"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Metroviários ameaçam entrar em greve a partir de quinta-feira (4)


Os trabalhadores denunciam que o Metrô não cumpriu acordo que resultou na suspensão da paralisação realizada em maio deste ano

Os metroviários de São Paulo (SP) ameaçam entrar em greve na próxima quinta-feira (4). O motivo é o descumprimento por parte da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) do acordo firmado para a suspensão da paralisação realizada pela categoria em maio deste ano.
O acordo acertado pelo Metrô no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na época, estabelecia a formação de uma comissão para “busca da linearidade na distribuição da PR (Participação nos Resultados)”. A empresa teria, ainda, que assinar um acordo referente a pendências da Campanha Salarial 2012 no prazo de 60 dias e deveria negociar com os trabalhadores a adoção da jornada de 36 horas semanais e equiparação salarial.
No entanto, conforme denuncia o Sindicato dos Metroviários de São Paulo (Metroviários-SP) em nota, a empresa não cumpriu nenhuma das condições impostas no acordo que encerrou a greve do dia 23 de maio.
Durante as negociações realizadas nos últimos meses, o Metroviários-SP afirma que o Metrô disse aos trabalhadores que a empresa manterá a distribuição da PR de forma proporcional aos salários, com uma política diferenciada para os cargos de confiança e alta chefia, que poderão receber até quatro vezes mais que os outros trabalhadores. Além disso, o pagamento da PR será feito somente em abril, e não em fevereiro como de costume.
Quanto à negociação das reivindicações da Campanha Salarial 2012, “passados 120 dias, a direção do Metrô comunicou aos trabalhadores que não mudará sua política elitista”, afirma a nota do sindicato.
“Diante dessa intransigência, não restou aos metroviários outra saída senão marcar uma greve para o dia 4 de outubro como forma de pressionar a empresa a rever sua postura irresponsável”, explica o Metroviários-SP.
Nesta terça-feira (2), os trabalhadores distribuem uma Carta Aberta à População informando sobre os motivos da paralisação. Às 17 horas, será realizado um ato público na estação da Sé do Metrô. A confirmação da greve será dada após assembleia dos metroviários na quarta-feira (3).

Alternativa à greve
Os metroviários encaminharam na última sexta-feira (28) um ofício à direção do Metrô propondo a liberação das catracas como alternativa à paralisação do sistema, de modo que a população tenha garantido o serviço de transporte. “Tentando impedir o direito constitucional à greve, o Metrô e o Governo do Estado sempre declaram que a paralisação prejudica a população, o que não é a intenção dos metroviários”, diz a nota.
Na última paralisação, no dia 23 de maio, os metroviários fizeram a mesma proposta ao Metrô. Contudo, a liberação das catracas foi repudiada tanto pela empresa quanto pelo governo estadual. Em nota, a companhia disse que responsabilizaria criminalmente os trabalhadores caso as catracas fossem liberadas. “Essa medida nada tem a ver com o direito de greve”, disse o Metrô na época.
Os trabalhadores ressaltam, no entanto, que a liberação das catracas pode ser feita da mesma forma que a própria empresa anunciou que fará no terminal de ônibus Santo Amaro, a partir do dia 15, como medida paliativa para aliviar a superlotação da Linha 4-Amarela do metrô.


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