"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher

terça-feira, 22 de março de 2011

Portugal à beira da falência

O governo “socialista” português esgotou as tentativas de sair de sua crise econômica. Mesmo com os planos de “austeridade”, que levaram milhares ao desemprego e promoveram uma baixa de salários em todo o funcionalismo público, o governo não conseguiu conter o aprofundamento da crise.
O governo de Sócrates pretende solicitar ajuda financeira externa, tanto para o FMI como para a União Européia (UE) e aplicar mais um plano de austeridade. A liquidação do país já está em curso.

O governo de Sócrates em Portugal confirma novas medidas de austeridade

O governo português enviou carta a Bruxelas (Sede da Comunidade Econômica Europeia) expondo as novas políticas de austeridade através do chamado Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) IV.

Essas medidas incluem o recuo no compromisso de aumentar o salário mínimo para 500 euros, conforme tinha sido acordado desde 2006, e que agora “dependerá da situação econômica”; a diminuição dos subsídios para o desemprego (que, anteriormente, aumentavam conforme a idade e a carreira do beneficiário); o relaxamento das compensações em caso de demissão; o aumento da flexibilidade laboral e a diminuição de direitos trabalhistas em relação às horas extras, duração da jornada de trabalho e o trabalho aos finais de semana.

Além disso, o novo pacote de “austeridade” deve conter também um aumento de impostos e novos cortes para as pensões acima de 1.500 euros. Sócrates pretende impor também novos limites para deduções no imposto de renda para pessoas físicas e jurídicas e aumentar o IVA (Imposto ao Valor Agregado), que no caso dos alimentos passará de 13% para 23%, e dos produtos taxados em 6% passará para 13%.

300 mil nas ruas

A subordinação do governo do Partido Socialista às exigências da cúpula da União Europeia gerou a maior onda de manifestações desde a Revolução dos Cravos de 25 de abril de 1974.

Em 14 de março, aconteceu mais uma manifestação da chamada “Geração à Rasca”, inicialmente convocada por jovens, mas que teve a adesão de cerca de trezentas mil pessoas, inclusive muitos idosos, somente em Lisboa.
Os manifestantes carregaram faixas com palavras de ordem pedindo uma mudança de política para reverter o aumento do desemprego, as precárias condições de trabalho e a queda acentuada nos padrões de vida do povo português.

Em 15 de março, a greve dos metroviários em Lisboa paralisou o serviço durante a manhã. Também neste mês aconteceu a maior greve dos professores em Portugal pelo pagamento de horas extras, pois elas passaram a ser contadas a partir da 35 horas, sendo que segundo o artigo 77 do Estatuto de Carreira Docente deveriam ser contadas a partir de 22 ou 25 horas.

No mesmo caminho do colapso econômico e fiscal português está outro país com um potencial de crise muitas vezes maior: a Espanha. Ambos os países apresentam um quadro semelhante, combinando elementos “explosivos” em uma crise política: a recessão, o desemprego e a tentativa dos governos de fazer a população pagar pelos estragos causados por banqueiros e empresários que levaram as economias nacionais à bancarrota. O iminente colapso econômico na península Ibérica pode desencadear uma nova onda de crise e choque nos bancos e governos dos demais países-membros da União Europeia, bem como a reação da classe operária dos países afundados na crise criada pelo imperialismo mundial.


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