"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

segunda-feira, 21 de março de 2011

Um plano para explorar ainda mais o Brasil


O “acordo” de Obama

Durante os dias que antecederam a visita de Barack Obama ao Brasil, a imprensa capitalista fez uma ampla campanha a favor da política externa norte-americana em relação ao Brasil. O mesmo elogio foi feito à política externa de Dilma. A apreciação dos porta-vozes da burguesia brasileira em relação à nova presidenta se deve ao fato de que em pouco mais de dois meses de mandato, Dilma demonstrou ter uma política ainda mais pró-imperialista do que Lula.

Um dos principais objetivos da visita de Barack Obama era promover uma abertura maior mercado brasileiro para os capitalistas norte-americanos. Com a ajuda do governo Dilma Rousseff, o imperialismo teve grande êxito. O encontro entre os dois presidentes definiu uma série de tratados que facilitam a compra de produtos norte-americanos pelos consumidores brasileiros.

No entanto, as imposições dos Estados Unidos não pararam por aí. Outro acordo prevê que empresas norte-americanas participarão das principais obras para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Tanto em um evento esportivo como no outro, serão gastos bilhões do orçamento público para favorecer os capitalistas. Uma participação decisiva de capitalistas norte-americanos nestas obras significa que bilhões do orçamento brasileiro serão transferidos para os grandes monopólios do país mais rico do mundo.

Há poucos dias, Dilma já havia nomeado Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, como presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO). Na ocasião denunciamos isso tinha como objetivo colocar as obras destes eventos nas mãos dos banqueiros. A nomeação de um homem de confiança do sistema financeiro internacional para coordenar as obras das Olimpíadas era a preparação para entregar bilhões nas mãos do imperialismo.

Outro tema tratado na visita de Obama foi uma possível compra de caças F-18 da empresa Boeing pelo exército brasileiro. A compra desses caças prevê uma cooperação militar do Brasil com os EUA e tem a desvantagem de não existir a transferência de tecnologia, o que aprofunda a dominação sofrida pelo país.

Um dos argumentos usados pelo governo e a direita para defenderem os planos de Obama era que o governo dos Estados Unidos se dispunha a estabelecer uma nova relação com o Brasil, o que era chamado cinicamente de uma “relação entre iguais”. Na verdade, os acordos firmados apenas aprofundam a desigualdade e a dominação que existe entre esses dois países. Por estes e outros motivos é preciso denunciar os planos do imperialismo norte-americano para explorar ainda mais o Brasil. Da mesma forma, é preciso denunciar a submissão do governo do PT em relação ao imperialismo.


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