"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

domingo, 31 de julho de 2011

Mais um sem-terra é assassinado no Pará

O município de Dom Eliseu no sudoeste do Pará foi palco de mais um ataque aos trabalhadores rurais. O assentado Francisco Soares de Oliveira foi assassinado a tiros dentro do assentamento próximo ao loto onde morava. Francisco foi morto a tiros de espingarda por duas pessoas e o crime aconteceu entre 8h30 e 9h de domingoquando a vítima passava em uma estrada deterra de acesso ao assentamento quando dois suspeitos cercaram a vítima e dispararamvários tiros com a espingarda calibre 20, e a vitima acabou morrendo no local.
A polícia, como de costume, já descartou a possibilidade da morte ocorrer em decorrência de conflitos agrários. A polícia tenta de todas as maneiras afastar a hipótese de crime devido a conflitos agrários. Foi umassassinato com características passionais. Nadade conflito agrário”, disse Silvio Maues, diretor dePolícia Judiciária do Interior no Estado do Pará.
O método de descaracterizar os crimes e de desmoralização dos mortos é uma ferramenta muita utilizada pela polícia para defender os interesses da burguesia da região e, como no caso em questão, em favor dos latifundiários.
A região em questão é histórica de conflito agrários e nos últimos anos está sendo palco de uma seqüência de assassinatos de sem-terra.
Segundo levantamentos da Comissão Pastoral da Terra (CPT), nada menos que212 pessoas foram assassinadas em conflitos agrários no Pará desde 1996. Namédia, foram 14 execuções por ano. Outras 809 sofreram ameaças de morte. ACPT avalia que a situação nessa região é a pior do estado. Foi nestaregião que foi assassinado o casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva,de 54 anos, e Maria do Espírito Santo, de 53.
É preciso parar imediatamente com os assassinatos de sem-terra, não com a polícia e o exército que servem apenas para defender os interesses do Estado capitalista e das classes dominantes. Mas se organizar para sua autodefesa contra os ataques do latifúndio.

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