"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

43,6 milhões na pobreza - Um em cada sete norte-americanos são pobres

A crise que abala os EUA desde 2008 não pára de se aprofundar. Um sinal deste agravamento da crise é o aumento sistemático do número de pobres no país que tem aumentado aos piores níveis em mais de 50 anos.

O governo realizou um senso no ano passado e divulgou o resultado apresentando os dados com 43,6 milhões de pobres, no ano anterior o número era de 39,8 milhões de pobres, 13,2% da população. Segundo o último levantamento, são 14,3% de pobres nos Estados Unidos. De acordo com o censo, um em cada sete norte-americanos está na pobreza. No caso das crianças o número é maior, uma em cada cinco crianças.

A população dos EUA ficou assim em grande parte por causa da ajuda bilionária que o governo deu aos banqueiros falidos.

Sem perspectiva de melhora, ao contrário, o governo dos EUA se vê em uma situação crescente e desesperadora. Recentemente anunciou investimento de 50 bilhões de dólares para tentar gerar novos empregos.

O maior medo de Obama é o crescimento da insatisfação dos trabalhadores norte-americanos, que podem levar o país a uma crise política sem precedentes.

Há um crescimento constante da pobreza, de 2008 para este ano subiu de 37,8 milhões de pobres para 43,6 milhões. O número de pobres nos Estados Unidos aumentou 5,8 milhões em pouco menos de dois anos.

O levantamento usa como critério para classificar abaixo da linha da pobreza renda anual de US$ 11,2 mil dólares para solteiros e US$ 21,8 mil dólares para famílias de quatro pessoas. Este valor é o mesmo que uma renda mensal inferior a 466 dólares por pessoa.

Diante deste quadro Obama desconversou e disse que vai reverter a situação, “Mesmo antes da recessão, a renda da classe média estava estagnada e o número de pessoas vivendo na pobreza nos Estados Unidos era inaceitavelmente alto. Os números de hoje deixam claro que nosso trabalho está apenas começando" (EFE, 16/9/2010).

Um dos grandes fatores do aumento da pobreza nos Estados Unidos, sem dúvida é o crescimento da taxa de desemprego que subiu 5,8% desde o final de 2007, início oficial da crise econômica. A taxa atualmente está em 9,6% da população economicamente ativa, equivalente a quase 15 milhões de desempregados. Foram 8,8 milhões de pessoas que ficaram sem emprego neste período.

A queda nas condições de vida das famílias norte-americanas é generalizada. Os salários foram desvalorizados em 3,6%. A renda média caiu 1.900 dólares, de uma renda anual de 52.200 dólares para 50.300. Esta é a renda mais baixa em 10 anos. Outros fatores que demonstram como há uma diminuição sistemática na renda dos norte-americanos é o aumento de pessoas sem planos de saúde privados. São 15,4% sem planos privados, um total de 46,3 milhões de pessoas.

A recessão atacou principalmente a população latino americana que concentra mais de 44 milhões de pessoas nos Estados Unidos. De 2007 a 2010 a pobreza entre os latinos subiu de 21,5% para 25,3%. A maior percentagem está entre os negros, 25,8% na linha de pobreza que estava em 24,7% no ano passado. A população asiática teve aumento de 10,2% para 12,5% de pobres. E os brancos foram os menos afetados, a pobreza subiu de 8,2% para 9,4%.

O número de pobres poderia ter sido ainda maior, mas o seguro desemprego tirou da linha da pobreza, três milhões de famílias que recebem o benefício.

Estes dados não deixam dúvida de que há um forte da recessão nos Estados Unidos que se reflete neste nível de pobreza bastante acentuado para um País que é a maior economia do mundo. É a prova de que a crise capitalista esta fazendo ruir o capitalismo nos principais países imperialistas.


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