"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Empresas privadas dos EUA demitem 250 mil em novembro


Relatório divulgado sobre a economia norte-americana apresenta queda nas vendas e grande alta no desemprego, somente o setor privado demitiu 250 mil trabalhadores no mês passado



Em relatório divulgado na última quarta-feira, dia três, o banco central norte-americano, Fed (Federal Reserve), divulgou diversos dados negativos da economia norte-americana avaliados entre os dias 15 de outubro a 24 de novembro, entre eles, a demissão de 250 mil trabalhadores do setor privado no mês de novembro.Além das demissões, também foi constatada queda no índice que mede o nível de atividade no setor de serviços. Este índice, o ISM, registrou 37,3 pontos diante do resultado de outubro, 44,4 pontos.A base para a queda do índice foram os resultados negativos da produção, do emprego e de novas encomendas.A queda nas vendas no setor de serviços acarreta um grande prejuízo para a economia norte-americana, pois este setor emprega mais da metade dos norte-americanos, 75% da força de trabalho e compõe 80% das riquezas produzidas. Juntamente com o setor de serviços está também o setor industrial que teve forte redução na produção no último mês, a menor em 26 anos, desde 1982.A recessão está em ascensão e sem hora para acabar, para um especialista econômico norte-americano, "O naufrágio da atividade de serviços em novembro serve como uma nova e mórbida lembrança das conseqüências potencialmente devastadoras da dolorosa e longa recessão que enfrentamos" (Associated France Press, 3/12/2008). Esta situação está diretamente ligada à redução do crédito que está provocando uma diminuição sistemática no consumo e conseqüentemente gerando queda na produção e desemprego.A desaceleração econômica nos Estados Unidos é generalizada, a produção está diminuindo em diversos setores econômicos, automotivo, manufatureiro, turismo, setor varejista etc.Um dos principais reflexos da crise, o desemprego, também teve forte elevação no último mês.Somente no setor privado foram 250 mil demissões em novembro, uma perda de quase 100 mil postos de trabalho a mais que o registrado em outubro onde foram demitidos, 179 mil trabalhadores. Em relação ao mês de setembro, a diferença é maior ainda, 26 mil desempregados. O corte de empregos em novembro é o maior registrado em um mês, desde 2002, quando houve 399 mil demissões devido à crise do setor aéreo afetado pelo atentado de 11 de setembro.As demissões provocadas pela recessão provocada pela crise financeira já deixaram este ano, mais de um milhão de norte-americanos desempregados.Este quadro da economia norte-americana, tende a ser pior, pois ainda não foi publicado o relatório mensal do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos que a rigor é mais realista que este relatório do Fed. O relatório será divulgado nesta sexta-feira, dia cinco.Esta situação demonstra que as centenas de bilhões de dólares que o governo Bush despejou no mercado supostamente para recuperar a economia estão enchendo os bolsos dos banqueiros e capitalistas e não aliviando a vida dos trabalhadores, pois o que mais tem ocorrido são demissões em diversos setores.Diante das demissões, os trabalhadores devem rejeitar o plano de salvação dos capitalistas. Ocupar as fábricas e controle operário da produção. Que os capitalistas paguem pela crise e não os trabalhadores.

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