"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher

sábado, 13 de março de 2010

Professores paulistas em greve

É hora de superar a política falida da diretoria da Apeoesp e derrotar Serra

Reunidos na Praça da República, ontem sexta-feira, 05 de março, mais de 5 mil professores do estado de São Paulo decretaram greve a partir do último dia 8 de março e deliberaram realizar nova assembléia para sexta-feira, 12 de março,no vão do MASP, na Av. Paulista.

A decretação da greve foi unanime. A diretoria composta pelo bando dos quatro (PT-PCdoB-PSTU-PSOL) não teve mais como segurar a mobilização dos professores, diante da revolta generalizada da categoria com as últimas medidas do governo Serra (milhares de demissões de ACT´s com a “provinha”, congelamento dos salários sob o disfarce de exame, .

A greve de agora,representa a retomada das mobilizações da categoria, em 2007 e 2009, ambas traídas pelo diretoria, que acertou com o governo o fim da greve antes de consultar a categoria (2007), desviou a luta para a corrupta Assembléia Legislativa – para fazer campanha de do ex-presidente da Apeoesp, Roberto Felício (PT) e outros deputados ligados ao nado dos quatro. Em todas situações, a diretoria mentiu descaradamente para a categoria, dizendo que estava conseguindo vitórias, enquanto os professores acumulávamos derrotas e mais derrotas.

No ano passado, a greve foi abortada um dia após o anúncio da paralisação, ao invés de fortalecer o movimento e impor uma derrota ao governo Serra derrubando o PLC 19 e PLC20 ,que instituía, entre outras coisas, a famigerada provinha dos ACT’s. A burocracia do bando dos quatro (PT-PCdoB-PSTU-PSOL) tratou de acabar com o movimento e levar a luta dos professores para a ALESP.



Derrotar a burocracia, para derrotar Serra



Outro golpe usado pela diretoria, nos últimos anos foi se aliar às direções ultrapelegas e patronais (pró-Serra) de entidades como o CPP, Afuse, Apase, Udemo, Apampesp etc. Diante da sua fraqueza e dos demais, a burocracia da Apeoesp tratou de se juntar com outros pelegos para bloquear a mobilização da categoria, ajudando – de fato – os governos tucanos a atacar os professores, funcionários e o ensino público.

Diante da experiência das ultimas traições, fica claro que para fazer vitoriosa a mobilização, a categoria não deve depositar se quer uma gota de confiança na diretoria do bando dos quatro (PT-PCdoB-PSTU-PSOL) e assumir o comando da mobilização, lançando mão da criação de comandos de greve de base (sem a burocracia fura-greve), elegendo um comando estadual de base na assembléia estadual para negociar com o ogverno e prestar contas diante da categoria, enfim, fortalecendo a organização independente da categoria em um poderoso movimento estadual de oposição, com reuniões e boletins regulares e tudo mais que for necessário para construir uma direção alternativa para as lutas dos professores.

Nesse momento, fica evidente que não há uma verdadeira ação da direção para impulsionar a greve, o milionário orçamento de mais de R$ 50 milhões da Apeoesp não é usada para uma verdadeira campanha contra o governo Serra e a favor das reivindicações da categoria. Campanha mesmo só a favor dos deputados e dirigentes da burocracia.

Diante dessa situação, a categoria deve repetir 2005, quando – poucos meses antes do tucano Alckmin se afastar para concorrer à presidência da república, mais de 30 mil professores tomaram a av. Paulista impondo uma derrota ao governo - que teve que voltar atrás na demissão de 120 mil ACT’s - e conquistando (mesmo com o corpo mole da diretoria) o maior reajuste salarial de todo o período tucano (15% de reposição e 15% de gratificações).

Contra a política de colaboração da burocracia com o governo tucano, adotar outro caminho: o da organização independente da burocracia e o da mobilização.

Ocupar a Paulista. Parar o “coração” de São Paulo, pelo tempo que seja necessário, até que o governador-candidato tucano atenda nossas reivindicações.

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