"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Estudantes latino-americanos saem às ruas para defender educação pública, gratuita e de qualidade

Nesta quinta-feira (24), estudantes latino-americanos estarão reunidos em marchas, mobilizações, plantões e acampamentos para dar um só grito pela educação. Direito à educação pública e gratuita, eleições diretas para reitor e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação são algumas das reivindicações.
O ato, que está sendo denominado de 24N, em consonância com as manifestações de 15 de maio (15M) e 15 de outubro (15O), já tem a adesão de organizações estudantis e movimentos do Chile, Colômbia, Peru, Argentina, Brasil, México, Equador, Venezuela, Costa Rica, Paraguai, El Salvador, Bolívia, Uruguai, Espanha, França e Alemanha. As manifestações também acontecerão nas redes sociais.
Em São Paulo, maior cidade brasileira, as mobilizações estão relacionadas às reivindicações dos estudantes da Universidade de São Paulo (USP). No contexto das reivindicações pela saída da Polícia Militar do campus da universidade, o governador do Estado, Geraldo Alckmin, sugeriu "uma aula de democracia” aos alunos que ocupavam a reitoria da USP. Os estudantes convidaram Alckmin para dar esta aula e estão aguardando sua presença para debater temas como as eleições diretas para reitor nas universidades do Estado.
O movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT), assim como o Ocupa Sampa – movimento por uma democracia real e participativa – também se uniram aos estudantes e à Marcha Continental pela Educação. A atividade começou nesta terça com concentração no Vale do Anhangabaú e caminhada até a Praça do Ciclista. Os manifestantes acamparão na praça para mostrar que estão aguardando posicionamento do Governador. Amanhã (24), a concentração acontecerá a partir das 14h na Praça Oswaldo Cruz e seguirá até o Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Ainda no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, os estudantes vão se reunir amanhã, às 17 horas, na Praça da Cinelândia para gritar: Educação não é mercadoria!
No Chile, onde a mobilização estudantil por educação pública e gratuita começou há mais de seis meses e desencadeou mobilizações em diversos países da América Latina, a marcha começa às 18h30 na Praça Itália e termina na Praça Los Héroes. Em convocatória, o porta-voz da Confederação de Estudantes do Chile (Confech), uma das organizadoras da manifestação latino-americana, afirmou que a marcha será para fortalecer o movimento universitário nos distintos países convocados.
Na Colômbia, país que vive intensas manifestações estudantis desde o dia 12 de outubro contra a lei de reforma da educação, a marcha será realizada na cidade de Meddellín. A concentração sairá às 10h no Instituto Tecnológico Metropolitano - ITM Sede Robledo e terminará na Praça Botero. Os estudantes colombianos, que junto com os chilenos organizaram o 24N, querem deixar claro que o objetivo da marcha vai além da queda da reforma da educação. "O objetivo é alcançar uma educação gratuita, de excelência, e a serviço da sociedade a que se deve a universidade”.

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