"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

domingo, 3 de julho de 2011

Professores se levantam nacionalmente contra os baixos salários e a destruição do ensino público

Professores de vários estados do País continuam em greve. No início de junho, professores e trabalhadores da educação entraram em greve em vários lugares para exigir aumento salarial.
No Rio de Janeiro, os professores estão em greve desde o dia 7 de junho. Eles reivindicam reajuste emergencial de 26%, incorporação imediata da gratificação do Nova Escola e descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos. O governo se recusa a aceitar as reivindicações e sequer fez uma contraproposta aos trabalhadores.
Em assembléia no último dia 30 de junho, os trabalhadores decidiram a manutenção da greve. A paralisação já atingiu mais de 60% das 1.652 escolas do estado.
Os professores estaduais do Rio de Janeiro estão em luta contra o governo Sérgio Cabral (PMDB-PT), junto com outros setores do funcionalismo e dos bombeiros que foram duramente reprimidos. O governo do PT-PMDB está colocando em prática uma verdadeira ditadura no estado. Para garantir os lucros dos capitalistas que estão de olho na Copa do Mundo e nas Olimpíadas que vão acontecer principalmente no Rio de Janeiro, Sérgio Cabral está expropriando os servidores e o conjunto da população. Para isso, está impondo um regime ditatorial, reprimindo manifestações, cassando o direito de greve e reprimindo a população pobre dos morros cariocas.
Em Minas Gerais, no último dia 28 de junho, os professores decidiram a manutenção da greve, que acontece desde o dia 8 do mesmo mês. Mais de 50% da categoria está parada em todo o estado.
Os professores reivindicam piso salarial de $ 1.597,87 e o fim do sistema de subsídios implantado pelo governo em janeiro. O subsídio é uma forma de pagamento que incorpora todas as gratificações, abonas e adicionais em uma única parcela. Em média, com adicionais e gratificações, um professor ganha míseros R$ 935 de salário.
Os professores de Minas Gerais vão permanecer em greve pelo menos até o dia 6 de julho, quando está marcada nova assembléia.
Na região Sul, os professores de Santa Catarina mantêm uma greve desde o dia 18 de maio. Até o fechamento dessa edição eram completados 43 dias de paralisação.
O governo de Santa Catarina se recusa a aceitar as reivindicações e chegou a interromper as negociações, na tentativa de pressionar a categoria. Não adiantou, o governo do PMDB foi obrigado a ceder, mas as negociações não avançam e os professores continuam mobilizados. A paralisação nas escolas já chegou a 70%. Cerca de 100 professores estão acampados em frente à Secretaria de Educação em Florianópolis.
No Mato Grosso, a greve iniciou no último dia 6 de junho. O governo do PMDB se recusa a negociar e está intimidando os trabalhadores, junto coma Justiça, com ameaças de corte de ponto dos grevistas e multas diárias para o sindicato. A greve chegou a alcançar 90% da categoria.
Professores de outros estados, como Sergipe, rio Grande do Norte, Paraíba e Maranhão também entraram em greve por aumentos salariais e melhores condições de trabalho.
A generalização da luta dos professores coloca o problema de uma unificação imediata desses lutas em uma greve nacional da educação. É necessário que a categoria se organize de maneira independente para derrotar não só os ataques dos governos, mas a burocracia sindical que serve de sustentação para os governos mais reacionários do PMDB-PT-PSDB. A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação), não faz absolutamente nada para mobilizar a categoria, pois apóia o governo federal do PT-PMDB e todos os governos inimigos da educação.

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