"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Estudantes mostram sua força na greve contra a reforma de Sarkozy


A participação de estudantes nas greves dos trabalhadores franceses aumenta a cada dia. Segundo os dados dos sindicatos e da polícia francesa, 500 instituições de ensinos foram paralisadas, entre escolas e universidades, nesta quinta-feira.

Ontem, 8.000 estudantes marcharam em protestos somente na Universidade de Rennes, mostrando a força do movimento estudantil e sua importância como um indicativo da radicalização do movimento dos trabalhadores.

Na cidade de Toulouse, milhares de estudantes marcharam junto com funcionários públicos de companhias aéreas como Airbus e a Air France.

Já na cidade de Montpellier foram cerca de 3.000 estudantes. Em Marselha, os protestos se espalharam por várias outras localidades. As escolas foram bloqueadas por secundaristas com barragens que impediam a entrada de quem não fosse estudante ou simpático à greve.

Na comuna francesa de Montreuil, houve reação violenta da polícia. Um estudante de apenas 16 anos foi ferido no rosto após ter sido atingido por um tiro de bala de borracha. A violência da polícia em Montreuil foi condenada pelo próprio prefeito, que acabou prendendo alguns policiais que agiram violentamente contra os estudantes.

A participação de estudantes nas greves acontece em várias localidades na França, o número total de estudantes que saíram às ruas nesta quinta-feira foi estimado em 50 mil.

Segundo alguns analistas, a entrada dos estudantes seria um ponto de mudança na qualidade da greve. Além disso, a participação dos estudantes na mobilização nacional contra a reforma das aposentadorias pode exercer grande influência na opinião de uma parcela dos trabalhadores que ainda estão em uma posição neutra e que podem aderir à greve.

A participação dos estudantes, das escolas e universidades, em solidariedade com a classe operária francesa é um sinal do profundo desgaste do governo Sarkozy e do seu virtual fracasso na tentativa de impor uma derrota aos trabalhadores.

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