"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Os governos de Geraldo Alckmin (PSDB) e Sérgio Cabral (PMDB) estão entregando os hospitais públicos para as Organizações Sociais


O desequilíbrio do orçamento estatal brasileiro é um dos fatores que tem levado o governo Dilma Rousseff a promover um das maiores ondas de privatizações que o país já assistiu. O objetivo, como sempre acontece nestes casos, é financiar o lucro dos capitalistas com o dinheiro público. Por isso, o volume de empresas públicas que o governo federal pretende entregar para os especuladores imperialistas só fica atrás do plano posto em prática por Fernando Henrique Cardoso entre os anos de 1995 e 2002.
É nesta conjuntura que dois governadores da direita, Sérgio Cabral (PMDB), no Rio de Janeiro e Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo, estão dando início a uma política que busca liquidar com o sistema público de saúde.
Em São Paulo, o PSDB aprovou recentemente uma Lei que permite a venda de até 25% dos leitos dos hospitais públicos gerenciados Organizações Sociais (OS’s) para empresas privadas do setor. No Rio, o governo Cabral, com o apoio do PT, aprovou um projeto semelhante que permite às mesmas OS’s administrarem hospitais públicos do Estado.
Em primeiro lugar, é preciso esclarecer o caráter destas Organizações Sociais. As OS’s não são nada mais do que fundações de direito privado e apesar de se declararem como entidades “sem fins lucrativos” são administradas pelos grandes capitalistas do setor. Por isso, colocar o orçamento público da saúde nas mãos destas entidades significa repassá-los os capitalistas.
Em segundo lugar, é preciso denunciar a manobra que está por trás deste plano. O objetivo dos capitalistas da saúde é ampliar o número de pessoas que possuem plano de saúde privado com a venda de planos populares, com um valor bem abaixo do cobrado hoje em dia. No entanto, para dar conta desta nova demanda seria preciso superar a atual capacidade dos hospitais particulares que já estão saturados e são incapazes de atender estes novos clientes. Mas ao invés de construir novas unidades, aumentar o número de leitos laboratórios etc. a capacidade instalada da rede privada será expandida com a utilização dos hospitais públicos. Ou seja, o governo passa a administração destes hospitais para as OS’s e, desta forma, o Estado financia a expansão.
Se for colocada em prática, estas duas medidas serão a porta de entrada para a privatização de todo o sistema de saúde do país. Neste sentido, é necessário organizar a luta dos trabalhadores contra mais este ataque à um serviço essencial para toda a população. 

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