"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Sindicato vai à Justiça contra demissões da Honda

O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região entrou com uma ação de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho pedindo liminar para suspensão das 400 demissõesanunciadas ontem pela Honda em Sumaré (118 km de São Paulo).

Segundo o presidente do sindicato, Jair dos Santos, também foi feita denúncia ao Ministério Público por assédio moral coletivo, uma vez que os trabalhadores foram demitidos por telegrama enquanto ainda estavam com as atividades paralisadas.
Conforme a Honda, as demissões ocorreram porque a unidade de Sumaré reduzirá sua produção pela metade --de 600 para 300-- a partir de junho. As 400 demissões representam um corte de 12% do efetivo da fábrica.
Desde a última sexta (13), os trabalhadores estavam paralisados em razão das ameaças de demissões. Hoje, parte das atividades começou a voltar ao normal na fábrica, com o retorno de alguns funcionários.
Até o final da tarde desta quinta-feira (19), a Honda não havia sido informada sobre a decisão do sindicato de recorre à Justiça.
Em nota, a empresa disse que utilizou o recurso de telegrama apenas como medida de registro, por "absoluta impossibilidade de encontrar os trabalhadores da linha de produção [que estavam paralisados]".
Conforme a companhia, o terremoto e o tsunami ocorridos no Japão, em março, dificultaram o fornecimento de componentes eletrônicos e obrigaram a unidade de Sumaré a reduzir a produção.
As exportações de chips sofreram redução de cerca de 50%, segundo o diretor de relações institucionais da Honda na América do Sul, Paulo Takeuchi.
"Os componentes que não estão chegando são utilizados em várias partes do carro e são essenciais para a fabricação. O esforço está sendo grande, mas essa dificuldade deve durar até dezembro", disse Takeuchi.
Segundo ele, a produção passará de três para dois turnos. Cerca de 800 trabalhadores devem ficar ociosos, mas eles não devem ser demitidos, conforme a empresa.
"A demissão é sempre a última opção da empresa, vamos esgotar todas as alternativas possíveis com o sindicato", informou.

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