"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

terça-feira, 29 de março de 2011

Líbia - Qual o destino da guerra civil?



Na segunda-feira, as forças revolucionárias líbias afirmaram ter tomado Sirte, cidade natal de Muamar Kadafi e importante centro político regional que, além de sediar os eventos e acordos comerciais do regime com o imperialismo, possui também grandes depósitos de armas.

A cidade é tida como um dos principais redutos tribais do País, situada a cerca de 450 quilômetros ao leste de Trípoli.

A agência estatal líbia “Jana” informou que a invasão foi precedida de intenso bombardeio, que facilitou o avanço dos milicianos.

Enquanto as bombas lançadas pelo imperialismo sobre o país ainda matam civis e danificam instalações estratégicas do regime de Kadafi, os governos que estão à frente da coalizão discutem os próximos passos da “estabilização”.

Uma reunião marcada para esta terça-feira, dia 29, pretende discutir o “futuro pós-Kadafi” da Líbia, de acordo com uma nota publicada pelo governo norte-americano.

“Acreditamos que seja muito importante definir um objetivo, uma visão de futuro”, declarou o conselheiro de Segurança Nacional do presidente Barack Obama, Denis McDough. O representante do governo norte-americano completou, “não vamos liderar a reunião, que será dirigida pelo Reino Unido, mas esperamos que se definam o objetivo politico final e que aqueles líbios podem esperar”.

O fim da primeira etapa das operações militares - dos bombardeios em larga escala - e a entrega do comando das operações à OTAN no final da última semana, marcam a transição que o imperialismo espera conseguir conduzir no próximo período.

Com todas as opções na mesa, os representantes dos governos imperialistas à frente da invasão da Líbia não descartaram ainda a possibilidade de realizar um acordo com Kadafi, promover uma reorganização do regime mantendo-o à frente do país e forçando uma política de “coabitação” com a oposição de Bengazi.

A partilha da Líbia, um desdobramento possível da intervenção militar capitaneada pelo imperialismo norte-americano, representa uma ameaça ainda maior para a revolução do que para o próprio regime de Kadafi.

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