"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Quatro mil pessoas protestam contra o massacre promovido pelo governo do PSDB no Pinheirinho

Demonstrando o repúdio a ação do governo do PSDB de massacre aos moradores do Pinheirinho foi realizado um ato nacional. Além dos próprios moradores do Pinheirinho que continuam sendo reprimidos e estão sem ter para onde ir após a demolição de suas casas, o ato contou com milhares de pessoas que organizaram diversas caravanas dos mais diferentes locais do Brasil.
A concentração do ato foi iniciada na Praça Afonso Pena no centro de São José dos Campos por volta de 9 horas da manhã. O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto estiveram presentes com cerca de 500 pessoas de diversos acampamentos.
A manifestação seguiu para frente da Prefeitura da cidade local em que diversas organizações fizeram intervenções em apoio aos moradores do Pinheirinho e a denúncia da selvagem repressão policial.
Foram feitas doações para as famílias que estão nos alojamentos.
Alguns grupos de pessoas de São Paulo e Minas Gerais seguiram para o local do terreno do Pinheirinho. Ainda é possível ver dos destroços promovidos pela polícia e os tratores. As casas foram derrubadas com tudo dentro. Há roupas espalhadas, brinquedos de crianças, mochilas, sapatos, móveis como camas e armários, além de máquinas de lavar, computadores, livros, sofás. Os pneus usados para resistir também continuam no terreno. No local em que os moradores tinham um galinheiro, a cerca está no chão e muitas penas estão espalhadas. Passaram os tratores sem que os animais fossem retirados.
Em um dos alojamentos, uma moradora conta que perdeu seu emprego de faxineira de uma escola. Contou ainda que viu corpos ensangüentados quando saia do terreno no momento da desocupação, mas não tem mais informações a respeito. O caso do ataque pela GCM em um dos alojamentos, a moradora conta que também estava escondida do ataque da guarda e viu uma mulher em sangue nas roupas afirmando que haviam matado seu filho. A criança foi colocada em uma ambulância e a mãe foi acompanhando. Logo atrás, dois carros da guarda seguiram a ambulância. A mãe e a criança não foram mais localizadas.
As informações são muito desencontradas. Não há o número certo de desaparecidos. Em dois dos alojamentos a polícia e a guarda impedem a entrada para que seja feito o levantamento.
Há uma evidente operação para abafar as mortes e os feridos. Um homem quando saia do bairro com seu filho ainda bebê levou um tiro nas costas e está paralítico. Ainda não teve alta do hospital.
Relembrando
Na manhã do dia 22 de janeiro, o governo Geraldo Alckmin (PSDB/SP) passou por cima de uma decisão judicial tomada em âmbito federal e mandou mais de dois mil homens da Polícia Militar realizarem uma verdadeira operação de guerra contra a população que vivia no Pinheirinho, ocupação urbana localizada na zona Sul de São José dos Campos, cidade do interior paulista.
A operação, uma verdadeira ação fascista, deixou centenas de feridos, 17 pessoas presas e, até onde se sabe, sete mortos. O governo proibiu o hospital para onde estavam sendo encaminhados os feridos de divulgarem informações sobre o caso e a imprensa capitalista, como é de costume, encobriu todos estes atos, mostrando apenas aquilo que era permitido pelos políticos burgueses.
Como resposta a esta política de repressão brutal aos movimentos sociais foram realizados diversas manifestações em todo o País. Até mesmo em outros países imigrantes se solidarizaram e foram às ruas para mostrar repúdio a ação do governo tucano.

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