"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher

domingo, 4 de dezembro de 2011

Bélgica - Milhares de pessoas protestam contra plano de austeridade

Em Bruxelas, em torno de 80 mil manifestantes paralisaram a capital belga na sexta feira dia 2 de dezembro para protestar contra os planos de austeridade que preveem cortes de € 11 bilhões nos programas sociais. A manifestação foi convocada pelas centrais sindicais FGTB (Federação Geral do Trabalho da Bélgica), CSC (Confederação de Sindicatos Cristãos) e (). Entre as medidas já anunciadas pelo primeiro ministro “socialista” Elio Di Rupo estão a redução do seguro desemprego, cortes nas aposentadorias e o aumento da idade para se aposentar. Também deverá ser comtemplado a redução de salários, demissões de trabalhadores temporários e a não renovação de contratos dos servidores públicos.
“A Bélgica tornou-se um paraíso fiscal para os mais ricos e um inferno fiscal para os que se levantam cedo”, disse Anne Delemenne, secretária geral da central FGTB.
O novo governo, que é apoiado por uma coligação de seis partidos de direita, centro e esquerda e que deverá assumir o poder no início da próxima semana, terá como principal objetivo a implementação das diretrizes impostas pela UE (União Europeia), BCE (Banco Central Europeu) e FMI (Fundo Monetário Internacional) sob o desculpa de “tranquilizar os mercados”.
A dívida da Bélgica atinge mais de US$1,3 trilhões contra um PIB estimado para este ano de um pouco mais de €350 bilhões. O déficit público deverá fechar em quase 4% do PIB. As finanças públicas ficaram muito afetadas quando em outubro o governo belga resgatou o Banco Dexia da bancarrota, pela segunda vez em três anos, junto com os governos da França e Luxemburgo, em uma operação estimada em mais de €90 bilhões, dos quais deverá assumir 65%. Os ataques dos especuladores financeiros contra os títulos públicos belgas, assim como tem acontecido contra quase todos os demais países europeus, têm aumentando principalmente depois do mês de setembro quando a crise capitalista mundial se aprofundou. As taxas de juros pagas pelos títulos públicos a dez anos ultrapassaram os 5% e a agência de qualificação de riscos Standard & Poor’s rebaixou recentemente a nota da divida pública da Bélgica de AA+ para AA.
Nas últimas semanas aconteceram grandes greves gerais em vários países europeus: Grã-Bretanha, Grécia, Portugal e a Bélgica os protestos contra o capitalismo avançam nos países imperialistas. As massas trabalhadoras continuam demonstrando que não estão dispostas a pagarem pela crise e que continuarão a lutar contra os especuladores financeiros que continuam impondo políticas para manter altas taxas de lucro a qualquer custo.

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