"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou"
Henry Ward Beecher

domingo, 28 de agosto de 2011

Adolescente morre durante protestos no Chile



Um adolescente de 14 anos morreu na madrugada desta sexta-feira (26) durante confrontos entre manifestantes e a polícia em Santiago, capital do Chile. Os violentos choques aconteceram no último dos dois dias da greve geral convocada pela Central Unitária de Trabalhadores (CUT), a maior central sindical do país.
A vítima foi identificada como Manuel Gutiérrez Reinoso. De acordo com meios chilenos, o jovem caminhava em companhia de seu irmão e de um amigo na localidade de Macul, na zona leste da capital chilena, quando foi atingido por um disparo. O local era um dos muitos focos de conflito durante a madrugada.
Um dos acompanhantes da vítima relatou à Telesur que uma "patrulha de carabineiros" [policiais chilenos] disparou contra eles, que se lançaram ao solo. Reinoso, no entanto, já havia recebido o impacto da bala.
Segundo o subsecretário do Interior chileno, Rodrigo Ubilla, durante os dois dias de paralisação geral no Chile houve 1394 pessoas detidas e 206 feridas.
Ubilla se negou a comentar se o jovem baleado foi atingido por um policial ou durante enfrentamentos dos manifestantes com jovens que tentavam impedir os protestos. Segundo ele, o caso será investigado.
A violenta noite concluiu a paralisação de 48 horas convocada pela Central Unitária de Trabalhadores, à qual aderiram estudantes e professores, que há três meses protestam para exigir educação gratuita e de qualidade.
Os trabalhadores também protestam contra o plano de reformar a Codelco, estatal de mineração que é a maior produtora de cobre do mundo. Eles temem a privatização, negada pelo governo. São pontos de reivindicação, ainda, a realização de uma reforma tributária e uma nova constituição para substituir a atual, imposta durante a ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990).
A greve nacional desta semana é a primeira que o presidente Sebastián Piñera enfrenta em seus 17 meses de governo. O ministro porta-voz do governo, Andrés Chadwick, acusou a CUT de oportunismo, ao declarar que a causa dos protestos era claramente a educação pública. Camila Vallejos, uma das líderes estudantis com maior visibilidade no país, afirmou no entanto, que os trabalhadores e estudantes sempre estiveram juntos e que suas demandas são sociais.
O líder da CUT, Arturo Martínez, classificou como exitosas as marchas em nível nacional e fez um chamado para que o governo "escute a voz do povo". Segundo ele, mais de 600 mil pessoas participaram dos dois dias de protesto em todo o país.
Ainda não foram divugadas informações sobre as próximas manifestações, mas os estudantes deverão se reunir neste final de semana para estabelecer a data dos novos protestos.


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