"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

domingo, 23 de novembro de 2008

Brasil: País registra diminuição de 221,4 mil vagas oferecidas no mercado de trabalho


Dados do Ministério do Trabalho e do Emprego apresentam forte queda na criação de vagas de emprego em outubro em relação ao mês de setembro, de 282,8 mil para 61,4 mil vagas

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, apresentou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que mostram uma queda no número de vagas de emprego com carteira assinada em outubro em relação a setembro.
A queda foi muito significativa e é um efeito da crise econômica internacional, que vem causando demissões nas principais economias do mundo. Só na Europa já são cerca de 10 mil novos desempregados por dia.
No mês de setembro, foram criadas 282,8 mil vagas de emprego enquanto que em outubro foram registradas pelo Caged a criação de apenas 61,4 mil vagas. Uma queda de 79%.
A enorme queda é mais uma evidência, que o governo quer esconder insistentemente, de que a crise na economia real já chegou ao Brasil e que a partir de agora as demissões farão parte da rotina dos milhões de trabalhadores brasileiros. Os novos dados coincidem com a recente notícia de que somente em São Paulo foram 10 mil desempregados no mês de outubro.
Apesar disso, o governo ainda tenta passar um artificial ar otimista. No próprio site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a notícia é dada da seguinte maneira: “Brasil gerou mais de 2,14 milhões de vagas com carteira assinada até outubro” (Portal do Ministério do Trabalho e Emprego, 20/11/08), uma grotesca manipulação da realidade. A justificativa é que a “diminuição do ritmo” – como o governo prefere chamar a queda – é natural nessa época devido a “motivos sazonais”. A desculpa, no entanto, cai por terra, ao observar que em outubro do ano passado foram criadas 205,2 mil vagas.
Todo o malabarismo do governo não é capaz de esconder a onda de desemprego que o País enfrenta e que vai crescer em 2009 com o maior aprofundamento da crise. O governo e os patrões contam com a ajuda de toda a burocracia sindical que a todo o momento divulga em seus órgãos de imprensa a propaganda enganosa do crescimento brasileiro e da imunidade do Brasil diante da crise.
Toda a campanha visa a confundir os trabalhadores para enfraquecer sua luta contra as demissões em massa que virão. Por desde já toda a classe trabalhadora deve se organizar para enfrentar os ataques dos patrões que tentarão fazer os custos da crise cair sobre suas costas.

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