"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O massacre às portas da Faixa de Gaza - Até onde pode ir a carnificina imperialista?


Mesmo sob a condenação internacional, de governos aliados e adversários, o Estado sionista anunciou que deve atacar um novo comboio alegando que “não permitirá que se rompa o bloqueio à Faixa de Gaza”


Um navio irlandês, previsto para chegar à Faixa de Gaza entre esta terça-feira (dia 1º) e quarta-feira (dia 2), pode ser o novo alvo das forças armadas israelenses.

Segundo o jornal espanhol El País noticiou, um membro do comando militar israelense, Matan Vilnaí, assegurou que o país “não permitirá que se rompa o bloqueio à Gaza” e deve repetir a ação amplamente condenada desta segunda-feira, quando tropas israelenses abordaram um comboio de barcos que carregavam doações de diversos paíes para a região.

Pelo menos 10 pessoas foram mortas (19, segundo outras fontes) e outras 40 ficaram feridas no ataque promovido nesta segunda-feira. Os seis navios que partiram do Chipre foram abordados em águas internacionais. Soldados desceram de helicópteros no maior navio da frota e entraram em combate contra os ativistas dos direitos humanos que acompanhavam o comboio. Os militares começaram a atirar assim que chegaram ao deque do navio, segundo os sobreviventes. Os ativistas procuraram se defender com porretes e o que tinham à mão e foram covardemente assassinados.

A Faixa de Gaza, mantida sob um bloqueio ainda mais intenso desde 2007, quando o Hamas assumiu o poder através das eleições, recebe apenas cerca de 25% dos suprimentos que costumava obter antes. Os navios carregavam cerca de 10 mil toneladas de mercadorias, incluindo material escolar, materiais de construção e dois geradores de eletricidade de grande porte.

A organização Free Gaza (Libertem Gaza), composta de grupos espalhados em diversos países, organizou o envio do comboio por considerar o bloqueio imposto por Israel “ilegal sob a legislação internacional”.

O governo israelense abordou os navios sob o pretexto de impedir que armas e materiais que possam ser utilizados para a fabricação de foguetes caseiros fossem entregues. Israel ofereceu ao comboio a possibilidade de desembarcar em um porto em seu território e entregar os mantimentos que passassem por uma avaliação minuciosa de seus agentes.

O navio irlandês Rachel Corrie, esperado na Faixa de Gaza tanto pelos palestinos quanto pelo governo israelense, que já afirmou estar “preparado” para tratar o novo comboio da mesma forma que o anterior, está levando alimentos, medicamentos, papel e outros gêneros de primeira necessidade.

O imperialismo mundial mostra que não há limites ou escrúpulos no tratamento dispensado ao povo palestino oprimido. O ataque israelense às organizações humanitárias não é motivo de surpresa. Trata-se do desenvolvimento lógico da sua política com relação aos próprios palestinos, tratados como verdadeiros prisioneiros em um campo de concentração.

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