"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher

terça-feira, 3 de maio de 2011

Exatamente o que o imperialismo precisava...


A “conveniente” campanha militar que levou ao assassinato de Osama Bin Laden será utilizada pelo governo norte-americano para tentar reverter a profunda crise aberta com sua intervenção na Revolução Árabe


A missão clandestina conduzida por forças de elite do Exército norte-americano atraiu a simpatia da oposição do Partido Republicano para Obama.

O ex-presidente Dick Cheney, arquiteto das guerras no Afeganistão e no Iraque, declarou: “o governo mercer claramente o crédito pelo sucesso da operação”. Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova Iorque na época do 11 de setembro, afirmou admirar “a coragem do presidente”. Donald Trump, por sua vez, dirigiu seus comprimentos pessoalmente a Obama.

Com suas Forças Armadas metidas na linha de frente de três guerras ao mesmo tempo, no Afeganistão, no Iraque e na Líbia e, ainda por cima, levando a pior, o governo norte-americano precisava de um impulso para continuar a sustentar a política lançada por Bush na última década sob uma fachada “democrática”. O assassinato de Osama Bin Laden nesta segunda-feira pode ter dado ao governo Democrata - e aos Republicanos escondidos detrás dele - exatamente o que precisavam para manter a ofensiva militar sobre o mundo árabe: um fôlego a mais.

Internamente, o goveno Obama precisava também conquistar parte da oposição Republicana ao seu governo. Os elogios vindos da oposição colocam de lado, pelo menos temporariamente, as rotineiras acusações vindas da direita imperialista de que Obama era “fraco” e “vacilante”, incapaz de lidar com a rápida evolução dos acontecimentos mundiais etc.

Obama, por sua vez, confirmou aquilo que os Democratas já haviam mostrado em governos anteriores, isto é, que são tão capazes quanto os Republicanos de conduzir os planos sangrentos do imperialismo, seja para esfolar a população trabalhadora norte-americana, seja para oprimir os povos de todo o mundo.

Os festejos oficiais em torno da morte de Osama Bin Laden não terão o efeito duradouro sobre as massas que o imperialismo espera.

A tentativa grotesca de erguer o imperialismo de sua crise sobre o cadáver de Bin Laden não passará em branco. A responsabilidade pelo assassinato de Bin Laden já está sendo cobrada pelas camadas mais esclarecidas da própria população norte-americana, como o demonstraram diversas declarações de pessoas públicas nos EUA que mostraram seu repúdio ao assassinato covarde.

Os próprios povos árabes, oprimidos neste momento pela máquina de guerra imperialista, dão neste mesmo momento outra demonstração do quão longe a crise do imperialismo ainda pode ir sustentando uma revolução contra os capachos do imperialismo que se impõem sobre as massas em todo o Norte da África e no Oriente Médio.

As massas oprimidas nos EUA, nos países árabes, na América Latina e em todo o mundo se dirigem no sentido oposto da carnificina imperialista e, enquanto os falcões do imperialismo tentam impor a “paz” e a “democracia” pela força das armas, cabe aos trabalhadores lutar contra a monstruosa máquina de guerra imperialista para libertar o mundo da opressão e tirania deste regime decadente.

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