"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Bancos norte-americanos querem que a população pague pela crise

Em meio à crise econômica atual, que já dura quase três anos, os banqueiros, acionistas e investidores continuaram lucrando enquanto que os trabalhadores ficaram com todo o ônus da crise.

Segundo um levantamento da agência financeira Bloomberg, os principais bancos norte-americanos vão terminar este ano com os melhores resultados de toda a história no que diz respeito ao setor de investimentos.

Estes bancos, até pouco tempo atrás, estavam em péssima situação, como o Goldman Sachs, Bank of America, Morgan Stanley, JP Morgan e Citigroup.

Alguns destes bancos faliram, tendo que ser resgatados às pressas pelo setor público dos Estados Unidos para não colocarem a economia do País a baixo. Mas, curiosamente, seus altos executivos não foram pedir auxílio-desemprego, pelo contrário, continuaram recebendo fortunas em dividendos.

Toda esta manobra foi possível graças ao bom e velho caixa público. Com a injeção de bilhões de dólares de dinheiro público nestes bancos, os acionistas e executivos mantiveram seus negócios na ativa enquanto que milhares de trabalhadores desta área foram demitidos. Quem tinha dinheiro investido nestes bancos falidos foram salvos pelo dinheiro público que os governos despejaram nestas instituições. Muitas até faliram, mas os bônus e pagamentos extras destes credores, executivos etc, não parou de ser pago.

O governo norte-americano, por exemplo, estatizou algumas destas instituições financeiras para garantir o dinheiro em caixa ou a liquidez. O governo ainda comprou os títulos podres elevando a um patamar ações que sequer seriam vendidas novamente. 

Se de um lado o dinheiro entrou fácil para salvar empresários e investidores que podiam perder tudo do dia para noite, do outro lado os trabalhadores e a população pobre em geral iniciaram uma queda vertiginosa nas condições de vida, na renda etc.

Os cortes foram implacáveis; seguro-desemprego, saúde, educação, programas sociais que beneficiavam famílias que tinham filhos, idosos etc.

A crise, que é produto direto da atuação da burguesia no mercado financeiro foi transferida para os trabalhadores e a população pobre que está tendo que pagar uma dívida que sequer foi ela quem criou.


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