"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Reino Unido vai cortar US$ 130 bilhões dos trabalhadores

O governo britânico aprovou no final do mês passado um corte de verbas da ordem de 81 bilhões de libras que vai atacar todas as áreas sociais.

Há pouco mais de duas semanas, o governo da Grã-Bretanha, por meio do ministro de Finanças, George Osborne, anunciou que o país vai colocar em prática um os maiores cortes do orçamento público nos últimos 60 anos. É o plano de austeridade do Reino Unido que está estimado em 130 bilhões de dólares.

O objetivo oficial do corte é combate ao déficit público do País que está acima de 10% do PIB (Produto Interno Bruto), recorde na história.

As medidas que foram anunciadas no Parlamento pelo ministro vão afetar praticamente todas as áreas do governo, principalmente as sociais.

De segurança a programas sociais de auxílio à família tudo será cortado nos próximos quatro anos. Os cortes vão ser de sete bilhões de libras nos gastos com benefícios sociais, corte do orçamento da segurança pública de 4% e no orçamento de Defesa o corte será de 8%.

Até o ano de 2015 o governo pretende extinguir cerca de 500 mil postos de trabalho do funcionalismo público, abrangendo todas as áreas.

A meta do governo é elevar a arrecadação de impostos no valor de 29 bilhões de libras e, para isso, os impostos serão reajustados para toda a população. A pretensão do governo é fazer um caixa de mais de 81 bilhões de libras, ou 130 bilhões de dólares, em quatro anos. Seu déficit público atual é maior que 150 bilhões de libras que equivale a quase R$ 400 bilhões. Este valor corresponde a 11% do PIB do País.

George Osborne justifica o corte como sendo “um mal necessário para evitar o pior”. Pura falsidade. Para Osborne, “hoje é o dia no qual a Grã-Bretanha saiu da beira da quebra. É um caminho difícil, mas que leva a um futuro melhor. O setor público precisa mudar para apoiar as aspirações e as expectativas da população de hoje, em vez das daquela dos anos 1950” (BBC, 20/10/2010).

À custa de garantir que os gastos públicos não endividem ainda mais a economia britânica, o governo do Reino Unido vai esfolar a classe operária sem ressalvas. Com isso vai afundar ainda mais a produção industrial, exportações, importações etc. A cada medida tomada em nome da recuperação, o custo para colocar o plano em prática é cada vez maior.

O plano britânico, como afirmou Osborne, são ordens do Fundo Monetário Internacional (FMI) em parceria com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Banco Central da Inglaterra que estão exigindo dos países europeus os cortes nos gastos públicos. Mais uma vez, a política de assalto da população para preservar o Estado e, consequentemente, os banqueiros e empresários falidos que dele dependem, conduzirá inevitavelmente a uma crise. Como se o exemplo da França e da Grécia não bastassem para o governo britânico, o ataque às massas trabalhadoras do seu pais tende a aprofundar, inevitavelmente, a crise social e a atirar as massas em luta.


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