"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Tailândia - Governo rejeita acordo para cessar-fogo. Milhares nas ruas rejeitam ordens de evacuar Bangcoc


A crise revolucionária que tomou conta da Tailândia no último período está longe de um desfecho. As lideranças dos camisas vermelhas não conseguiram um acordo com o governo para um cessar-fogo. Enquanto isso, milhares continuam nas ruas, apesar das ordens e da repressão para dispersar as manifestações


Pelo menos cinco mil pessoas continuavam nas ruas de Bangcoc, enfrentando a repressão do governo e o toque de recolher imposto à capital tailandesa, até o fechamento desta edição. Pelo menos 10 manifestantes foram presos durante a madrugada de segunda para terça-feira. Outros nove foram condenados e sentenciados, segundo a polícia.

Pelo menos 36 pessoas, a maioria das quais desarmadas, foram mortas pela polícia desde que os conflitos voltaram a se intensificar na última quinta-feira (dia 13). Desde o início dos protestos, em março deste ano, pelo menos 65 pessoas já morreram, segundo o ministério da Saúde tailandês.

Apesar dos apelos da ONU para que manifestantes e o governo cessem as hostilidades, o porta-voz do primeiro-ministro, Satit Wongnongtaey, afirmou que o governo não pretende negociar enquanto os manifestantes não pararem com os protestos.

“Confirmo que o governo sempre quis discutir, mas foi decepcionado pela Frente Única pela Democracia contra a Ditadura - isto é, as lideranças dos “camisas vermelhas” - dada a intervenção de uma liderança vinda do exterior”, disse Satit (CNN, 18/5/2010).

A polícia retirou mais de nove mil pneus colocados pelos manifestantes nas ruas para formar barricadas. A fumaça dos pneus queimando foi usada pelos manifestantes para encobrir os seus atiradores durante os conflitos com a polícia.

Os dois principais grupos liderando os protestos, os camisas vermelhas e os camisas negras, reivindicam que o governo dissolva a câmara baixa do parlamento e convoque novas eleições.

A situação chegou a um impasse. A ONU - e detrás dela, todo o imperialismo mundial - pressiona o governo para que chegue a uma resolução através de negociações. Entre as duas principais facções dirigindo os protestos, há tendências que vão desde à moderação dos camisas vermelhas, cujos protestos são, em geral, pacíficos, à radicalização dos camisas negras, que defendem o uso da violência contra as forças paramilitares colocadas pelo governo nas ruas para reprimir a população.

Nenhum comentário: