"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Professores em greve se acorrentam em praça de Belo Horizonte


Um grupo de cerca de 30 professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais se acorrentou na praça Sete, no centro de Belo Horizonte, em mais um ato da greve que completa 97 dias nesta segunda-feira.
Os professores, que estão com correntes presas às mãos e ao pescoço, pretendem ficar até o começo da noite de hoje em torno do obelisco da praça, localizado em um dos principais cruzamentos da cidade.
Eles cobram do governo de Minas o pagamento do piso nacional do professor, que é de R$ 1.187 --valor para 40 horas semanais.
O governo mineiro ofereceu o valor proporcional de R$ 712 para 24 horas semanais, mas os professores rejeitaram sob a alegação de que o valor oferecido não diferencia os docentes que têm ensino médio dos que têm nível superior ou pós-graduação.
Na defesa da sua proposta, o governo de Minas diz que a AGU (Advocacia Geral da União) considerou, na semana passada, que o piso proporcional oferecido está de acordo com a lei federal para o piso salarial nacional. A proporcionalidade já havia sido considerada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
A greve dos professores deixa cerca de 1 milhão de estudantes sem aulas, de um total de 2,3 milhões de alunos do ensino fundamental e médio da rede pública estadual. O número é estimado pela federação de pais.
O governo de Minas diz que a greve é total em 2% das escolas estaduais e parcial em 19%. O sindicato dos professores diz que 50% das escolas estão paradas.
OUVIDORIA DE POLÍCIA
Deputados estaduais do PT e a coordenação do sindicato dos professores foram nesta segunda-feira à Ouvidoria Geral de Polícia protocolar pedido de investigação sobre o uso de pessoal e estrutura da Polícia Militar para supostamente monitorar servidores públicos em greve.
A denúncia do sindicato foi feita na semana passada. Eles dizem que policiais militares à paisana estão nas imediações da sede do sindicato monitorando as ações dos dirigentes sindicais com o intuito de intimidá-los. Um suposto policial foi filmado pelo sindicato. Ao ser abordado, trancou o carro e saiu do local a pé.
Em nota conjunta, governo de Minas e a PM negaram o monitoramento e afirmaram que a instituição tem "vocação democrática", "zela pelos valores de cidadania" e age com "transparência".
"A Polícia Militar tem do povo mineiro o reconhecimento do seu trabalho em proteção da vida, das pessoas, das instituições, da garantia do direito de ir e vir e dos preceitos constitucionais, ao assegurar os mais importantes processos e direitos democráticos a liberdade de associação e de expressão, em cuja base repousa uma sociedade justa, livre e organizada", dizia a nota.

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