"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Burguesia amplia repressão contra população

Como parte da campanha de repressão e perseguição contra a população os governos ampliaram a vigilância em torno da lei do silêncio, que em pouco mais de oito meses já multou 64% a mais do que todo o ano de 2008

As medidas repressivas adotadas pelos governo burgueses na tentativa de controlar a população estão se espalhando e se intensificando. Medidas como o toque de recolher, a lei seca, a lei antifumo, cidade limpa etc., estão sendo aprovadas aos montes e tem como intuito manter os trabalhadores afundados em proibições e restrições.
Depois de ter adotado a lei do silêncio, mais conhecida como a lei do Psiu, uma medida extremamente repressiva que procura impedir a população de falar, o governo de São Paulo também resolveu intensificar a vigilância em torno da medida. Segundo os dados da Secretaria de Coordenação de Subprefeituras em pouco mais de sete meses, entre janeiro e julho deste ano, as multas para as pessoas que infligiram a lei, ou seja, para as pessoas que falaram, bateu o recorde com o aumento de 64% com relação a todo o ano de 2008.
O Programa Municipal de Silêncio Urbano (Psiu) foi implementado em 2005 para proibir todo e qualquer ruído após a meia-noite, uma medida inclusive inconstitucional, já que as pessoas não podem ser proibidas de falar seja em que horário ou lugar for. Os principais alvos da lei são os bares e restaurantes que permanecem abertos após a meia-noite. Esses estabelecimentos acumularam mais de 417 multas apenas nos primeiros meses do ano. Na pratica a medida tenta impedir o funcionamento desses estabelecimentos após o horário estipulado pela lei, já que é impossível manter bares e restaurantes abertos sem que as pessoas possam fazer barulho, ou seja, sem que os fregueses possam conversar, tão pouco ouvir música.
Assim como o toque de recolher, a lei do silêncio, da mordaça, esta é uma tentativa de impedir as pessoas de sair de suas casas, uma primeiro passo para determinar a prisão domiciliar da população. “O Psiu fiscaliza o ruído extra de outros estabelecimentos que funcionam a qualquer hora do dia. Nessa categoria, foram 154 multados por barulho excessivo. A média mensal de 2009 está em 22 barulhentos autuados e também indica tendência de aumento. Em 2008, foram 18 penalizados por mês nesta categoria”, informou a Secretaria (Estadão, 14/9/2009).
A medida, apesar de ser extremamente repressiva, é apresentada para a população como sendo algo benéfico inclusive para a saúde, uma vez que teoricamente iria acabar com o barulho. Esses argumentos são típicos dos governos burgueses que sempre utilizam essas artimanhas para persegue a população. A lei do silêncio não tem nada a ver com tentar “cuidar” da saúde da população, mas em impor uma verdadeira ditadura, mantendo a população afundadas em proibições. Ou seja, as pessoas não podem fazer mais nada. Não podem sair de casa, conversar ou participar de cultos religiosos, protestar, dirigir (já que o trânsito também será alvo da lei), freqüentar bares, beber, fumar, dançar etc. As milhares de proibições impostas pela burguesia criam um ambiente onde tudo é proibido. A população não deve aceitar essas medidas repressivas, pelo contrário, está na ordem do dia organizar uma ampla campanha contra todas as leis que estão sendo adotadas no intuito de perseguir os trabalhadores.

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