"Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino de seu funeral já tocou" Henry Ward Beecher

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Henry Ward Beecher

domingo, 14 de agosto de 2011

BCE não tem “cacife” para bancar a crise na Itália e Espanha

A política de compra dos títulos da dívida está fadada 

Depois que os juros da dívida pública da Itália e da Espanha subiram a um nível de mais de 6% na última semana, o Banco Central Europeu (BCE) iniciou a compra dos títulos das dívidas destes países para tentar “acalmar” o mercado financeiro. A medida fez com que a taxa recuasse para cerca de 5% o que de certa forma amenizou a crise.
Esta política adotada pelo BCE, no entanto, não vai poder ser levada a cabo por muito tempo, segundo o economista norte-americano, Nouriel Roubini. Em uma declaração feita à TV Bloomberg, o economista disse que “o BCE começou a comprar títulos da Espanha e da Itália, mas ele não pode fazer isso por muito tempo porque no caso da Grécia a gente falava em 56 bilhões de euros e no caso da Itália e da Espanha a gente fala de um mercado de cerca de 2 trilhões de euros para a dívida da Itália e 1 trilhão de euros para a dívida da Espanha”.
Para Roubini, o mundo está, inevitavelmente, diante de uma nova recessão, pois os países não podem mais socorrer os mercados financeiros. O dinheiro acabou e a crise está se alastrando para os grandes países imperialistas da Europa.
As opções que poderiam ser utilizadas pelo BCE são inviáveis como a injeção de mais dinheiro no mercado e um novo socorro aos bancos não seria viável do ponto de vista político já que há uma enorme oposição popular a esta política que foi amplamente praticada no início da crise em 2008.
A crise chega ao primeiro escalão
A entrada da Itália para o meio do furacão dos países da zona do euro é um sinal de que a crise atingiu o primeiro escalão da Europa, ou seja, não é mais a Grécia, Irlanda ou Portugal que estão ameaçados, mas um dos cincos países mais ricos da Europa e o sétimo mais rico do mundo.
A crise italiana, como ressaltou Roubini, é da ordem de dois trilhões de euros, muito superior ao montante envolvido no endividamento grego.
A Alemanha e a França, os países imperialistas de ponta da zona do euro, apesar de segurarem a crise parcialmente, também estão falidos.
A falência da economia da Itália coloca a crise em um novo patamar e pode levar ao colapso econômico toda a Europa, ameaçando a existência da zona do euro e do próprio euro.


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