"As armas da crítica não podem, de fato, substituir a crítica das armas; a força material tem de ser deposta por força material, mas a teoria também se converte em força material uma vez que se apossa dos homens. A teoria é capaz de prender os homens desde que demonstre sua verdade face ao homem, desde que se torne radical. Ser radical é atacar o problema em suas raízes. Para o homem, porém, a raiz é o próprio homem" KARL MARX
"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher
"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher
quinta-feira, 24 de junho de 2010
A classe operária chinesa começa a se levantar diante da crise
A greves na China se ampliam e o conflito entre trabalhadores e patrões se torna mais intenso. Um dos maiores contingentes operários do mundo reage ao ataque do imperialismo e do governo chinês
Muitas empresas multinacionais estão paradas devido à onda de greves que está acontecendo na China. Uma delas é a japonesa Honda, que com a greve na fábrica chinesa da Denso, fabricante de peças para a montadora japonesa, acabou paralisando a fabricação de carros.
Semana passada, sexta-feira (18), a empresa de veículos Toyota também foi forçada a parar sua montadora por causa de outra greve em uma fábrica de autopeças na cidade de Tianjin.
Já no ano passado, a tentativa do governo de privatizar uma empresa pública, a siderúrgica Tonghua, e de despedir mais de 30.000 funcionários levou mais os operários da fábrica a espancar o diretor-geral da empresa até a morte. A empresa não foi vendida devido à forte pressão dos trabalhadores.
Outro dado que sinaliza a situação de extrema pressão na indústria é o número crescente de suicídios em alguns ramos da produção. É o caso da empresa Foxconn, que fabrica componentes eletrônicos para empresas norte-americanas de informática como a Apple e a Dell, que teve que aumentar os salários de seus funcionários devido ao índice de suicídios. A empresa teve que dar um reajuste de 73% a mais, fazendo com que o salário passasse de US$ 170 para US$ 293 - o que, em termos internacionais, continua sendo um dos menores salários pagos, se comparados com a média dos operários nos EUA ou na Europa e uma fonte decisiva de lucros para as empresas dos países imperialistas.
A crise internacional do capitalismo desviou boa parte da pressão pela produtividade e pela obtenção de lucros na produção industrial para a China. O quadro geral da situação chinesa aponta para a permanente superexploração da mão-de-obra e o crescimento econômico do país, apoiado em grande medida na circulação internacional do capital que encontra aí um terreno fértil para a aplicação na produção industrial. O embate entre a classe operária chinesa e o governo, os capitalistas locais e, principalmente, o imperialismo, está apenas começando.
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