"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

domingo, 20 de junho de 2010

Obama apela para países em crise continuarem sustentando capitalistas e banqueiros

Com o clara intenção de manter os interesses econômicos da burguesia, o governo Obama suplica para os países em crise para que continuem tirando dinheiro dos cofres públicos para alimentar os bancos e capitalistas falidos



Na última sexta-feira, Barack Obama fez um chamado aos demais países em crise para que não retirassem os programas econômicos de estímulo implantados para conter a crise.

Obama “aconselhou” os países a manterem os planos econômicos, pois a crise ainda não está no fim, "Nós devemos ser flexíveis ao ajustar o ritmo da consolidação e aprender com os erros do passado, quando estímulos foram retirados muito rapidamente, o que resultou em renovadas dificuldades econômicas e recessão" (BBC, 18/6/2010).

O recado foi dado dias antes da reunião do G20 que está marcada para a próxima semana em Toronto, no Canadá. O apelo de Obama se dirige principalmente para as economias européias, que estão muito endividadas.

Obama ainda disse, "Estou comprometido com o restabelecimento da sustentabilidade fiscal nos Estados Unidos e acredito que todos os países do G20 devem implementar planos confiáveis e favoráveis ao crescimento para restaurar a sustentabilidade de suas finanças públicas" (Idem).

O anúncio de Obama veio no mesmo dia de uma visita do diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, à Espanha, um dos países da zona do euro mais endividados e que aprovou recentemente planos de austeridade para diminuir o déficit orçamentário.

Strauss-Kahn disse que a Espanha está no caminho certo para garantir a recuperação econômica. O plano lançado em maio pelo governo espanhol prevê reduzir o déficit dos atuais 11% do PIB para 6% em 2011.

O déficit norte-americano também é gigantesco. No ano fiscal de 2009 chegou a US$ 1,4 trilhão ou R$ 2,5 trilhões, equivalente a quase 10% do PIB dos Estados Unidos, o maior percentual desde a Segunda Guerra Mundial.

O governo dos Estados Unidos está preocupado que ao reduzir o déficit, os países europeus acabem colocando em risco a recuperação global.

Obama ainda reforçou, "Isso significa que devemos reafirmar nosso propósito de garantir as políticas de apoio necessárias para manter o crescimento econômico forte" (idem).

As políticas de apoio que Obama cita são os bilhões de dólares em dinheiro público que vão para banqueiros e capitalistas se safarem da crise econômica.

O objetivo de Obama é, acima de tudo, manter os privilégios da burguesia mesmo diante de uma das maiores crises capitalistas da história.

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