"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Mais um sem-terra preso no Pontal do Paranapanema

Depois de prender o principal líder sem-terra no Pontal do Paranapanema, José Rainha Júnior, o governo do PSDB está perseguindo mais uma importante liderança do movimento camponês da região. Trata-se do ex-coordenador do MST, Antônio Carlos dos Santos, detido no dia 31 de outubro, segunda-feira, pela Polícia Federal (PF).
Este é nono líder do movimento preso pela Operação Desfalque da Polícia Federal que desde junho vem atuando de forma decidida contra os camponeses. Além de Santos e Rainha, também está detido Claudemir Silva Novaes, líder camponês da região de Araçatuba.
Santos está preso no Centro de Detenção Provisória da cidade de Caiuá, interior de São Paulo e, assim como os outros dois, responderá por supostamente ter cometido seis crimes, entre eles formação de quadrilha e desvio de dinheiro público.
Amanhã, dia 4 de novembro, ele será ouvido por Joaquim Eurípedes Alves Pinto, juiz titular da 5ª Vara da Justiça Federal, localizada em Presidente Prudente.
Operação Desfalque, criada para combater suposto casos de corrupção, tem sido um dos principais instrumentos para reprimir a luta dos camponeses na região do Pontal. Assim como a CPI do MST, este tipo de desculpa tem sido usada para que o Estado realize uma atividade de espionagem nas organizações de luta pela reforma agrária e prenda seus militantes.
No caso do Pontal, esta operação para reprimir os camponeses é um instrumento para tentar acabar com a resistência e desta forma, permitir que o governo consiga impor seus planos na região.
Desde o início do ano, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) retomou antigos projetos que pretendem entregar as áreas do Pontal que deveriam ser destinadas à reforma agrária para grandes latifundiários. Por isso, a repressão ao movimento camponês da região, que deu origem ao MST no estado de São Paulo, é uma condição fundamental para o êxito desta política pró-latifúndio.
Neste sentido, a defesa da liberdade dos sem-terra é parte fundamental contra estes planos e deve ser uma das principais tarefas daqueles que lutam pela reforma agrária e pelo fim do latifúndio.

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