"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher

domingo, 17 de outubro de 2010

Os educadores nada têm a ganhar com candidatos que defendem o piso de R$ 1000, a destruição do ensino público e o plano de austeridade do FMI


Uma análise daquilo que está por detrás da propaganda eleitoral deixa claro uma coisa: o próximo governo, independentemente de quem esteja à frente dele, assumirá com o compromisso de fazer determinadas reformas exigidas pelo FMI, ou seja, pelos governos estrangeiros e grandes empresas capitalistas internacionais, que vem adotando medidas chamadas de “planos de austeridade” diante do agravamento da crise capitalista em todo o mundo.

Nas campanhas eles prometem mundos e fundos para a população, mas estão preparando a adoção de medidas para tentar conter a crise, que é uma expressão do colapso do capitalismo em todo o mundo, resultado de um regime no qual quem trabalha e produz a riqueza não pode dela tirar proveito.

Por detrás da propaganda enganosa das campanhas de que "a economia brasileira está indo muito bem e o ambiente é favorável em termos de comércio e investimentos internacionais” e que “este é o momento para reformas estruturais" (EFE, 7/10/2010), estão negociando pelas costas da população, um conjunto de medidas para esfolar a população trabalhadora para garantir que os banqueiros continuem recebendo um terço do PIB brasileiro, como ocorreu nos governos Lula e FHC.

Trata-se de um golpe, um estelionato eleitoral, em que o povo é levado a “comprar gato por lebre”. Os candidatos fazem propostas de melhorias, mas o verdadeiro programa que será colocado em prática não será o que foi divulgado pelos candidatos, mas o que foi exigido pelo FMI.

Querem que o próximo governo complete o serviço que FHC e Lula não conseguiram: a reforma trabalhista, sindical e a privatização das empresas estatais restantes e novos cortes em serviços essenciais à população como é o caso da educação e saúde.

Esse tipo de plano esta sendo implementado em diversos países, enfrentando uma enorme resistência dos trabalhadores, como se ve recentemente nas greves gerais e grandes mobilizações em países como a Grécia, França e Espanha.

Os banqueiros e grandes especuladores internacionais que receberam bilhões do atual governo, para serem “salvos” da crise, precisam sempre de mais, pois a crise piora a cada dia. Para eles, é preciso um governo que esteja completamente a serviço do imperialismo e que aja ferozmente contra a população.

Ao mesmo tempo em que setores da direita da burguesia agem para manipular a situação em favor de do tucano, os manda-chuvas capitalistas também negociam com a frente popular (PT-PMDB-PCdoB-PSB-PP etc.) articulada em torno de Dilma Roussef, que se mostra plenamente disposta a adotar os planos exigidos pelos grandes capitalistas internacionais.

Se Serra ganhasse as eleições, certamente seria necessário um governo em conjunto com o PT para realizar o plano. Da mesma forma, um governo PT-PMDB vai contar com a “pressão” e o apoio do PSDB e seus aliados para implementar o plano contra a população.

A capitulação do PT diante dessa política é absolutamente evidente. Por isso mesmo, não faz sentido apoiar a eleição de quem vai agir como carrasco da população trabalhadora.

Diante dessa situação, a corrente Educadores em Luta, chama os professores e a todos os trabalhadores a não depositar nenhuma confiança no próximo governo e se colocar desde já contra o plano de austeridade do imperialismo.

Não ao golpe eleitoral

Fora Serra e a direita golpista

Mais verbas para a Educação. Verbas públicas somente para o ensino público.

Contra os governos dos banqueiros e privatizadores, lutar um governo dos trabalhadores da cidade e do campo


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