"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Direção da ECT obriga funcionários a trabalharem para o milionário Sílvio Santos

A unidade da direção dos Correios com capitalistas e empresários não tem limites e revela que a política de privatização da empresa vai sendo implantada aos poucos.

A ligação de dirigentes da burocracia da empresa com empresários, através de favorecimentos em licitações de franquias ou de contratos com grandes empresas que utilizam os trabalhadores dos Correios para seus serviços, é muito clara. Um dos empresários mais ricos no ramo das comunicações, Senor Abravanel, conhecido por seu pseudônimo na TV, Sílvio Santos, dono do grupo Sílvio Santos, que além do SBT, também inclui negócios como o Baú da Felicidade e o Banco Panamericano tem um desses contratos.

O empresário, cujo grupo tem um orçamento aproximado de R$ 150 milhões, tem um contrato com a ECT. As Agências vendem sua Tele-Sena, uma espécie de loteria do grupo. Os atendentes comerciais, funcionários dos Correios concursados e contratados para trabalhar na postagem de correspondências, são obrigados a vender o produto.

No CTP Jaguaré, em São Paulo, essa situação chegou ai extremo. A empresa deslocou um atendente apenas para vender a Tele-Sena. O funcionário é obrigado a caminhar empurrando um carrinho por todos os setores do prédio, que tem cerca de 30 andares, oferecendo o produto como se fosse um vendedor de feira livre.

O funcionário concursado dos Correios é deslocado apenas para trabalhar para o empresário Sílvio Santos. Uma forma disfarçada de privatização.

O mais irônico de tudo é que no mesmo prédio do Jaguaré, companheiros militantes da Corrente Ecetistas em Luta foram intimidados pelos seguranças por estarem distribuindo boletins e realizando uma campanha financeira entre os trabalhadores. Os companheiros estavam oferecendo a rifa da corrente Ecetistas em Luta, pedindo o apoio dos trabalhadores no fortalecimento de uma organização independente.

Os seguranças do prédio ameaçaram os companheiros, inclusive uma mulher, e tentaram impedir que o trabalho sindical fosse feito na porta do prédio.

Enquanto a direção da empresa libera um funcionário para trabalhar para o milionário Sílvio Santos, vendendo Tele-Senas dentro dos setores; os trabalhadores não podem sequer fazer o trabalho sindical na porta do lado de fora do prédio.

A política da direção da ECT para privatizar passa também por reprimir o movimento sindical independente dos trabalhadores, enquanto corrompe sindicalistas vendidos da Articulação/PT e do PCdoB S.A., como os que assinaram o Acordo Bianual, em 2009, para impedir a campanha salarial e facilitar o caminho para a privatização.

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