"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Banqueiros em primeiro lugar - FMI quer dar 200 bilhões de euros para os bancos


Em entrevista concedida à revista alemã, Der Spiegel, a diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, saiu novamente em defesa de mais dinheiro para os bancos europeus e maior aperto nos gastos públicos. Lagarde declarou que a economia mundial está passando por uma “desaceleração em espiral” e que para evitar o pior "os países devem adaptar seus planos de poupança e olhar para medidas de estímulo ao crescimento" (EFE, 4/9/2011).
O fato relevante desta declaração é que para a diretora-gerente do FMI, “as medidas de estímulo” significam a transferência de bilhões de euros para os bancos europeus para que eles se protejam da desaceleração econômica e do impacto da crise de dívida soberana.
Lagarde voltou a defender de maneira explícita os interesses dos banqueiros e especuladores europeus, "em geral, vemos necessidade de que os bancos europeus sejam recapitalizados para que sejam suficientemente fortes para suportar os riscos derivados da crise da dívida e do frágil crescimento (...) a insegura situação econômica e a crise da dívida estatal minaram a credibilidade dos bancos" (idem).
Segundo um levantamento feito pelo próprio FMI, o setor financeiro europeu, ou seja, os bancos, “necessitam” de no mínimo 200 bilhões de euros para equilibrar os balanços de suas contas.
Lagarde ainda ressaltou que os países precisam fortalecer o mercado interno para se prevenirem da queda das exportações devido à crise internacional que atinge os países compradores. Ela citou como exemplo a Alemanha dizendo que "se a Alemanha der vigor à demanda doméstica, será bom para a economia alemã, assim como para os países vizinhos" (idem).
A política do FMI de defesa incondicional dos bancos e especuladores é extremamente explosiva tanto do ponto de vista político como econômico, pois vai forçar os países europeus, que estão falidos, a uma transferência descomunal de dinheiro público para instituições financeiras igualmente falidas. Há ainda o custo social desta medida que vai acentuar a oposição popular crescente de milhões de trabalhadores europeus que já estão se manifestando contra os planos de austeridade.


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