"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

sábado, 14 de agosto de 2010

Todo apoio à greve dos motoristas e cobradores em BH

Os motoristas e cobradores de ônibus de duas das empresas que circulam em Belo Horizonte paralisaram suas atividades nesta sexta-feira. Cerca de 300 ônibus deixaram de circular a partir das 4 da manhã.

Os rodoviários de Belo Horizonte realizaram duas importantes greves no início do ano, em fevereiro e março. Cerca de 70% de toda a frota de ônibus da Grande BH ficou parada e a categoria fez uma greve combativa que ultrapassou a burocracia sindical, que a todo o momento queria acabar com greve. Os trabalhadores reivindicavam 37% de aumento salarial enquanto que a burocracia, junto com os patrões, já havia assinado 4% de reajuste.

A paralisação dessa sexta-feira foi decidida na noite de quinta-feira durante reunião entre o sindicato patronal e o sindicato dos rodoviários no Ministério Público. A categoria decidiu pela paralisação, pois os patrões não cumpriram o acordo coletivo.

Os trabalhadores reivindicam pausas para descanso e alimentação de 10 e 20 minutos, pagamento de feriados em dobro e plano de saúde. A categoria suspendeu a paralisação no início da tarde da própria sexta-feira, mas poderá decidir por uma greve na próxima semana.

A mobilização dos rodoviários de Belo Horizonte mostra a tendência de luta dos trabalhadores. Os companheiros dos Correios, que estão em luta pela campanha salarial e contra a privatização, devem dar todo apoio à greve. O Sintect-MG, dirigido pela Corrente Ecetistas em Luta, ligada à corrente Sindical Causa Operária, está disposto a dar o apoio necessário aos companheiros rodoviários em sua luta contra os patrões. A mobilização dos motoristas e cobradores coloca em evidência a necessidade de unificação das categorias para enfrentar os ataques dos patrões.

Cerca de 1,5 milhão de pessoas utilizam diariamente o transporte público de Belo Horizonte. Isso significa que a greve dos rodoviários impulsiona a greve das demais categorias, como os Correios. Muitos trabalhadores dos Correios sofreram retaliações da direção da ECT (empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) por terem se atrasado ou faltado do trabalho no dia da greve dos rodoviários. O Sintect-MG já deixa claro que não vai aceitar nenhum tipo de retaliação ou assédio está pronto para denunciar qualquer tentativa desse tipo por parte da empresa contra os trabalhadores.

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