"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Privatização dos Correios é aprovada pelo Senado

Com uma votação folgada, de 43 a favor e 12 contra, a Medida Provisória que privatiza os correios foi aprovada no Senado... apesar de todo “esforço”do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) para ‘convencer” os sensíveis senadores
PT = PSDB

O Senado Federal votou na tarde da última quarta-feira, 31, o Projeto de Lei de Conversão (novo nome dado à Medida Provisória nº 532), que modifica a estrutura da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), para privatizar os Correios, entregando a maior estatal em número de funcionários para os capitalistas internacionais.
A votação da privatização dos Correios no Senado, assim como aconteceu com a votação na Câmara dos Deputados, foi feita a toque de caixa. O próprio relator do projeto, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), afirmou pouco antes de começar a leitura do documento que não “se considera um relator-revisor”, uma vez que o projeto chegou a suas mãos no dia 30, para uma suposta “análise” e já foi encaminhado para votação no plenário no dia seguinte, evidenciando o desespero dos parlamentares, principalmente do PT, PMDB e PCdoB, para votar a privatização a qualquer custo.
A Medida Provisória que privatização dos Correios passou, como era de se esperar, com grande folga, uma vez que o Senado Federal é controlado praticamente pela bancada do governo. A votação terminou com 43 votos favoráveis a privatização e 12 contrários e nenhuma abstenção. Ou seja, dos 55 parlamentares presentes na votação, 78% votaram a favor da privatização.
Para entrar em vigor a MP precisa ser sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, a pessoa que foi responsável pelo projeto enquanto ocupava o cargo de ministra do governo Lula.
Como se vê, a privatização dos Correios está sendo articulada com urgência pela burguesia, principalmente pelo medo do aumento da mobilização da categoria, que possui uma visível tendência de lutas e que ainda não se concretizou em uma greve forte e radicalizada por conta da atuação pelega e traidora do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol). 
Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) os meninos de recado da empresa e dos capitalistas 
A disposição dos trabalhadores para lutar contra a privatização dos Correios é notória. Em todos os setores de trabalho a discussão é uma só: a greve é inevitável.
Todos os 110 mil funcionários da ECT têm claro que não dá para ficar mais um ano sem reajuste salarial. O acordo bianual, assinado pelo Bando dos Quatro, foi um duro golpe contra a categoria, que não irá aceitar essa manobra novamente.
No caso da privatização dos Correios a disposição da categoria de lutar é ainda maior. Todos os trabalhadores sabem dos malefícios causados por uma privatização, que entre outras coisas, significa demissão em massa, terceirização do quadro de funcionários, perda de direitos, rebaixamento salarial etc.
O que, no entanto, os trabalhadores precisam ter claro é que toda essa tendência de luta não se concretizou em ações por conta do sistemático boicote da burocracia sindical, cuja função é exatamente essa: frear a mobilização dos trabalhadores.
No caso dos Correios a atuação do Bando dos Quatro para tentar impedir a luta dos trabalhadores é escandalosa. PT, PCdoB, PSTU e Psol se reuniram para minar qualquer tentativa de mobilização da categoria.
A Medida Provisória, por exemplo, foi ocultada dos trabalhadores até o último momento, quando a mesma já estava para ser votada pelos deputados. Quando finalmente tornou-se publico que a privatização estava para ser votada, ao invés de organizar os trabalhadores nos locais de trabalho, mobilizar a categoria para uma ampla greve com ocupações, a única forma que poderia barrar o avanço da privatização, a política adotada pela maioria da Fentect e pela federação anã do PSTU foi a de fazer aliança com a direita do Congresso Nacional. Trocaram a luta de quase 110 mil funcionários pela ida de meia dúzia de sindicalistas à Brasília para fazer turismos na cidade.
Depois de esta aberração ser amplamente denunciada, em grande medida graças à atuação da Corrente Ecetistas em Luta, o Bando dos Quatro se reuniu novamente para tentar impedir a greve unificada da categoria que estava marcada para o dia 14. 
Bando dos Quatro monta operação de desmonte da greve
Todo mundo sabe que pelo fato de os Correios ser uma empresa nacional, as greves dos trabalhadores só conseguem algum resultado quando se organiza uma mobilização unificada, em todos os estados. Ou seja, a greve geral unificada é a única arma que os trabalhadores possuem para reivindicar suas pautas.
Neste ano, não por acaso, o Bando dos Quatro resolveu tentar impedir a realização da greve unificada e dividir a greve por estado, passando por cima da data unificada do dia 14. Ou seja, no ano em que está para acontecer um das maiores greve dos Correios, a burocracia se unifica para que não exista uma data conjunta, o que enfraquece a mobilização e acaba com o poder de barganha dos trabalhadores. Que empresa dará aumento aos trabalhadores ou atenderá qualquer reivindicação quando a mesma percebe que a categoria está desunida e sem força? A resposta é muito simples: nenhuma.
A burocracia sabe perfeitamente disso e é juntamente por esse motivo que o Bando dos Quatro montou esse esquema criminoso de desmonte da greve, para trair mais uma vez os trabalhadores.

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