uma reunião de camponeses próxima à Fazenda Batente, no município de Conceição do Araguaia e foi brutalmente assassinado, com vários tiros à queima-roupa.
Luiz Lopes organizou junto a outros companheiros diversas ocupações de terra na região sul do Pará, como a de Jacutinga, Talismã e Capivara (Área Revolucionária Gabriel Pimenta) e da Forkilha.
Em todas estas lutas, o governo representante dos latifundiários no estado de Ana Julia Carepa (PT) o perseguiu, assim como os companheiros da Liga dos Camponeses Pobres.
Por trás de Luiz Lopes estavam centenas de companheiros da LCP do Pará dos quais uma parte destes também foi sistematicamente perseguida.
Em 19 de novembro de 2007 a ocupação da fazenda Forkilha, a maior ocupação liderada por Luiz Lopes, foi duramente reprimida. Mais de 200 camponeses presos e dezenas de homens, mulheres e crianças covardemente torturados.
O governo de Ana Julia Carepa colocava em prática a chamada operação “Paz no campo”, operação feita para supostamente mediar conflitos. Na verdade, esta significou para os camponeses uma verdadeira “operação de terror no campo”.
Luiz Lopes denunciava desde então que este governo promovia um verdadeiro massacre no campo, especialmente contra os companheiros da LCP e aqueles que participaram da luta da Forkilha. Doze camponeses foram assassinados.
O companheiro Luiz Lopes esteve presente ao ato de 1º de maio organizado pelo PCO e a LCP. Desde sua morte o PCO tem realizado uma campanha em diversos meios, em sua imprensa regular escrita e pela internet, por meio de vídeos, cartazes e palestras.
É necessário ampliar esta campanha de denúncias do massacre no campo, levantando a morte de suas lideranças como bandeira para exigir a punição aos assassinos dos sem-terra, a libertação de todos os presos políticos da luta pela terra e o direito à autodefesa dos trabalhadores do campo
Esta deve ser uma ampla campanha que deverá ser levantada também durante as eleições como uma campanha de denuncia de todos os candidatos e seus partidos do PSDB ao PT, se comprometem desde já em atender a todos os pedidos do latifúndio e integrar a frente pelo massacre à população do campo, anunciando inclusive que haverá uma intensificação da repressão no campo.
É preciso denunciar os capachos e assassinos dos sem-terra e o governo Lula, que sequer tem um programa para a reforma agrária e que impulsiona no campo o serviço sujo dos fazendeiros e daqueles que se vendem por um prato de comida para assassinar as lideranças sem-terra.
Pela punição aos assassinos de Luiz Lopes e de todos os camponeses assassinados no estado do Pará!
Revolução Agrária!
Expropriação do latifúndio e distribuição das terras para quem nela trabalha!
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