Inspirados pela revolução árabe, muitos chineses convocaram mobilizações em mais de 25 cidades e nas zonas centrais de Pequim e Xangai. A polícia chinesa compareceu em massa aos locais propostos para evitar qualquer tipo da manifestação.
As manifestações se deram contra o aumento dos preços dos alimentos gerado principalmente pela alta de inflação e a diferenças sociais entre trabalhadores e os novos ricos do país.
Alguns manifestantes compareceram ao chamado, mas foram muito poucos, se comparados ao número de policiais em prontidão. Manifestantes com câmeras filmadoras e fotográficas tiveram seus equipamentos aprendidos.
A tensão maior ficou por conta da polícia e dos jornalistas estrangeiros. Muitos deles tiveram seus equipamentos confiscados e alguns acabaram presos como jornalistas e fotógrafos das agências de notícias ZDF, BBC, Associated Press e da rede de televisão alemã ARD.
A polícia reagiu a qualquer tentativa de manifestação rapidamente por ordem do governo. “Um jornal oficial de Pequim reconheceu que o país tem muitos problemas, mas não os quer resolver através de uma revolução.” (Euronews, 27/2/2011)
As tentativas de manifestação na China são o princípio da crise que atravessa o país desde o final de 2009. Ano passado muitas greves eclodiram no país, mas foram rapidamente controladas com um aumento de salários. O governo cedeu a algumas exigências do movimento operário do país para evitar um agravamento dos conflitos violentos.
Impulsionado pela crise capitalista mundial, o movimento operário chinês pouco a pouco vai dando mostras de que está entrando em atividade. A revolução árabe deu um novo impulso às reivindicações por aumento de salários e contra a política de fome imposta pelo governo.
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