"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

terça-feira, 26 de julho de 2011

Grécia - Aprovado mais um empréstimo que vai gerar mais confisco dos trabalhadores

O imperialismo europeu vai liberar mais dinheiro para o governo grego, mas em troca quer aprofundar a política de expropriação da população grega



Na última semana, os líderes europeus reunidos com Banco Central Europeu, o FMI (Fundo Monetário Internacional) e a Comissão Europeia aprovaram um segundo pacote de ajuda financeira para a Grécia.
A reunião que aconteceu em Bruxelas estabeleceu um repasse de 159 bilhões de euros para o governo grego. O plano vai ter vigência no período de 2011 a 2014 com a intenção de conter o avanço da dívida pública grega que já ultrapassa os 350 bilhões de euros. O País já havia feito um empréstimo de 110 bilhões de euros em maio do ano passado.
O plano foi dividido em dois, 109 bilhões virão do FMI e dos países europeus e 50 bilhões de euros serão de títulos renegociados de credores privados. Este montante dos especuladores privados é na verdade um aumento do prazo de reembolso dos títulos da dívida grega.
Este plano aumenta o prazo de reembolso dos créditos concedidos à Atenas que atualmente é de sete anos e meio para pelo menos 15 anos, mas podendo chegar a 30. Os juros serão reduzidos de 4,5% para 3,5%. As mesmas condições serão aplicadas também a Portugal e Irlanda.
A participação do setor privado neste novo resgate está sendo apresentada pelo imperialismo europeu como uma “grande vitória”, a expectativa é que nos próximos 10 anos a “colaboração” com a crise chegue a 135 bilhões de euros.
Os países publicaram uma declaração que exalta o novo empréstimo, "Os demais países da zona do euro reiteram solenemente sua determinação inflexível em honrar totalmente sua própria assinatura soberana" (Associated France Press, 22/7/2011).
É óbvia que a participação dos credores privados no novo plano de resgate não é nenhuma “ajuda voluntária” para salvar a Grécia da crise, mas apenas um investimento dos bancos e instituições financeiras internacionais na crise do País.
Ao mesmo tempo que vai prorrogar os vencimentos, os credores estão exigindo, juntamente com o FMI e o BCE a implantação,  de novas medidas de austeridade para aprofundar o confisco do dinheiro do povo grego.
Os capitalistas não estão ajudando a Grécia e não vão ajudar nenhum país em crise, estão se ajudando. Estão investindo na crise alheia para aproveitar e lucrar com a situação extremamente debilitada dos países europeus endividados.

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